quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Depois de destroçar nossa economia,   Moro  prepara fuga  para  os  EUA               

LEANDRO FORTES, original    Resultado de imagem para imagem da logo do Limpinho & Cheiroso
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MORO ESTÁ FUGINDO 
A Operação Lava-Jato, dentro de um contexto social e político honesto, teria sido um presente para o Brasil. Ninguém discorda de que, um dia, seria necessário acabar com a cultura da corrupção que sempre ligou empreiteiros e políticos brasileiros.

O fato é que, em pouco tempo, foi fácil perceber que as decisões e ações demandadas pelo juiz Sérgio Fernando Moro estavam eivadas de seletividade. Tinham como objetivo tirar o PT do poder, desmoralizar o discurso da esquerda e privilegiar aqueles que, no rastro da devastação moral levada a cabo pelo magistrado, promoveram a deposição da presidenta Dilma Rousseff.

Hoje, graças à Lava-Jato, a economia nacional está devastada, o Estado de Direito, ameaçado, e o poder tomado por uma quadrilha que fez do Palácio do Planalto uma pocilga digna de uma republiqueta de bananas de anedota.

Agora, quando os grupos golpistas ligados ao PSDB e PMDB começam a ser atingidos pela mesma lama que a Lava-Jato pensou em represar apenas para o PT, o juiz Moro pensa em tirar um ano sabático, nos Estados Unidos.

Isso, obviamente, não pode ser uma coisa séria. Um juiz de 1ª instância destrói a economia e o sistema político de um país, deixa em ruínas 13 anos de avanços sociais, estimula o fascismo, divide a nação e, simplesmente, avisa que vai tirar férias de um ano?

Não se enganem: o que está havendo é uma fuga planejada. E precisamos saber o porquê, antes que ela seja consumada.

MORO PEDE LICENÇA PARA PASSAR UM ANO  NOS  EUA 

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O juiz federal Sergio Moro pediu uma licença acadêmica na Universidade Federal do Paraná, na cidade de Curitiba, para passar um ano nos Estados Unidos.
O juiz tem como objetivo estudar nos EUA depois de concluída a Operação Lava Jato, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. O magistrado estaria aguardando a deliberação do Conselho Universitário da UFPR.
A informação foi confirmada à colunista pela secretária do departamento de ciências jurídicas da instituição, que não detalhou as razões para o juiz protocolar o pedido. Segundo ela, a viagem estaria sendo planejada para 2018 ou 2019.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Moro negou ter pedido afastamento da UFPR. Na instituição, o juiz da Lava Jato dá aulas de Direito e recebe R$ 3 mil por mês, segundo a coluna(AQUI) Expresso, da Época.

Oposição  a  Temer  vai  pedir impeachment  "protagonizado

pela  sociedade"                      


Partidos de oposição a Michel Temer, como PT e PCdoB, decidiram traçar uma "estratégia comum" e formular um pedido de impeachment que será assinado por entidades representativas da sociedade civil.
Nessa terça (29), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ) anunciou que a decisão foi tomada em reunião com líderes de partidos da oposição, sindicatos, união de estudantes e juristas que aceitaram debater internamente essa demanda e divulgar um posicionamento na próxima segunda-feira.
A ideia é que, na terça que vem, 6 de dezembro, o pedido seja protocolado na Câmara. O objeto do impeachment seria a denúncia de que Temer usou o cargo público para atuar em interesses privados do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Geddel teria pressionado Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura, para liberar a construção de um condomínio em Salvador (BA), onde adquiriu um apartamento. A área estaria protegida pelo Iphan, órgão que cuida de patrimônios históricos.
"Há consenso quanto ao crime de responsabilidade. O 'impeachment 'cabe nesse momento. O que nós fizemos foi criar o estímulo para que as entidades representem esse pedido, não só os partidos, para isso nos dar liberdade de atuação no processo. Aqui há muitas entidades estudantis, sindicais, rurais e jurídicas. Demos até segunda-feira para que todas se reúnam com seus fóruns e diretorias e, na terça, vamos dar entrada com o pedido", informou a parlamentar.

