quinta-feira, 30 de junho de 2016

Dilma no SBT:apoio a plebiscito sobre novas  eleições                 

                                        


                                                                     Roberto Stuckert Filho
 
E completou: “A proposta tem que ser de um terço da Câmara e do Senado. O que é importante para mim é manter a unidade dos que me apoiam. São parlamentares, movimentos sociais, intelectuais, que têm opiniões diferentes”.



Ele frisou ainda que a condição para a efetividade dessa proposta é o respeito à democracia e ao seu legítimo mandato. “Em qualquer hipótese, para se afirmar a democracia, passa por um requisito: a minha volta à Presidência da República, com plenos direitos”, reforçou.



Retomando o seu mandato, que para ela é a principal tarefa agora, a presidenta disse que avalia a elaboração de uma carta compromisso. “Tanto os senadores que me apoiam, a 'Frente Brasil Popular', o 'Movimento Povo Sem Medo' e  meu staff  estamos avaliando uma carta de compromisso à nação. Primeiro compromisso é com a democracia. O segundo compromisso é devolver os direitos que estão retirando. Um exemplo é o reajuste do Bolsa Família. Depois de muito insistirmos, eles deram hoje”, disse.


Dilma afirmou também que a batalha do impeachment não é só política. “É também jurídica. A perícia feita pela comissão do Senado constata que não há minha participação no Plano Safra e não teve qualquer irregularidade minha nas pedaladas fiscais. A conclusão é que, de fato, não se pode falar em crime de responsabilidade. Primeiro reforço o caminho para o Senado. Estamos defendendo que há um golpe. Depois há outra batalha no Supremo, que é a última instância”, enfatizou.



Dilma avaliou que esse processo teria sido muito mais difícil de ser aprovado se Eduardo Cunha (PMDB) tivesse sido afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes de 17 de abril. O Supremo recebeu o pedido de afastamento de Cunha em dezembro de 2015.

Pelo menos, criaria um clima muito ruim para este processo de impeachment. O Cunha aceitou este processo como uma vingança. Foi um claro desvio de poder”, lembrou a presidenta.

Sobre o encontro dele com Michel Temer, Dilma ironizou: “Cunha foi visitar o presidente interino, provisório. Não trataram de futebol, certamente”.


Requião diz que “distraídos venceremos” o golpe no Senado  Federal
Mais três senadores aderem ao 'G-30' de indignados com o rumo sórdido do 'impeachment' da presidenta Dilma...
              

roberto_requiao_g30
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), reuniu ontem à noite (29), em Brasília, o G-30 — grupo de 30 senadores éticos e desenvolvimentistas — num jantar contra o golpe de Estado.

Requião, que é uma espécie de embaixador informal da luta pela legalidade democrática no país, citou o escritor e poeta curitibano Paulo Leminski para resumir o resultado do encontro: “distraídos venceremos!”.
“Reunimos ontem em jantar senadores éticos indignados com o que acontece. Como diria Leminski: distraídos venceremos!”, informou animado. Ele não quis nominar os presentes, mas assegurou que o grupo acolheu três novos senadores…
O senador do PMDB comparou o sucesso do jantar em sua casa com o fiasco do jantar pró-golpe realizado anteontem na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a presença do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
“Consenso entre os senadores e Meirelles foi vazio e inconsistente no jantar do Renan. Afinal esperavam o quê?”, comparou Requião.
O G-30 reagiu positivamente à entrevista de Dilma Rousseff concedida ao jornalista Kennedy Alencar, do “SBT Brasil”, ainda na noite de ontem(VEJA NO PRÓXIMO 'POST' DO AMGÓES).
A presidente eleita confirmou apoio à proposta de realização de um plebiscito sobre novas eleições, caso o Senado rejeite o impeachment.
Dilma também falou o que o G-30 do Senado queria ouvir: a divulgação de uma carta de intenção ao povo brasileiro anunciando mudanças na economia e redução de juros.

