quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

RECESSO FORÇADO
Por conta de ruptura do tendão patelar superior da perna direita, no sábado-9 de dezembro, fui hospitalizado e submetido  a  cirurgia  reparadora  no domingo-10. Em repouso forçado,  fiquei     impedido  de  atualizar  este  Blog do AMgóes, embora abastecendo regularmente, via celular, minha página no Facebook. Deverei voltar a me locomover provavelmente na segunda quinzena  de janeiro, apesar de já ensaiar, como agora,  alguns passos com  auxiliar de um andador, para acesso ao PC onde produzo o Blog.  Agradeço a compreensão dos amigos seguidores e logo estaremos por inteiro no 'front', na luta cidadã da blogosfera, em defesa da Democracia e plena liberdade dos brasileiros. Um abraço. Antônio Manoel Góes.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Juíza confronta reforma trabalhista

e  suspende  demissão  de  1200 

professores da Estácio de Sá

  


A justiça do Trabalho suspendeu as demissões em massa de professores da Estácio no Rio de Janeiro, anunciada nesta semana.  |||  A juíza Ana Larissa Lopes Caraciki, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, deu prazo de 72 horas para a universidade apresentar as listas dos professores já demitidos, com os respectivos termos de rescisão, dos que ainda vão ser dispensados e dos que vão ser contratados ou recontratados.  |||  Se a Universidade não apresentar os documentos dentro do prazo estipulado, receberá multa de R$ 50 mil e no mesmo valor para cada dispensa ocorrida até o fornecimento das listas. Segundo o Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região,  serão cerca de 1 mil demissões na Estácio em todo o país. A decisão liminar (provisória), concedida na noite de quinta-feira (7), faz parte da ação civil pública movida pelo Sinpro/RJ contra as demissões na universidade.  |||  Em nota, a Estácio informou que vai recorrer da decisão da Justiça do Trabalho. “A instituição acredita no Judiciário e reforça que suas medidas foram tomadas com total amparo da lei. A Estácio afirma ainda que desconhece qualquer legislação que a obrigue apresentar a relação dos profissionais desligados”, diz o texto.  |||  Na terça-feira (5), o colunista do “O Globo”, Lauro Jardim, publicou que a Estácio decidira demitir 1,2 mil professores para recontratá-los depois, já se valendo dos novos parâmetros permitidos pela reforma trabalhista do Golpe para (re)contratações(por salários mais baixos).  |||  Em comunicado divulgado na ocasião, a Estácio confirmou a “reorganização em sua base de docentes”(entenda-se: precarização do magistério), mas, questionada pelo G1, não informou o número de demissões.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Placar desfavorável acirra

disputa entre fiéis e infiéis

na Previdência do golpe

 Resultado de imagem para Fotos de Temer negociando Reforma da Previdência

HELENA CHAGAS, n'OS DIVERGENTES

Meio acachapante o placar divulgado nesta sexta(8), pelo Broadcast, de levantamento parcial feito pelo insuspeito Estadão na Câmara, segundo o qual 212 deputados declararam que vão votar contra a reforma da Previdência. Só isso já inviabiliza o texto, já que restariam apenas 301 votos do outro lado, entre favoráveis (61), indecisos (87), os que não quiseram responder (57), ausentes declarados (3) e os 87 que não foram localizados.  |||  Fim de linha para a Previdência? Não. O governo vai continuar fingindo que acredita e trabalhando com todas as forças – toda$ me$mo – para reverter esse quadro até o Natal e dar esse presente ao país. Acima de tudo, é preciso manter o discurso e a esperança do mercado e adjacências de que algum a reforma sai.  |||  Do jeito que as coisas andam, porém, é uma tarefa hercúlea. O fechamento de questão partidária pedido pelo Planalto até agora só encontrou eco no PMDB e no PTB. E a estratégia, divulgada nessa quinta-feira(7), de reconquistar os “infiéis” que votaram a favor da denúncia contra Michel Temer devolvendo-lhes os cargos retirados em retaliação tem tudo para dar errado.  |||  No momento, seriam cerca de vinte indicações na máquina federal, algumas de alto escalão, que voltariam às mãos de seus donos originais. O problema agora são os “fiéis”, alguns deles novos proprietários dessas indicações. Vão ficar revoltados por perdê-las, e cheios de razão para cometer agora uma infidelidadezinha na votação da Previdência.