Segundo Jandira, o pedido será desvinculado do que foi apresentado isoladamente pelo PSOL  semana passada.

"O PSOL tem direito de fazê-lo [apresentar um pedido à parte], mas nós entendemos que dá mais robustez e sustenção política e social [ao process] se a sociedade civil, nas suas representações, trouxerem o pedido, mais do que bancadas dos partidos. Respietamos a posição do PSOL, mas trabalhamos de forma mais ampla", disse Jandira.

O senador Lindbergh Farias comentou que o impeachment é uma resposta à crise política instaurada pelo governo Temer, que admitiu que praticou ilegalmente "advocacia administrativa" ao arbitrar um conflito no Planalto em favor de um interesse pessoal de um de seus ex-ministros.

Ele disse que Temer ainda é refém de Eduardo Cunha, após o deputado cassado enviar uma série de perguntas que denunciam a participação do presidente em esquemas de corrupção na Petrobras, por meio de processo que corre em Curitiba.

"Temer não tem condições de continuar na presidência da República", asseverou Lindbergh.

Padilha,   a  bola  da vez no escândalo do Geddel Vieira  Lima 

    caleropadilha
Parecem vãs as esperanças de Michel Temer em fazer “página virada” do escândalo Geddel.
Ainda há muita lenha a queimar, seja na Bahia (onde o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência, estranhamente, não aparece na lista de adquirentes que montaram o condomínio do luxuoso Condomínio La Vue, de Salvador) ou, sobretudo, em Brasília.
O Estadão destaca que Padilha recebeu ordem de submergir, até que os áudios gravados pelo ex-ministro Marcelo Calero venham à tona, porque há quase certeza de que os termos usados pelo braço direito de Temer sejam bem menos vagos que os dele e mais ainda os do secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha.
Moreira Franco, sente o espaço e avança, mas é outro que, como Geddel, está bem na fila de novos escândalos.
O MP estranha não ter recebido os áudios de Calero mas, a esta altura, só um tolo acreditaria que não há “cópias de segurança” colocadas sob a guarda de quem não vai entrar no jogo perigosíssimo de fazem com que sumam ou que se as edite.
O essencial, porém, já se estabeleceu: Michel Temer perdeu a blindagem pessoal que lhe dava a mídia.
Sem esse guarda-chuva, seu telhado é de vidro(de finísima espessura).

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Somos todos

Chapecoense
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Treinador Caio Júnior
À memória de todos os jornalistas que se foram na tragédia aérea em Medellín/Colômbia, homenagem aos companheiros da FOX sports...
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Narrador Deva Pascovicci(esq.)  e
comentarista Mário Sérgio Pontes

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Comentarista Paulo Júlio Clement
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                           Repórter Victorino Chermont 
                                            
                              

Antes tarde do que nunca...

Bicudo se arrepende de ter requerido ‘impeachment’ de Dilma: “Volta, querida!”    

                      
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Se   arrependimento matasse,   a   julgar   pela  entrevista     que concedeu à revista Época do último fim de semana  (LEIA AQUI), Hélio Bicudo, ex-deputado do PT e desafeto dos presidentes Lula e Dilma,  já estaria hoje em outra dimensão, não se sabe onde.
Ele foi um 'vice' decorativo e, agora, é um presidente decorativo. Não faz falta”, declarou 'Madalena', isto é, o arrependido autor do impeachment, sobre o usurpador do Planalto.
Bicudo foi um dos responsáveis pela queda de Dilma, mas, de acordo com seu desgosto com o golpe, logo logo pedirá ‘volta, querida!”.
O jurista afirma que Temer jamais deveria ter chamado Geddel Vieira Lima para o Ministério.
Para Hélio Bicudo(94 anos e não tão decrépito como a idade poderia sugerir), a responsabilidade pelo que acontece no país deve ser associada a Temer, neste momento, e não aos ex-presidentes Lula e Dilma.
Pelo fato de o ex-vice golpista ter colocado os interesses privados na frente dos públicos, o jurista advoga a tese de que o impeachment de Michel Temer já deveria ter ocorrido.