Não há mais  hierarquia?  Juiz  e 

promotores se dizem “perplexos” 

com decisão do Supremo...          

    marines
Na Folha, o juiz primário(AQUI-primário é de primeira instância; Doutor, não queira me processar, porque não tenho com o que pagar seu auxílio-moradia) que decretou a prisão de Paulo Bernardo e os promotores(AQUI)de outra “força tarefa”(expressão bélica inventada na II Guerra para a conquista de um objetivo específico) se rebelam contra a decisão do STF.
E em “nota oficial”, vejam só.
Excelências, lambam os beiços de ter sido o Toffoli o relator do Habeas Corpus.
Com outro, seria pior.
A fundamentação da prisão era primária.
Nem em escritório-modelo…
Tanto que, segundo a Folha, depois de levar a traulitada do STF , o primário Dr. Juiz Paulo Azevedo determinou soltura de outros  oito presos, condicionada apenas ao comparecimento quinzenal à Justiça, proibição de contatos com demais investigados, suspensão de exercício ou cargo público, proibição de se ausentar do país e entrega de passaporte.
Firmeza é isso aí, não é?
Antigamente, nos tempos da hierarquia judiciária, quando o MP e o juiz tomavam uma negativa nos tribunais superiores, diziam que iam esclarecer.
Agora, se dizem “perplexos”.
Argumentam que Tofolli “sequer ouviu a Procuradoria Geral da República”.
Em Habeas Corpus, doutores?
Os senhores não sabem que, em mandado de segurança e em habeas corpus a oitiva da “altera parte” ou o pedido de informações é franquia, mas não obrigação do Juiz?
Mudou o Direito?
Acaso o “doutor prendedor” ouviu a defesa, antes de mandar o cidadão ser apanhado em casa pela meganhagem?
Quem sofreu dano irreparável, o cidadão que foi exibido em rede nacional ou as investigações (quais?) que se fizeram se quinta-feira para cá?
A operação bélica na sede do PT não tem consequências?
Francamente, se eu tivesse terminado o curso de direito, ia pedir para ser advogado do Paulo Bernardo e dos outros acusados dessa turma.
Nem ia ter trabalho, porque o Supremo, mesmo este aí, vai passar feito um trator – e indo e vindo, indo e vindo – sobre a acusação.

Não há mais  hierarquia?  Juiz  e promotores se dizem “perplexos” com decisão do Supremo...          

    marines
Na Folha, o juiz primário(AQUI-primário é de primeira instância; Doutor, não queira me processar, porque não tenho com o que pagar seu auxílio-moradia) que decretou a prisão de Paulo Bernardo e os promotores(AQUI)de outra “força tarefa”(expressão bélica inventada na II Guerra para a conquista de um objetivo específico) se rebelam contra a decisão do STF.
E em “nota oficial”, vejam só.
Excelências, lambam os beiços de ter sido o Toffoli o relator do Habeas Corpus.
Com outro, seria pior.
A fundamentação da prisão era primária.
Nem em escritório-modelo…
Tanto que, segundo a Folha, depois de levar a traulitada do STF , o primário Dr. Juiz Paulo Azevedo determinou soltura de outros  oito presos, condicionada apenas ao comparecimento quinzenal à Justiça, proibição de contatos com demais investigados, suspensão de exercício ou cargo público, proibição de se ausentar do país e entrega de passaporte.
Firmeza é isso aí, não é?
Antigamente, nos tempos da hierarquia judiciária, quando o MP e o juiz tomavam uma negativa nos tribunais superiores, diziam que iam esclarecer.
Agora, se dizem “perplexos”.
Argumentam que Tofolli “sequer ouviu a Procuradoria Geral da República”.
Em Habeas Corpus, doutores?
Os senhores não sabem que, em mandado de segurança e em habeas corpus a oitiva da “altera parte” ou o pedido de informações é franquia, mas não obrigação do Juiz?
Mudou o Direito?
Acaso o “doutor prendedor” ouviu a defesa, antes de mandar o cidadão ser apanhado em casa pela meganhagem?
Quem sofreu dano irreparável, o cidadão que foi exibido em rede nacional ou as investigações (quais?) que se fizeram se quinta-feira para cá?
A operação bélica na sede do PT não tem consequências?
Francamente, se eu tivesse terminado o curso de direito, ia pedir para ser advogado do Paulo Bernardo e dos outros acusados dessa turma.
Nem ia ter trabalho, porque o Supremo, mesmo este aí, vai passar feito um trator – e indo e vindo, indo e vindo – sobre a acusação.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Mal usada, delação premiada vira incentivo  ao  crime  de  corrupção 