NA  UFRRJ-NOVA IGUAÇU,  LULA

VOLTA A DENUNCIAR DESMONTE

DA ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL 

  Ricardo Stuckert


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta sexta-feira, 8, o campus de Nova Iguaçu da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Lula voltou a denunciar o desmonte da Educação Pública promovido pelo governo de Michel Temer e posou com estudantes fazendo novamente o gesto conhecido como "sarrada no ar", que viralizou nas redes sociais na caravana pelo Nordeste.  |||  Em discurso para estudantes e professores, Lula defendeu a importância das universidades brasileiras. "Ainda hoje temos proporcionalmente menos jovens na universidade do que o Chile. Isso demonstra o descaso que a elite brasileira sempre teve com seu povo", criticou.  |||  Segundo Lula, o que está acontecendo com o Brasil é como se fosse uma cirurgia. "Você está anestesiado e não sente nada na hora, só vai sentir depois. Eles conseguiram acabar como todas as conquistas dos trabalhadores desde 1943", afirmou.  |||  "Para poder fazer a cirurgia e aplicar a anestesia, eles inventaram uma doença. Foi a mesma que inventaram contra Getúlio, Juscelino, Jango. E só sete anos depois que eu saí do governo, porque antes não tinham coragem. Todo mundo queria ser meu amigo", acrescentou.  |||  Mais cedo, em entrevista à Rádio Tupi, Lula disse que nenhum presidente eleito teria "coragem" de executar a agenda pautada pelo governo Temer. "Nenhum presidente da República que fosse eleito teria a desfaçatez de fazer o que o Temer está fazendo. Eles queriam que a Dilma fizesse e ela se recusou. Por isso tiraram ela", avaliou.  |||  Lula citou a reforma trabalhista como exemplo e criticou a medida que permite o trabalho intermitente. "O que fizeram com a reforma foi um crime. Criaram um tal de trabalho intermitente em que o trabalhador nunca vai saber quanto vai ganhar no fim do mês. Rasgaram tudo que foi feito em 1943", analisou. Para o ex-presidente, trabalhadores não sentirão os efeitos da reforma "nem hoje, nem amanhã", mas "ao longo do tempo".  |||  Sobre a Previdência, Lula criticou o modelo proposto pelo atual governo, que em breve deve ser analisado pelo Congresso. "Você não pode jogar a culpa da crise econômica no aposentado. A Previdência foi superavitária de 2004 a 2014 porque geramos emprego, aumentamos o mínimo, formalizamos as domésticas. Tem que gerar empregos pra gerar contribuição", ressaltou.
Lula pelo Rio de Janeiro
O ex-presidente encerra nesta sexta-feira a caravana Lula pelo Rio de Janeiro, com um ato na UERJ, às 19 horas. Durante a viagem, Lula defendeu ajuda federal ao Rio para recuperação da situação financeira do estado. Sobre a Segurança Pública, o ex-presidente ressaltou que o meio mais efetivo de se combater o aumento da criminalidade é promovendo a geração de empregos.
Acompanhe abaixo o discurso de Lula hoje, no campus da UFRRJ, em Nova Iguaçu:
          

Presença de Lula na UERJ,  nesta sexta, vira ato pela Educação, que não é caso de polícia

