quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Bolsonaro e a 'engenharia' do golpe


Odilon Rios, jornalista, de Maceió, no Facebook

Sabíamos que Bolsonaro queria um golpe mas dificilmente alguém imaginaria o tamanho da aparelhagem, hoje sendo desmontada pelo governo Lula:
- Gente treinada para matar e morrer;
- Dinheiro de empresas;
- Vassalagem do Ministério da Justiça.
- Transporte e estrutura para sobrevivência de (muita) gente.
Tudo isso exige muita coisa. Principalmente dinheiro público.
O ex-ministro Anderson Torres está nos Estados Unidos atuando como informante de Bolsonaro. Torres sabe quem é quem e não viajou à toa. Não quer cair sozinho.
Não por acaso bolsonaristas falantes como Bia Kicis estão em silêncio. O Eduardo Bolsonaro correu para o Arthur Lira. Há políticos alagoanos calados. Estão preocupados, é lógico.
Ou Lula e Alexandre de Moraes continuam a desvendar toda esta sujeira ou haverá uma anistia que só interessa aos criminosos. A ditadura perdoou hipocritamente os assassinos e torturadores. Hoje, os filhotes deles destruíram prédios como o do STF.
E não usaram apenas um cabo e um soldado.                                                                        

domingo, 8 de janeiro de 2023

SEM ANISTIA para genocidas, golpistas e nazifascistas que destruiram o país

O regime autoritário instaurado em 1964 já estava podre e nauseabundo 20 anos depois, quando emergiu das cinzas o grito de amplos segmentos sociais por 'diretas já', até mesmo os originariamente beneficiários do golpe militar.  Frustramo-nos, porque  a emenda das 'diretas' não vingou no Congresso com maioria ainda acumpliciada aos generais.   ///   A ruptura do Estado de Direito, sob incondicional apoio de nossa embolorada classe dominante,  fora consumada sob a falaciosa justificativa de nos 'salvar'  da implantação de uma 'república comuno-sindicalista', na realidade (traumática) interrupção de incipiente projeto pró-inserção do  Brasil no rol do mundo desenvolvido, através das 'Reformas de Base'  preconizadas pelo governo nacionalista de João  Goulart.   ///   A quadra planetária bipolar da segunda metade do século passado,  conhecida por 'guerra fria' entre Estados Unidos e União Soviética,  deflagrou uma disputa entre visões globais diametralmente opostas, de fluidos maniqueistas determinantes dos 'bons'(por óbvio, o poder transnacional  liderado pelos norte-americanos, com seu 'puxadinho' europeu, a OTAN) e os 'maus', identificados nos processos revolucionários, disseminados no leste europeu, Ásia e (extremo acinte, imagine!) a então recente insurreição cubana, para socializar as economias nacionais.  ///  O golpe brasileiro de 1964, subsidiado por Washington, abortou nossa utópica expectativa de superação das crônicas desigualdades, aqui instauradas nos marcos remotos das capitanias hereditárias, de viés predatório e excludente em relação ao  seviciado andar de baixo,  nas relações de produção capitalista.  ///   O hiato experimental de 13 anos, nos governos de Lula e Dilma, conquanto tenha suscitado inédito crescimento de nosso mercado interno, com elevada ressonância no exterior, além de agregar  expressiva massa de excluídos ao bolo da riqueza nacional, fez disparar a facciosa reação dos endinheirados, figadais inimigos do equânime acesso de toda a população a uma decente qualidade de vida, daí a iniquidade do 'impeachment' da presidenta Dilma Rousseff, dissociado de base constitucional, e da condenação e prisão de Lula por demandas judiciais fundadas no criminoso objetivo de afastar da cena política o consagrado líder popular e  mundialmente reverenciado estadista brasileiro, construído nos embates sindicais do chão da fábrica.  ///  Eleito Bolsonaro presidente em 2018, um ex-milico fascistoide e sociopata, através de colossal estrutura de escabrosas mentiras nas redes sociais, nossas elites, contumazes manipuladoras de visceral ortodoxia segregacionista,  assistiram à diluição das potencialidades brasileiras, motivo de nosso rebaixamento à vergonhosa condição de párias internacionais.  ///   Mesmo a par da tragédia pandêmica, consequência dos desatinos de uma organização genocida  no Executivo federal, bem assim de nosso esfacelamento econômico, com leniência das Forças Armadas, os ricos brasileiros ainda se dividiram na opção eleitoral de 2022 e parte deles, sem a reeleição de seu famigerado presidente, ainda insiste em financiar  inocentes inúteis envolvidos com patéticos arreganhos por 'intervenção militar'.   ///   Empossado Lula-3, com a insólita tarefa de complicada reconstrução nacional,  compete-nos, aqui da base, vigorosa resistência ao deletério 'jeitinho brasileiro', que livrou a cara dos facínoras do último e longevo período ditatorial: SEM ANISTIA para Bolsonaro e sequazes,  paisanos e fardados!   ///   À memória dos 700 mil abatidos pela Covid19,  se constasse de nossas regras penais, seria justo que fossem  levados ao 'paredón', com o valor dos projéteis do justiçamento a débito das respectivas parentelas (aliás, meu voto seria pelo 'garrote vil', à moda do espanhol Francisco Franco, um dos 'gurus' de todos eles).   ///   E não me venham com brasílicos purismos porque já deletei qualquer resquício de beatitude e temperança. Afinal, cadeia será um prêmio de loteria para esses bandidos lesa-pátria...

