sexta-feira, 30 de junho de 2017


ROCHA  LOURES,  ‘HOMEM DA MALA’  DE  TEMER,  LIVRE, 
LEVE  E  SOLTO

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Loures e o 'dono' da mala' com propina da JBS
Pesquisas recentes têm apontado a queda de credibilidade do Poder Judiciário. E não é para menos. A sua seletividade fica cada dia mais evidente. O caso do sindicalista João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, é emblemático. Durante mais de dois anos, ele foi mantido preso com base em delações sem qualquer prova material da midiática Operação Lava-Jato. Nesta semana, foi aprovada a sua soltura da cadeia, mas o carrasco Sergio Moro desacatou a decisão. No outro extremo, Rodrigo Rocha Loures, assessor especial do presidente golpista que foi filmado pela Polícia Federal após ter recebido uma mala com R$ 500 mil de um chefão da JBS, acaba de ganhar a sua liberdade após passar alguns dias na prisão. Nesta sexta-feira (30), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o "homem da mala" de Michel Temer. Dá para acreditar que a Justiça é cega no Brasil?

Leia mais ALTAMIRO  BORGES no  BLOG DO MIRO.

A LIÇÃO DE MARCO AURÉLIO

Fernando Brito, no TIJOLAÇO: "Este blog, quem o acompanha o sabe, não vibra ou sequer se compraz com a prisão de seres humanos.   ***   Muito menos com cassações de mandatos, que me acostumei a ver desde criança.   ***   Não fico, por isso, chocado com a decisão de Marco Aurélio Mello de restabelecer o mandato de Aécio Neves e, por óbvio, recusar sua prisão preventiva.   ***   Não, não é isso o que choca.   ***   O que choca é nos termos acostumado a uma Justiça que, por muito menos do que a gravação explícita e o flagrante das malas de dinheiro apanhadas, ao que parece evidente, para o senador, encarcera e encarcerou pessoas durante meses a fio, ou até anos.   ***   Quem está certo, Marco Aurélio Mello ou juízes – e cada vez são mais deles – padrão Sérgio Moro, que revive a polícia dos anos 1950 e 60 com suas “prisões para averiguação”?   *** Aliás, também a polícia naqueles tempos teve sua “Força-Tarefa” , os popularíssimos “Homens de Ouro” , muitos dos quais se revelaram ladrões ou exterminadores. (...)" 
Mais FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO.

KARL MARX, QUEM DIRIA,
JÁ  PODE  VOLTAR


 .


Uma das colunas mais conhecidas da revista semanal The Economist, a Bagehot (que tem como responsável Adrian Wooldridge) publicou, na edição de 13 de maio, um artigo que seria impensável encontrar nas páginas de qualquer revista econômica de orientação igualmente liberal, na Espanha [ou no Brasil].   ***  Sob o título “O momento marxista” e o subtítulo “Os trabalhistas têm razão: Karl Marx tem muito a ensinar aos políticos de hoje”, Bagehot analisa o debate entre o dirigente do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, e seu ministro sombra da Economia e Fazenda, o John McDonnell, por um lado, e os dirigentes do Partido Conservador e os jornais conservadores Daily Telegraph e Daily Mail,por outro. Definir esse diálogo como debate é, sem dúvida, excessivamente generoso por parte da coluna Bagehot, pois a resposta dos jornais conservadores e dos dirigentes conservadores aos dirigentes trabalhistas é uma demonização tosca, grosseira e ignorante de Marx e do marxismo, confundindo marxismo com stalinismo, coisa que também acontece constantemente nos maiores meios de comunicação, em sua maioria de orientação conservadora ou neoliberal.

Mais VICENÇ NAVARRO, sociólogo e cientista político espanhol, AQUI.

 





Paulo  Nogueira

                     

                     (1956 – 2017)

                                                                  

Paulo

Resultado de imagem para Fotos de Paulo Nogueira, jornalistaPaulo Nogueira morreu na noite desta quinta-feira, 29  de junho, em São Paulo. Tinha 61 anos. Estava com câncer. Depois de uma batalha de dez meses, finalmente descansou.   ///  Paulo está vivo.   ///   Paulo está em seus filhos: meus sobrinhos Emir, Pedro, Camila e Fernando. Paulo está em minhas cunhadas Erika e Luísa.   /// Está nos seus irmãos Mari, Zé, Kika e eu. Nos seus sobrinhos e sobrinhas. Na minha tia Maria Ely. Nos amigos, como Sergio Berezovsky, Caco de Paula, Bia Parreiras e tantos outros que peço desculpas por não citar nesse momento.   ///   Está em mim e em você.   ///   Está em seu trabalho e em seu legado enorme e generoso.   ///   Ele fez de tudo no jornalismo. Foi repórter, editor, diretor de redação, superintendente. A maior parte da carreira na Editora Abril, outra parte na Editora Globo, os anos mais recentes neste DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO.   ///   Um dos maiores jornalistas do Brasil, passou pela Veja, foi editor da Veja São Paulo, reinventou a Exame.   ///   Deixou sua marca em cada uma delas. A vibração, a provocação, o apuro, a preocupação com a excelência. Inventou projetos, antecipava tendências.   ///   Nunca foi santo. Era duro. Era também de uma paciência infinita. Fez companheiros para a vida toda nas redações e revelou talentos. Fez inimigos, também, como todo grande homem.   ///   Ensinou, ensinou, ensinou.   ///   O DCM era seu projeto preferido. Ele mesmo falava do privilégio de poder exercer o ofício depois dos 50. Poderia ter tido uma aposentadoria tranquila, jogando tênis e pôquer às margens do Tâmisa.   ///   Preferiu combater o bom combate, com a mesma paixão de sempre. Em 2012, comemorávamos quando conseguíamos alcançar 20 mil leitores num dia. Hoje são 500 mil.   ///   O Paulo tinha uma visão e a perseguia com a mesma obstinação que tinha jogando futebol (um dia eu conto do gol mais bonito que ele fez. Um dia eu faço isso, quando não me doer tanto).   ///    A utopia do Brasil escandinavo foi a bússola do DCM. Continuará sendo.   ///   Uma vida intensa, um homem que fez tudo à sua maneira. Nasceu e morreu no mesmo quarto na casa dos nossos pais, no Jardim Previdência.   ///   Como ele queria.   ///   O Paulo vive. Obrigado, meu irmão.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