Estratégia tornou-se um "plano B" de aposentadoria dos sonhos de um criminoso do colarinho branco sem escrúpulos. Se for pego, pode perder parte do que roubou, mas ficará "preso" em sua mansão...
Helena Sthephanowitz, em seu blog           
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Há algo de disfuncional na Justiça brasileira quando oscila entre dois extremos no trato dos crimes de corrupção. De um lado o engavetamento – omitindo-se de investigar – e do outro, a banalização da prisão preventiva seguida de delação premiada como atalho para as investigações.
Ambas as medidas trazem grande risco de erro. E os erros vão além da violação de direitos individuais, pois prejudica a própria redução da criminalidade, uma vez que o Judiciário, sem querer, está indicando um caminho de redução de riscos para a atividade criminosa.
Se um criminoso que ainda não foi pego tem a quem delatar como carta na manga, o risco de vira a ser punido fica reduzido com a jurisprudência da 'delação premiada'. E isto é um incentivo para ele continuar perpetrando seus crimes, ao invés de fazê-lo parar.
Afinal, se não for pego fica com tudo o que roubou. Se for pego e ainda que perca parte do amealhou em seus crimes, a pena pela sua condenação – reclusão domiciliar com tornozeleira eletrônica – é equiparável à aposentadoria em um "resort" de luxo. A delação tornou-se um "plano B" de aposentadoria para um criminoso do colarinho branco e sem escrúpulos.
A banalização das prisões preventivas com apelo midiático sacia a opinião pública de quem já tem escrúpulos, mas para mentes criminosas a alternativa da delação torna sua atividade de crimes menos arriscada e mais recompensadora. O resultado, no conjunto da obra, mais cedo ou mais tarde, será o aumento da corrupção, obviamente com métodos aperfeiçoados, diferentes dos já descobertos.
A sociedade ganharia mais se a Justiça fizesse o óbvio pelo caminho do equilíbrio: engavetasse menos, investigasse sem delongas para obter provas materiais de forma a levar à condenação de criminosos milionários sem o estímulo da "aposentadoria" em uma vida de luxo, via delação.
Peguemos o exemplo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos que mais citados em delações premiadas.
A chamada Lista de Furnas é escândalo público e notório desde 2005. Está nas gavetas até hoje. Onze anos depois, aparecem vários delatores confirmando a lista, o esquema, os envolvidos, tudo. Se tivessem investigado a sério desde 2005 já haveria gente condenada e nem teria o que delatar sobre este fato em 2016. Haveria menos impunidade com menos criminosos premiados.
Quando estourou o mensalão, em 2005, Aécio era governador e estava no ar a campanha publicitária "Déficit Zero" do governo de Minas feita pela agência de publicidade de Marcos Valério. Parece até provocação – ou certeza de impunidade – o governo tucano de Aécio trazer de volta à publicidade governamental mineira os mesmos empresários que já respondiam processo de improbidade administrativa pelo mensalão tucano de 1998.
E parece cegueira dos ministérios públicos estadual e federal não terem visto e investigado discrepâncias na contabilidade do Banco Rural fornecida à CPI dos Correios diferente da que deve ter o Banco Central e que, segundo delação do ex-senador Delcídio do Amaral 11 anos depois, comprometeria o senador Aécio Neves e o ex-senador Clésio Andrade.
O próprio Marcos Valério, na iminência de nova condenação pelo mensalão tucano de 1998, só agora em 2016 negocia delação premiada incriminando políticos tucanos, antes poupados. Houvesse mais investigação e menos engavetamento em todos esses anos, o que ele tem a delatar já seria do conhecimento dos investigadores há muito tempo.