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Não há local mais indicado para isso, neste momento em que a Universidade virou alvo preferencial da sanha policial-judicial e se sucedem os ataques de legiões de policiais fortemente armados para prender meia-dúzia de professores que não oferecem nenhum perigo à ordem pública e que, se convocados, compareceriam a depor sem serem levados por uma matilha feroz.  |||  Ninguém está sustentando que, por professores, quaisquer funcionários públicos devam estar acima da lei.  |||  Mas a repetição e a agressividade destas operações traduzem o ódio incontrolado à universidade pública e a selvageria que tomou conta da ação policial judicial, que já levaram à tragédia do suicídio do reitor Luiz Cancellier.  |||  No caso da Universidade Federal de Minas, o espalhafato era tão desnecessário que o próprio Ministério Público se opôs à condução coercitiva. Inutilmente: a “convicção” e a “cognição sumária” de uma juíza mandou a prudência às favas e despachou um esquadrão armado para as casas do reitor, de sua vice e de dirigentes anteriores da UFMG, como publicado por Marcelo Auler, em seu blog|||  Professores de diversas universidades começaram a fazer circular manifesto onde dizem que ” está se constituindo uma máquina repressiva insidiosa, visando não só coagir, mas intimidar e calar as vozes divergentes sob o pretexto de combater a corrupção”.  Seu verdadeiro alvo, porém, não é corrupção, mas o amordaçamento da sociedade, especialmente das instituições que, pela própria natureza de seu fazer, sempre se destacaram por examinar criticamente a vida nacional.  |||  O ódio e a burrice vão ganhando terreno, sob o patrocínio de recalcados  que se resolveram a impor ao Brasil a ditadura dos sem voto, mas com toga e distintivo.  É isto que o ministro Luiz Roberto Barroso chama, hoje, na Folha, de “”refundação do país que não tem volta”? E a isto que ele chama de “filme bom”, embora com retratos devastadores?  |||  Hoje, na UERJ, há boas razões para exigir que a ditadura fique só na avant-première pavorosa que se exibe e não volte a entrar em cartaz neste país, agora protagonizada por esbirros togados e vestidos de preto, não mais de verde-oliva.

Kadafi, Palocci, a Veja

e o esgoto da  História

                    

EUGÊNIO ARAGÃO(*), no DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

O ex-ministro Palocci está no desespero. Não é para menos. Há mais de ano trancafiado à disposição do juiz Sérgio Moro e ver companheiros do cárcere  liberados após abrirem a boca, não aguenta mais. Enquanto o ex-ministro José Dirceu, com sua força de vontade e retidão de caráter, lhe fazia companhia sem ceder ao canto dos torturadores, Palocci se mantinha firme.  |||  Mas, depois que passou a ficar só, desmoronou e exibiu toda sua personalidade fraca: fala qualquer coisa que lhe pedem, implorando para aceitarem sua colaboração. Pouco lhe importa, a esta altura, se destrói, com mentiras, reputações e o projeto de país que o PT simboliza, o projeto de que fez parte.  |||  A mais nova estória da carochinha é a relação em Lula, o PT e o regime de Kadafi. A Veja – o esgoto jornalístico de sempre – traz, na capa, a suposta informação que viria do alquebrado Palocci: Kadafi teria doado, por debaixo dos panos, um milhão de dólares para a eleição de Lula em 2002.  |||  Chega a ser risível. Em 2002, Lula e o PT estavam longe de ter a projeção internacional que lograram em 13 anos de governo. E, para atribuir um mínimo de plausibilidade à notícia sem pé nem cabeça, retratam Lula em troca de risos e abraços com Kadafi em evento oficial, na Venezuela.  |||  Ora, quem conhece Lula sabe bem que risos e abraços são seu hábito permanente com Chefes de Estado estrangeiros. É só ir ao Google e buscar imagens de Lula com Schröder, com Tony Blair, com Obama, com Putin, com George Bush Jr. ou com Mandela: lá está ele sempre aos risos e com toques pessoais. É seu jeito de homem simples e afável.  Será que todos esses personagens deram um milhão de dólares para Lula e o PT? Só gargalhando.  |||  O pior nisso tudo é que, mesmo cientes, todos nós, do estrago que a campanha de ódio doentio dessa revista e de suas gêmeas da editora Três, do grupo Globo e de publicações criminosas do gênero fizeram à política brasileira, permite-se que continue nesse seu esforço de impedir, com seu jogo sujo, que quem não faça parte do clube do andar de cima volte a governar o País.

