quinta-feira, 23 de julho de 2020


Novo Ministro da Educação monta Ministério visando a intimidar as universidades



O pior sinal dado pelo novo Ministro da Educação Milton Ribeiro não foi sua defesa do criacionismo, nem da pedagogia da palmatória, mas a indicação do Secretário Executivo, funcionário concursado da Controladoria Geral da União.   ###   A CGU foi o principal instrumento dos governos Temer e Bolsonaro para intimidar as Universidades. Foi o órgão que impôs o corregedor da Universidade Federal de Santa Catarina, pessoa com histórico de desequilíbrio, que montou a denúncia contra o reitor e professores, na operação que levou ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier.  Transformou pedido de informações do reitor em tentativa de obstrução da Justiça. E a PF, comandada pela delegada Erika Marena, vazou para a imprensa que a acusação era de corrupção.   ###   Na mesma época, a CGU prosseguiu na guerra ideológica, conferindo-se o poder de analisar o currículo da Universidade Federal do ABC, para um curso ministrado aos Sem Terra, dentro de um convênio com o INCRA.   ###   Foi também o órgão responsável pela operação infame da Polícia Federal contra a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em cima de denúncias vagas sobre o Memorial da Democracia.   ###   Conforme anotou a UFMG, em seu site:  Todas as instituições federais de ensino superior encontram-se amedrontadas e atemorizadas com os constantes riscos de prisões e conduções coercitivas de servidores e gestores, da busca e apreensão de documentos, sem os devidos processos legais e respeito a princípios como ampla defesa e contraditório. Mas do que isso, muitos dos projetos em desenvolvimento sofrem descontinuidade por conta da suspensão de contratos e convênios, fruto do irreparável prejuízo à imagem institucional” (LUÍS NASSIF, no JORNAL/GGN).

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