A sensação de impunidade de 1998 e 2005 incentivou novos casos de corrupção nos anos seguintes. No último domingo (26), o jornal Folha de S. Paulo trouxe a manchete "Sócio da OAS relata propina a tesoureiro informal de Aécio". O sócio é o empreiteiro Leo Pinheiro. A propina seria de 3% sobre a principal obra da gestão do tucano no governo de Minas, um faraônico palácio de governo chamado de Cidade Administrativa. O tesoureiro informal citado na manchete é Oswaldo Borges da Costa Filho, do círculo familiar do tucano, e dono do jatinho particular usado pelo senador.
Quando Aécio era governador, nomeou Oswaldo presidente presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), estatal mineira com orçamento bilionário que custeou a obra. A confirmar a delação, Oswaldo seria uma espécie de Sérgio Machado do Aécio e desempenharia na Codemig papel semelhante ao que Dimas Toledo teria desempenhado em Furnas.
Essa delação não surpreende quem acompanha veículos de imprensa alternativos e blogs que não blindam tucanos, pois evidências de malfeitos em torno da obra foram publicadas há mais de seis anos.
A própria licitação da Cidade Administrativa deixa suspeitas claras de combinação para evitar concorrência. Para construir os três prédios, conciliou nove empreiteiras vencedoras (pelo menos seis delas envolvidas na Lava Jato), organizadas em três consórcios. Cada consórcio construiu um dos prédios. Nenhuma empreiteira se repete, nenhuma ganhou a concorrência no lote da outra.
Causa mais estranheza a construção de dois prédios iguais (com a mesma técnica construtiva e os mesmos materiais) ter sido dividida em dois lotes: um consórcio de três empreiteiras ganhou a construção de um prédio, e outro consórcio (também de três empreiteiras) ganhou a construção do outro prédio, e ambos ficaram praticamente igualzinhos.
Ora, se um consórcio ganhou um dos prédios com preço menor, teria de construir os dois, pois nada justifica pagar mais caro pelo outro praticamente igual. Se os preços foram iguais, a caracterização de formação de cartel fica muito evidente.
A oposição aos tucanos em Minas chegou a denunciar o fato, blogs publicaram e um inquérito chegou a ser aberto em Minas. Mas a necessária investigação fica nas gavetas durante anos sem se aprofundar. De novo o sistema judiciário se move apenas por atos extremos: ou engavetamento ou delação.
Deixando Aécio de lado, lembremos do caso Sanguessuga de 2006. Provas robustas, dezenas de parlamentares e prefeitos indiciados, parte denunciados. Mas cadê a condenação? Muitos deputados daquele escândalo estão aí até hoje reeleitos, inclusive votando no impeachment. Um exemplo recente é o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). Quando a aceitação da denúncia foi a julgamento, nem chegou a se tornar réu, pois já estava prescrito.
A política estaria mais decente, o Congresso Nacional estaria mais limpo, e os governantes honestos livres de achaques, se o sistema judiciário trocasse o excesso de prisões preventivas que ao longo do tempo não traz maiores consequências na redução de crimes, por investigações efetivas e condenações definitivas, com menos engavetamento. E corruptores e corruptos teriam mais medo de descumprir a lei se as delações não fossem tão premiadas como têm sido.
Hoje virou heresia criticar excessos de delações e prisões preventivas. Mas será que a opinião pública continuará aplaudindo quando a revista Caras fizer uma edição sobre a doce vida de delatores milionários presos a suas tornozeleiras eletrônicas? Isso enquanto o cidadão trabalhador honesto é condenado a levar uma vida de privações, por políticas de combate a corrupção tão disfuncionais que levaram Michel Temer ao poder para impor "austeridade" à classe média e aos mais pobres, enquanto as grandes fortunas, inclusive com tornozeleiras, continuam não sendo tributadas.

