sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Covid-19: relaxamento em protocolos  de  segurança sanitária trará novos surtos pandêmicos no Brasil e mundo afora

                 

Não era simples o que a pesquisadora Marisângela Simão, diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde, tinha a dizer em sua palestra para o 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia (EPI) da Abrasco. Na última segunda-feira, 22/11, ela trouxe a visão geral da OMS sobre os próximos desafios da pandemia de covid-19 – com ênfase nas desigualdades de assistência médica e nas conjecturas da Organização para os próximos tempos. "O mundo, na verdade, está entrando em uma QUARTA ONDA, mas as regiões tiveram comportamento diferente em relação à pandemia", alertou. Prevê-se que, a curto prazo, onde houver relaxamento de medidas sociais e de saúde pública, haverá aumento de casos de covid"(Gabriela Leite, no portal OUTRAS PALAVRAS, 25/11).

REVEILLON E CARNAVAL? NEM PENSAR

Fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o médico- sanitarista Gonzalo Vecina disse, ao (AQUI)portal UOL nesta quinta-feira (25), que a realização das festas de Réveillon e Carnaval prejudicará o combate à pandemia de Covid-19. "Estamos longe de alcançar o fim da pandemia. Nem pensar fazer réveillon ou Carnaval. Tudo que estamos fazendo vai por água abaixo", advertiu.  >>  Com a volta do turismo a todo o vapor neste ano, as maiores capitais do Nordeste, por exemplo, planejaram realizar novamente as tradicionais festas de Réveillon na praia, com fogos e atrações. Algumas chegaram a lançar editais para contratar empresas e artistas para a virada de ano.  >>  Entretanto, a alta no número de casos na Europa após a reabertura e a vacinação ainda aquém de índices confiáveis fizeram dezenas de prefeituras recuarem e deixarem em aberto a realização dos eventos, com uma tendência a permitir apenas festas particulares menores(BRASIL/247, 25/11).  >>  "Festas que você não controla quem entra, não podem ocorrer", completou o médico-sanitarista. Ele cita como exemplo de eventos possíveis(com aglomeração)  os jogos de futebol.

(amgóes)

 


sábado, 20 de novembro de 2021

 Dependência visceral do 'deus mercado'

A lógica do 'deus mercado' é diametralmente oposta às premissas da inclusão social com oportunidade para todos. Trata-se do mundo para os poucos que se fartam com 90% das riquezas do planeta. Contra essa segregação, eleição só não resolve. Tem que ser à base do 'olho por olho'.

Milênios afora, jamais houve sentimento solidário nos marcos do andar de cima. Os tais 'direitos privados', da forma como historicamente sempre existiram, de caráter seletivo e excludente, têm que ser cirurgicamente repensados. Ou então combinemos que tudo fica como está.

À falta de tributação das fortunas protegidas por mecanismos de Estado, instituídos pelo corporativismo de legislações burguesas, como ocorre no Brasil, só resta a ruptura institucional. Daí a instauração de nova ordem sociopolítica e econômica, de cujo arcabouço advirá prioritária e proporcional cobrança de impostos sobre o patrimônio dos ricos.

O ordenamento multissecular, de falaciosa 'conciliação de classes', aprofundou o fosso das desigualdades no planeta. Aqui entram Marx e Engels, com a mais-valia' a sedimentar equitativa distribuição das riquezas, com garantia de vida decente para todos.

Um mundo livre de minoritários e seletivos privilégios, gerados pela 'racionalidade' capitalista, tornará perene uma salutar coexistência humana, de variadas origens socioculturais. Imprescindível, todavia, acurado nível de cumplicidade na promoção de revolucionária 'virada de mesa' para eliminar, desde suas raízes, o Estado construído na exclusão de expressivos contingentes populacionais. Simples assim.

Mas a leniência segregacionista da classe média tem obstado esse avanço libertário rumo à paz geral, ainda que tardia...
(amgóes)

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

'Virose' brasileira a contaminar o vocabulário dos 'miudos' em Portugal

       

A desconcertante evolução tecnológica da Comunicação gerou uma investida 'neovernacular' do Brasil em Portugal, entre infantes e adolescentes, a suscitar  implícito desconforto que mobiliza incondicionais defensores da idiomática ortodoxia lusitana. Trata-se, porém, de inexorável  derivativo dialético da interação social, no compartilhamento de informações.

Os povos desta nossa margem do Atlântico foram sufocados, em seus falares originais de nativo tropicalismo tupiniquim-tapuia, pela ibérica latinidade portucalense,  aqui chegada na sequência dos remotos 1500, 'catequizados' por jesuíticas missões. 

Essa interferência europeia (pretensamente)civilizatória deu à luz o 'português-brasileiro", hoje aqui falado por duzentos e vinte milhões, em dimensão continental, reverberado mundo afora, particularmente nos costados lusitanos  do Velho Mundo. 

Abrasileirado, o vetusto idioma de Camões, Frei Luís e Souza, Camilo Castelo Branco, Almeida Garret, Fernando Pessoa, José Saramago e tantos outros luminares 'd'antanho'/contemporâneos foi repaginado em plagas brasílicas, com tempero multicultural aborígene, africano e asiático.

Embora hoje premido pela diminuta presença, de 5%, em nosso contingente lusófono, Portugal detém, por direito inalienável, o foro embrionário do quinto idioma mais falado na escala planetária, enriquecido com a diversidade cultural onde por séculos aportou, através de mares nunca dantes navegados. 

Sobre o tema, sugiro-lhe acessar,  por oportuno, os 'links' abaixo...

https://www.noticiasmagazine.pt/2021/o-brasil-esta-a-invadir-o-vocabulario-dos-mais-novos/estilos/comportamento/265958/

https://olhardigital.com.br/2021/11/11/internet-e-redes-sociais/criancas-portuguesas-estao-falando-como-brasileiros-e-a-culpa-e-do-youtube/

(amgóes)