(*) Eugênio Aragão, professor universitário e procurador da República aposentado, foi ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff.

PS DO AMGÓES - Eis a prova 'irrefutável' da VEJA: Em 2011, o deputado Jair Bolsonaro foi à tribuna da Câmara para criticar a criação da 'Comissão da Verdade' e apresentou a "denúncia" de que, em 1981, o líder indígena Marcos Terena teria ido com Lula à Líbia a fim receber doação de Muamar Kadafi para ajudar na formação do PT...

Governo  golpista  e  aliados

perdoam R$ 54 bilhões em

dívidas  de  petroleiras

  


Gigantes do petróleo tiveram R$ 54 bilhões em dívidas perdoadas pelo governo após a aprovação de uma Medida Provisória (MP 795) pela Câmara dos Deputados. O valor diz respeito a tributos cobrados entre 1997 e 2014, cujo pagamento foi questionado pelas petroleiras.   |||  Estudo feitos por consultores do Congresso apontam que, graças à MP, o país deixará de arrecadas R$ 1 trilhão em impostos nos próximos 25 anos.  |||  O montante foi levantado pela Associação Nacional dos Auditores da Receita Fiscal, a Unafisco, após analisar documentos da Receita obtidos pela reportagem do UOL. Ele diz respeito à soma de dívidas não pagar e que estão sendo perdoadas, de R$ 38 bilhões, mais R$ 11,4 bilhões em dívidas que foram pagas e devem ser devolvidas, mais R$ 5 bilhões relativos apenas a uma dívida não paga do grupo Schahin.  A MP foi aprovada em segundo turno na quarta (6), e enviada para a apreciação do Senado. Ela está em vigor, mas perde validade na próxima semana, no dia 15, o que significa que a Casa terá pouco tempo para lidar com o tema.  A reportagem do Uol ainda diz que as petroleiras que venceram os últimos leições lançados pelo governo Temer - como Shell, Total, BP e Statoil - ameaçaram não assinar os contratos sem que a MP fosse aprovada em definitivo.
Argentinos   nas  ruas
contra  um  judiciário
que serve à repressão
 
TÚLIO RIBEIRO, n'0 CAZEZINHO


As pessoas se avolumaram nessa quinta-feira(7) no centro de Buenos Aires, diante da constatação que o judiciário argentino deixou de ser uma porto seguro para demandas dos direitos individuais e direitos humanos, se lançando a oprimir e perseguir. Como abordou Cristina Kirchner: "As causas são inventadas , são sem motivos , servem para amedrontar e calar uma oposição contrária ao governo.”  |||  Marina Rodriguez é uma pessoa comum, trabalha num escritório de arquitetura e disse que. quando leu sobre as detenções determinadas pelo juiz Claudio Bonadio(entre as quais a da própria Cristina Kirchner, recém-eleita senadora), se colocou a divulgar nas redes sociais, logo se reunindo com outras pessoas na altura da esquina “Cabildo”, da capital argentina . Juntou agrupamentos como kirchneristas, partidos de esquerda e movimentos sociais. Rodriguez tentou definir seus companheiros:  “Nós somos um grupo que tem um pouco de tudo, politizados e não politizados que se reúnem desde janeiro de 2016 contra os ajustes propostos”.  |||  O que se percebe é que a população recebeu um banho de realidade, e que a ação do judiciário serve a um propósito organizado estrategicamente, para dar suporte de repressão no congresso e nas ruas sobre o objetivo de impor a reforma trabalhista e da previdência. É conclusivo que o juiz Claudio Bonadio apenas serve a uma cartilha e nunca agiria sozinho, a Casa Rosada faz a letra e a música de um tango exageradamente triste. Macri escreveu a partitura com notas que desconstrói a qualidade de vida dos argentinos(as).  |||  Pode parecer que a noticia sugira não se tratar da Argentina e sim do Brasil. Mas se o silêncio estonteante da maioria da população brasileira permitir, por que os argentinos podem assumir este protagonismos e nós não?  