Antes do decreto para “transferência contábil da Globo”, Temer jantou com João Roberto Marinho

drive
Poucos dias antes de autorizar uma “transferência contábil” até agora inexplicada, João Roberto Marinho jantou com Michel Temer no Palácio do Jaburu, conforme revelou, no dia 13, o Drive do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, uma newsletter restrita a assinantes.
A empresa e o Governo ainda não deram explicações sobre a até agora misteriosa transferência e seus objetivos.
Não é a primeira vez que a Globo apela para mudanças escriturais para se livrar de maus negócios, como o blog mostrou em fevereiro, quando os irmãos Marinho aproveitaram(AQUI) uma microempresa adormecida para capitalizá-la, mudar seu nome e colocar nela as concessões de televisão.
Em 2013, outra jogada global foi alvo de ação da Receita Federal,que Luiz Carlos Azenha narrou na reportagem da TV Record(AQUI) que reproduzo abaixo, descrevendo como a empresa “conseguiu transformar uma dívida de mais de R$ 2 bilhões em um crédito de mais de R$ 300 milhões, em apenas 30 dias” com uma manobra contábil, que envolveu várias empresas: Globopar, TV Globo e a Globo Rio.
Rodrigues tem razão e a grande mídia tem culpa pelo desinteresse (ou cumplicidade): “Sabe-se pouco do que se passa nos corredores do poder”, sobretudo quando a Globo está no meio.

Até Elio Gaspari se rende, na Folha e no Globo:  É GOLPE!  

Paulo Nogueira                       
   
Gaspari: é golpe

Gaspari: é golpe
Quando até Elio Gaspari admite que é golpe, é porque não há mais como defender qualquer outra coisa.
Elio é colunista da Folha e do Globo, e dos mais influentes. É também cioso em cuidar de seus empregos. Nas suas colunas sobre a crise, jamais falou do papel da imprensa no trabalho crucial de desestabilização de Dilma, ao contrário, para ficar num caso, de Jânio de Freitas.
Em seus vários livros sobre a ditadura, da mesma forma, Roberto Marinho virtualmente não aparece. É como se a voz da ditadura — Marinho e sua Globo — fosse coadjuvante e não, como foi, protagonista da trama.
Mas agora, na coluna desta quarta-29(LEIA AQUI), publicada nos principais jornais brasileiros, Elio Gaspari enfim se rende.
O que levou Elio a admitir o óbvio foi a confissão da senadora Rose de Freitas. Líder do governo, vinculada ao golpe, Rose reconheceu dias atrás que não houve pedalada — o alegado crime que justificaria a deposição de Dilma.
Ainda acrescentou que conhece a fundo o assunto, por lidar com questões de orçamento em sua rotina de senadora.
Se não houve o crime, é golpe.
Elio nota, outra vez com atraso, que não é um julgamento, mas uma simulação de julgamento. Jogo de cartas marcadas. Isso acontece quando você já define o resultado antes que a defesa do réu possa expor seus argumentos.
Exatamente por ser tão cuidadoso ao tratar de temas ligados aos interesses das grandes corporações de jornalismo e seus donos, o artigo de Elio Gaspari é especialmente relevante. (Lembro, numa reunião da direção da Globo, como Roberto Irineu Marinho contou com satisfação o guia do Metropolitan que Elio montara para ele. Era uma visita para dummiescoisa de vinte ou trinta minutos, e Elio a elaborara com base em sua experiência como correspondente da Veja em Nova York.)
Fora dos círculos estritamente golpistas, incluídos aí os barões da imprensa e seus fâmulos mais servis entre os comentaristas, já não dá para dizer que o golpe não é golpe.
Em termos de mídia, depois da confissão de Elio Gaspari, o próximo passo seria um editorial da Folha de S. Paulo nos mesmos termos.
Mas aí já seria esperar demais da família Frias.