Entrevista de Calero mostra que   Temer  montou  cerco para  favorecer  Geddel        

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Embora não tenham divulgado ainda os áudios gravados de telefonemas – ao que parece por orientação da Polícia Federal -, a entrevista do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, nesse último domingo(27), no 'Fantástico', mostra que há muita lenha para queimar no caso Geddel Vieira Lima.
Visivelmente contido, o ex-ministro revela o suficiente para duas coisas serem estabelecidas.
A primeira é que a pressão de Geddel sobre Temer não foi leve, na base do “vê se me quebra o galho”. Ao dizer que o caso tinha “criado dificuldades operacionais para o Governo”, ele traduz claramente que houve ameaça de retaliação do ex-ministro da Secretaria de Governo, diante da postura inicial de deixar o caso restrito ao Ministério da Cultura.
A segunda é que o próprio Presidente da República montou e comandou um cerco sobre Calero, de forma a que ele entendesse que, embora não dada diretamente, o envio do caso para a AGU, que “encontraria uma solução” era uma determinação presidencial e não uma sugestão.
A história de que a AGU tem a obrigação de dirimir impasses entre órgãos do governo e que haveria um impasse entre o Iphan da Bahia (ocupado por um indicado de Geddel) e o Iphan nacional é digna de risos.
Não só porque se trata de um problema de hierarquia interna do órgão como, se fosse o caso de assessoria jurídica,  há uma projeção da AGU dentro do Ministério da Cultura, porque o cargo de Consultor Jurídico – e toda a estrutura da Consultoria – é composta de advogados da União.
Foi advocacia administrativa na veia e os fatos irão se suceder, porque Calero já mostrou que de bobo não tem nada e que foi devidamente orientado(por Serra, seu guru?) para colher provas antes de demitir-se.
Veja a entrevista, no video abaixo:
       
Diante da situação tenebrosa,  notícia
ruim  é  bênção       

Ignácio Loyola Brandão (*)               Resultado de imagem para Imagem da logo do Estadão