Apelação sem limites: agora, Lula “recebeu  dinheiro”  de  Khadafi

   PALOCIZADE

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

Não há mais limites para o que a mídia brasileira está disposta a fazer – e a incentivar que se faça – contra Lula.  |||  A revista VEJA dá uma capa,na edição deste fim  de semana,  que parece saída das histórias das “Mil e Uma Noites”, com que Sherazade (que não era a Raquel protofascista das redes sociais, mas a rainha persa) entretinha o malvado rei Shariar para evitar, a cada manhã, a sua própria execução.  |||  Agora, sai-se com uma suposta declaração de Antonio Palocci, cuja delação premiada empacou(por ausência de mínimas provas e já descartada pela própria 'Lava Jato'),   de que Lula 'teria recebido', na campanha de 2002 (2002!!! 15 anos atrás) um milhão de dólares de Muammar Kadafi, o líder líbio assassinado pelo que viria a ser, hoje, o grupo que estabeleceu no país, até, os leilões de escravos.  |||  É dose para elefante! O teatral não parou no “pacto de sangue”, agora tem o “pacto do petróleo”.  A menos que se  enxergue a oportunidade de algo mais delirante como, além de cassar Lula, cassar o registro eleitoral do Partido dos Trabalhadores, a história, tal como a edição da Veja que a traz, deve ir para a cesta de paeís inservíveis logo, logo.  |||  As histórias da Sherazade-Palocci podem deixar encantados os sultões da VEJA. Mas todo mundo vê que são contos do vigário,  de quem só se preocupa em escapar da cimitarra do sultão Moro. 

Revolução Russa: Por que a União

Soviética deixou de existir?

Resultado de imagem para Imagens do fim da URSS

DO ÓPERA MUNDI, o último vídeo da série ESPECIAL/20 MINUTOS sobre a Revolução Russa de 1917, com o jornalista BRENO ALTMAN...


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017


LULA: “PRECISAMOS DE MENOS FUZIL E MAIS EMPREGO”

 Ricardo Stuckert
Em discurso em Nova Iguaçu nesta quinta-feira(7), com a caravana que passa pelo Rio de Janeiro, o ex-presidente Lula enalteceu fez uma crítica indireta, sem citar nomes, à foto postada pelo juiz da Lava Jato no Estado, Marcelo Bretas, em que ele posa segurando um fuzil.  |||  "Ficam falando de armar a polícia. Não precisamos de mais armas. Precisamos de mais emprego, mais educação e salário maior", ressaltou.  |||  Lula ressaltou que, durante seu governo, os menos favorecidos começaram a ter oportunidades, e por isso criou-se o discurso de ódio contra ele.  |||  "Gente, eu não tenho diploma universitário, por que é que os doutores do lado de lá têm tanto medo de mim? Se juntem todos e vão disputar a eleição contra mim pra ver quem ganha", desafiou.  |||  "Nós não nascemos para ser tratados como pessoas de segunda classe. Queremos ser tratados em igualdade de condições", completou.  |||  O ex-presidente voltou também a denunciar a perseguição judicial contra ele. "Investigaram o Geddel [ex-ministro de Temer] e encontraram malas de dinheiro. Foram na minha casa, viraram colchão, abriram televisão, exaustor. Acharam que iam achar dinheiro, ouro, joias. Não acharam nada e a única joia que acharam foi a joia de caráter".  |||  "Eu tenho 9 processos. Talvez apareçam mais 9", colocou. Assista à íntegra do discurso:
       