(AMgóes)

 

sábado, 7 de janeiro de 2023

Escolas 'cívico-militares': urge desmontá-las 

      

Uma das prioritárias medidas profiláticas do novo governo na área educacional deve ser o desmonte do projeto que, a partir de 2019, passou a instalar no país as ditas escolas 'cívico-militares'.

Esse descalabro introduzido no ensino, por óbvio, à margem de um  debate em amplos segmentos da sociedade brasileira, teve por objetivo semear a falácia de que os colégios militares são 'únicos' de excelência na rede pública e, dessa forma,  constituem referência para os demais.

Daí a instituição do PECIM-Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, sob orientação e monitoramento de militares da reserva, aquinhoados com um 'puxadinho' remuneratório aos soldos previdenciários que recebem integrais, sem os decréscimos delimitados às pensões(via de regra, iníquas) dos comuns paisanos aposentados.

Aos professores e outros profissionais(civis) da Educação, a quem é exigida especialização acadêmica, até em nível de pós-doutorado, a depender das específicas obrigações magisteriais e gerenciais, a responsabilidade de se            circunscreverem ao manual das instruções didático-pedagógicas, ditas 'morais e cívicas', do ciclo Fundamental ao Médio.

Objetivo? 'Melhorar' o processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas, com base no 'alto nível' dos colégios  do Exército, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros militares, em consonância com prefeituras e governos estaduais.

Cabe aos militares de pijama, na função de bedéis(censores, disciplinadores) tocar projetos educativos extraclasse e a busca 'ativa' dos alunos sob rigores indissociáveis da rotina da caserna.

Numa quadra em que nos atemos à premente necessidade de saber, via soberana decisão plebicitária,  que tipo de Forças Armadas nos interessa construir, na contramão do ranço de sua formação histórica, herdada dos ancestrais  'capitães do mato' do Brasil-Colônia, cabe-nos extirpar, com a devida urgência, esse deletério arcabouço destinado a inocular, em corações e mentes de nossa juventude, o ideário fascista novamente a emergir no planeta.

O programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, introduzido no finado (des)governo Bolsonaro,  integra a capilaridade do mais nefando autoritarismo, advindo do golpe de 1964, retomado em 2016, com chancela das urnas em 2018.

Mais uma ideia 'fake' de proeficiência que nos compete riscar do mapa com a premência de tempo recomendada para restauração das ansiadas premissas do Estado democrático de Direito. 

(AMgóes)