Resultado de imagem para Fotos de Sergio Cabral pai e Sergio Cabral Filho
O 'azheimer' de Sérgio Cabral-pai é uma tragédia,  mas
 o livra  de saber das notícias tenebrosas sobre o filho
Estava    em  Maceió  para   os festejos   dos   106 anos    do  Teatro Deodoro,    quando li a notícia     da prisão do ex-governador Sérgio Cabral,  do Rio de Janeiro. Estremeci.    No  dia seguinte,    vi      as fotos de Cabral  de cabeça raspada em Bangu    e  com  a  camisa de prisioneiro, como um detento qualquer, bandido pé-rapado. Naquele momento, o Brasil inteiro estava vendo o noticiário.  Meu mal-estar piorou.    Porque me veio à mente a  figura do    Sérgio Cabral,   que os   amigos  passaram   a    chamar  de   o  velho,   amigo,     homem honrado,   jornalista  e  escritor.   Pensei, como a    imensa  maioria dos amigos do  velho Cabral:  ele  estará   vendo  tudo   isso    neste momento? E sente o quê?
Resultado de imagem para fotos de sergio cabral e a turma do Pasquim
Cabral-pai, o segundo, de camisa preta,
na capa do PASQUIM
O velho Cabral (temos um ano apenas de diferença de idade) fez jornalismo político na UH carioca, foi repórter geral, escreveu a história das escolas de samba cariocas, as biografias de Nara Leão, Elizeth Cardoso, Pixinguinha, Almirante, Ary Barroso, Tom Jobim, Grande Otelo, Ataulfo Alves, compôs algumas músicas, produziu shows, foi vereador. Cabral pai, íntegro, bem-humorado, irônico, fundador do Pasquim ao lado de Jaguar, Tarso de Castro e Ziraldo. Uma vez, indaguei dele por que não conseguia encaixar nenhum texto meu no Pasquim. “Me disseram que por ser paulista, verdade?” perguntei. Ele riu, nem confirmou nem negou, apenas respondeu: “Deixe de bobagem, esqueça”. Tinha razão, eu não possuía o estilo Pasquim, não tinha humor, era duro. 
Ali em Maceió, imaginei o choque de um pai testemunhando o filho em tal situação, escândalo nacional, num momento sombrio para o Rio de Janeiro. Do aeroporto mesmo, enviei pelo fone, um e-mail para Antônio Torres, indagando se ele tinha notícias do estado de espírito de Cabral pai. E o que poderíamos fazer para abraçá-lo. Mal cheguei ao hotel, recebi resposta: “Coincidência: a Nélida Piñon fez perguntas parecidas ontem, na Academia Brasileira de Letras. Todos que o conhecemos ficamos com preocupações iguais às suas. Cabral, o pai, é o que antigamente chamávamos de boa-praça. Alguém informou que o velho Cabral está doente, um tanto quanto fora do ar”.
Resultado de imagem para fotos do jornalista sergio cabral no carnaval do RioFiquei matutando: quanto fora do ar? Quanto ele está vendo, sabendo e sofrendo? Como receber informação segura? Lembrei-me de Ruy Castro, escritor ligado à música brasileira. Igualmente, a resposta veio rápida, deixando transparecer que a preocupação era geral, um buscava no outro algo que nos tranquilizasse ou entristecesse mais. Ruy respondeu: “Nos últimos três anos, Sérgio pai tem passado por um processo galopante de Alzheimer ou alguma outra forma de demência - você não sabia? Sempre fomos amigos. Estive com ele há seis meses. Me reconheceu e rimos muito, mas só parecia fazer sentido quando falávamos do passado. Estamos todos torcendo para que ele já não perceba o que se passa ao seu redor”.
De Maceió fui direto a Pirenópolis, Goiás, para a segunda parte da Flipiri, festa literária que já pertence ao calendário cultural brasileiro. A primeira parte foi no início deste ano. Quando lá cheguei, a pergunta era a mesma: o que Cabral pai estará pensando e sofrendo com este show de horror com que o filho brindou o Brasil? 
A última vez que o vi foi no final dos anos 1990. Flanava por Paris, quando alguém segurou meu braço, forte: “O que um araraquarense faz nesta cidade olhando para a Opera. Não tem disso na sua cidade, não é?”. Era Sérgio Cabral, o pai, jovial, afetuoso.
Agora em Pirenópolis, entre uma palestra e outra, o assunto veio à baila: o velho Cabral aguentaria aquele tranco? No dia seguinte, fui à pousada onde Ziraldo, o homenageado da Flipiri, estava hospedado. Era uma calma noite goianense, do jardim vinha o som de água regando plantas. Não rodeei, fui direto: “Fale-me do Sérgio pai”. E Ziraldo: “Viu que coisa? Que todos sabiam. O que aconteceu teria sido uma tragédia com uma figura como o velho Cabral. Mas olhe o que é a vida! As névoas do Alzheimer se insinuaram, mas provavelmente se acentuaram quando Sérgio sentiu a realidade. Seria uma forma de negá-la? Hoje, ele já não distingue o que é e não é, não identifica quem é. Mergulhou no escuro total, a memória dissolvida”.
Estranha é a vida. Ficamos os dois em silêncio, sucumbidos. Era uma coisa cruel demais, surreal. Que tempos estamos vivendo? Quando nos alegramos considerando que uma catástrofe como o Alzheimer é bem-vinda, é porque o mundo está muito ruim. Alegramo-nos que uma notícia terrível como o Alzheimer seja saudada como bem-vinda para aliviar, suavizar o choque e tornar desimportante uma notícia tenebrosa que pode matar uma pessoa de tristeza. 
Resultado de imagem para Fotos de Ignácio Loyola Brandão(*) Ignácio Loyola Brandão, 80 anos, paulista de Araraquara, é premiado contista, romancista e jornalista.