MP  processa   Mantega  e  Graça por ‘gasolina barata’. Lembra dos ‘coxas’ reclamando que era cara?

   podiamasnaopode

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

O onipotente Ministério Público brasileiro deu mais um passo em sua caminhada para tornar-se a “justiça divina”.  Abriu processo contra o ex-ministro Guido Mantega e a ex-presidente da Petrobras, Graça Foster  por terem mantido, na avaliação dos promotores, “baixos demais” os preços da gasolina em 2013 e 2014.  |||  Alguém aí se lembra dos protestos “coxinhas ” sobre “aumento da gasolina” de Dilma, dos “dias sem imposto”  do golpista Instituto Millenium? Ou dos adesivos obscenos que eles faziam distribuir com a presidenta para serem colocados nos carros?  |||  Suas excelências acham que só que pode fixar preços é o “mercado” ou, quem sabe, os sheiks sauditas. O governo, só quando é o do Temer, que levou a gasolina acima dos R$ 4 ou o de Fernando Henrique, que fez isso depois que José Serra perdeu as eleições de 2002, sem que nenhum procurador tenha tido a iniciativa de dar um pio. |||  Pedem R$ 20 bilhões – um  trocado, não é? –  de reparação pessoal de ambos pelos “prejuízos”.  Deveriam, talvez,  pedir a cada motorista do país para  indenizar aqueles preços, pois foram os que se beneficiaram de uma gasolina “menos cara”.  ||| Para os membros do Ministério Publico, que jamais tomaram uma iniciativa diante da escalada atual do preço da gasolina, o Governo não tem o poder de administrar preços.  Aliás, para eles, o governo não deveria ter poder nenhum, apenas o dever de pagar-lhes bem.  |||  Poder, mesmo  é  o deles, só deles, conquistado num concurso público, não no voto popular.  Eles são “donos” de tudo, até da bomba de gasolina.  Mas não contra a escalada de preços, apenas contra os preços baixos. Afinal, manter preço baixo é “improbidade administrativa”.  Eu adoraria vê-los defender esta tese no sábado, no Mercadão de Madureira.

Novo  ataque  policial   à

Universidade. De novo,

em  Santa  Catarina 

     novaop


FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

No dia seguinte à prisão – envelopada de “condução coercitiva” do reitor e da vice-reitora da Universidade Federal de Minas Gerais, e da abertura de uma sindicância – dois meses depois! – sobre os abusos que teriam levado o professor Luiz Cancellier, da Federal de Santa Catarina, a mesma juíza autoriza o envio de uma matilha de nada menos que 90 policiais para “conduzir coercitivamente” seis professores e servidores da mesma universidade.  |||  Depois da morte do reitor, o mínimo de prudência que se exige é que as pessoas que se quer ouvir sejam intimadas.  Todas, como se disse ontem aqui, têm endereço e ocupação definidas. Ninguém vai fugir pro Afeganistão. Se esta precaução básica não foi tomada é por haver uma deliberação política de demonstrar força do sistema policial-judicial.  |||  É preciso se mostrarem como cães ferozes e nada ilustra melhor essa intenção que a narrativa do professor Alexandre Neves, da UFMG, sobre o momento em que os policiais federais entraram na casa do reitor Jaime Arturo Ramírez, que saía do banho, enrolado numa toalha e pediu uns minutos para se trocar. – Você não tem mais direito à privacidade, não, rapaz! -disse-lhe um meganha.  |||  Se ninguém os segura, amanhã tem mais.

Romário protegeu a Globo na CPI  e  ganhou  espaço  na emissora:  isso é propina

     

JOAQUIM DE CARVALHO, no DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

Já virou um mantra da hiprocrisia a nota que William Bonner lê ao final de cada nova revelação sobre propina paga pela Globo para ter os direitos de transmissão da Copa do Mundo: “o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina.”  |||  A nota tem o mesmo valor que a declaração que Pablo Escobar dava quando, confrontado com acusação de tráfico, negava e dizia que era empresário. A Globo sempre pagou propina ou esteve envolvida em irregularidades para obtenção de contratos.  |||  Um ex-auditor da empresa, Roméro C. Machado, escreveu um livro, 'Afundação' Roberto Marinho, para descrever o que ele chama de zona, desorganização, uma empresa que desenvolveu a cultura da sonegação.  |||  A Globo incentivava a criação de empresas de fachada por funcionários com altos salários —para que recebessem mais, sem pagar imposto, e ajudando a empresa a aumentar suas despesas para diminuir a tributação.  |||  Também para pagar o que não poderia ser contabilizado, como comissão (propina) para obter contratos, exatamente como no caso da Fifa.  |||  Uma das ações que Roméro auditou envolve a Petrobras. Segundo ele, a Fundação Roberto Marinho obteve ilicitamente verba da estatal, “envolvendo comissão paga a dois conhecidos membros do mundo dos escândalos: Romeu Onaga e Alan Barbosa.”  |||  O auditor conta que, para abafar o caso, foi sozinho à Petrobras, “usando todos os meios de que dispunha e de diversos conhecimentos, chegando até o sr. Duque Estrada (diretor) e ‘adjunto’. E, dentro do sigilo que se fazia necessário para o momento, foi-me garantido que o próprio presidente da Petrobras (e vice-presidente da Fundação Roberto Marinho), sr. Hélio Beltrão, iria abafar o caso, evitando que o nome da Fundação viesse a público no escândalo”.  |||  Hélio Beltrão é um caso que demonstra que, na cultura da Globo, favores podem ser retribuídos por mais de uma geração. Maria Beltrão, apresentadora do Estúdio I da Globonews, é filha de Beltrão.  |||  O autor, Romério Machado, publicou seu livro em 1988, com a promessa de que publicaria mais dois sobre o a Globo e a Fundação. Mas a trilogia não terminou, e até onde se sabe ele não foi processado, embora o primeiro volume tenha narrações altamente comprometedoras.  \\\   Romero diz que executivos da Globo permaneciam em seus postos ou eram protegidos em razão da vulnerabilidade dos donos da emissora. Fazer auditoria, na Globo, e não pegar ladrão era quase impossível. E, às vezes, eu me perguntava: Para que tanta técnica? Para que tanto estudo tributário? Para que refinado Management, Business and Administration, se na Globo a coisa era policialesca e rastaquera? Era como pescar num barril”, diz ele, que foi auditor fiscal antes de entrar na emissora."  |||  Ele narra que ouviu do diretor do Departamento de Educação da Fundação Roberto Marinho, Calazans Fernandes, uma história cabeluda sobre a permanência do José Carlos Magaldi na secretaria-geral da Fundação, o homem que efetivamente tocava a entidade.  |||  “Uma das formas que o Magaldi encontrou de subjugar o Dr. Roberto é insinuando sempre que ele é homossexual, devasso, e que um fato obscuro, envolvendo um dos filhos do Dr. Roberto, que atirou num rapaz, amante do pai, foi resolvido e abafado por ele, Magaldi. O Dr. Roberto, com medo, permite ao Magaldi e à sua turma, todo tipo de bandalheira aqui na fundação”, escreveu. |||  Sob administração de Magaldi, foi editado um livro, com 3.500 exemplares, com quadros e imagens “altamente libidinosas”, de Sérgio Murad, o Beto Carrero, o do parque. Quando Roberto Marinho soube, mandou destruir, e Magaldi, naturalmente, obedeceu, mas, segundo Calazans contou a Romero, o objetivo não era mesmo publicar o livro, mas pressionar Roberto Marinho.,  |||  A grande intenção dele não era editar o tal livro. Era, antes de tudo, que o Dr. Roberto soubesse da edição e entrasse em pânico, com medo que a igreja viesse a saber, ou que este livro fosse público envolvendo o nome da Fundação.”  |||  Páginas do livro proibido, “Dez casos de amor”, são publicadas na obra do auditor Roméro Machado, que lhe foram confiadas para que fizesse auditoria e constatasse o mau uso do dinheiro pela Fundação — foi dinheiro jogado fora, mas Magaldi continuou firme no posto.  |||  No escândalo da Fifa, quase 30 anos depois, emerge a figura de Marcelo Campos Pinto, o diretor que negociava direitos de transmissão do futebol. Campos Pinto tinha uma empresa de fachada que funcionava no mesmo endereço da Globo, na rua Jardim Botânico, Rio de Janeiro, e procuração para gastar como quisesse até 4 milhões de reais.  |||  É a pessoa citada como interlocutora da Globo para as transações de propina. Ele foi afastado e até agora não deu entrevista, mas continua influente na emissora. Ou, o que é mais provável, a influência está acima dele.  |||  Um caso que passou despercebido foi a participação do senador Romário, ex-jogador de futebol, campeão do mundo em 1994, no programa 'Bem, Amigos', da SporTV, da Globo, no final de setembro.  |||  O programa, apresentado por Galvão Bueno, fugiu completamente de seu espírito quando Romário anunciou que é candidato a governador do Rio de Janeiro. O ex-árbitro de futebol Arnaldo César Coelho, também dono de uma retransmissora da Globo, a de Resende, no sul do Rio, deu corda assunto e perguntou se o partido dele tem candidato a presidente. “Tem. É o Álvaro Dias”, afirma.  |||  O  atual partido de Romário, Podemos(ele era do PSB), não tem relevância nem para ser assunto de programa político. Por que estaria num programa de esportes? A resposta está ligada ao que disse um deputado que participou da CPMI sobre o futebol.  |||  “Eu quis convocar o Marcelo Campos Pinto, mas houve uma confusão, o requerimento não foi aprovado e nem houve relatório”, disse o Major Olímpio à TV Record, numa reportagem sobre o escândalo da Fifa. A CPMI presidida por Romário inviabilizou a convocação do executivo da Globo, chave no esquema de corrupção da Fifa. Veja o requerimento do deputado ao final.  |||  A entrevista de Romário ao programa de Galvão Bueno, para anunciar sua candidatura a governador, pode até ser considerada uma afronta à lei eleitoral e não faz sentido exceto se olhá-la como parte de um acerto para poupar o ex-diretor da Globo na CPMI.  |||  É assim que a Globo opera.  Miriam Dutra passou quase 25 anos na Europa recebendo salário da Globo e não trabalhando na maior parte do tempo, apenas porque a distância interessava ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Mirim tem um filho cuja paternidade era atribuída a Fernando Henrique Cardoso.  |||  Miriam ficou na Europa, situação que definiu como “exílio”e me disse, em entrevista, que, durante esse tempo, a Globo teve empréstimos do BNDES e outras vantagens na política de comunicação do governo. Não apenas no governo, mas também no Congresso Nacional.  |||  O vice-presidente de relações institucionais da emissora na década de 90, Evandro Guimarães, chamado em Brasília senador da Globo, chegou a vetar um deputado escolhido pelo PMDB para presidir a Comissão de Comunicação da Câmara.  |||  Era Carlos Apolinário, evangélico, que a Globo não queria na comissão que define as concessões de radiodifusão por entender que havia vínculo entre ele o bispo Edir Macedo, já então empresário emergente no ramos das comunicações, o único que chegou a ameaçar efetivamente o grupo da família Marinho.  |||  A voz de William Bonner pode ser usada à exaustão para negar as acusações contra o grupo  Globo, mas as atitudes da emissora contrariam o discurso. É como ouvir uma uma pessoa dizer que a terra plana ou que o sol é que gira em torno do planeta.