"O VALOR PROBATÓRIO
DA  DELAÇÃO"
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Leo Pinheiro(dir.),  o delator  sem  provas,
 em que se baseia Moro para condenar Lula
Do AMgóes >>> O título acima é do editorial do Estadão nesta quinta-feira(29). Terão os Mesquita mudado de opinião quanto à relevância dos delatores da ‘Lava Jato’, que alimentam  a obsessão do juiz Sergio Moro em condenar o ex-presidente Lula, mesmo sem uma mínima prova?
Com royalties para o golpista de plantão no Planalto,  terá o decadente jornalão paulistano chegado à honesta conclusão de que nada há de probatório na delação de Leo Pinheiro,  da OAS,  para incriminar Lula, além de odiosas ‘ilações’?
Claro que não!  O Estadão ‘flexibiliza’ porque seu golpista predileto, encastelado em Brasília,  está, digamos sem rodeios, com o c...na seringa diante da colossal e documentada  ‘entrega’ do dono da JBS, repleta de infindáveis desdobramentos que o afogam, sem chance de respirar,  no mar de lama da dilapidação do dinheiro público.
Diante disso, para salvar os ‘seus’, que detonaram Dilma no ‘impeachment’,  não há saída agora senão espinafrar o ideário(?) do juiz da ‘república de Curitiba’, baseado em condenações por deduragem, mesmo sem quaisquer provas, à base do ‘só pode ser’, ‘tenho convicção’ e outras sacanagens  ‘neojurídicas’ maquinadas pelo Dallagnol do MPF e seus ‘blue caps’.
Diz o Estadão: “Num momento em que pairam acaloradas discussões sobre o papel das delações no processo penal, é muito oportuna a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região afirmando que colaboração premiada, sem outras provas, não basta para condenar um réu. No caso, a 8.ª Turma, por maioria de votos, absolveu o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado pelo juiz Sergio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão – por considerar que não havia prova suficiente, existindo apenas delações premiadas."
E mais: “É muito pedagógico que um tribunal decida pela absolvição de um réu por falta de provas, mesmo havendo delações premiadas que o apontem como culpado. Na decisão de absolver não há uma afirmação definitiva de que o crime pelo qual ele foi acusado não foi cometido. Diz-se apenas que o Ministério Público (MP), mesmo tendo obtido várias delações premiadas, não produziu as provas necessárias."
Diante da decisão da 8ª Turma do TRF da 4ª Região, em Porto Alegre,  e face à situação indefensável de Temer, flagrado em tenebrosos acertos na madrugada do Jaburu com o dono da Friboi, que gravou o diálogo nos mínimos detalhes, de confirmada autenticidade pela própria Polícia Federal,  o Estadão cai em campo e escancara, indignado, que é isso mesmo,  delação sem prova não vale.
Para defender os ‘seus’, enrolados até o talo, face a  explícitas manchas de batom nas respectivas cuecas de peemedebistas, tucanos ‘et caterva’, o Estadão ironicamente vê-se na saia justa de desfraldar a bandeira da ‘anti-ilação’ que, ao pé da letra, desautoriza Moro na patética(e psicótica) decisão de condenar Lula, fazendo-o 'proprietário' de um tríplex na praia paulista do Guarujá, que jamais foi dele, tido como propina da empreiteira  do criminoso delator preferido do juiz da 'Lava Jato'.
Leia, na íntegra,  o editorial do Estadão AQUI.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

GREVE GERAL VIA  'ZAP', 'TWITTER'  E 'FACEBOOK'
 Resultado de imagem para Fotos sobre greves gerais históricas no mundo

Do AMgóes >> Tenho participado das  ações de resistência ao golpe urdido a partir de novembro/2014 contra a Democracia no país.

Ativista anterior às sombras de 1964, convivi com a sequência conjuntural que permeou nossos  variados  embates nesse último meio século, em permanente (re)construção de trincheiras para enfrentamento ao poderoso capital.

Concepções descoladas da cruenta luta de classes, face ao caráter conciliador que sobreveio a épicos(mas efêmeros e pontuais) avanços da classe trabalhadora, no começo da década anterior, desfizeram nascentes estruturas de bases sociais imprescindíveis à sustentação de um projeto de governo popular.

O vislumbrado acesso ao poder passou a se diluir ato contínuo à suicida premissa de que 'a Globo é nossa', bandeira surreal desfraldada pela enganosa percepção de estar 'tudo dominado'.

Concomitante aos  inclusivos avanços socioeconômicos, de salutar repercussão planetária, passou-se ao largo do subjacente desmonte iniciado com o 'mensalão', que desembocou na 'lava jato', consubstanciado na investida do 'udenofascismo' com apelo moralista, desde sempre urdido pela predatória Casa Grande em seu empedernido ranço de dominação.

Abandonadas à própria sorte as sementes do pós-vitória em 2002, a surreal 'teoria da conciliação' levou Lula a(recorrentes) 'exclusivas' na bancada do Jornal Nacional e Dilma a preparar omelete na cozinha 'global' de Ana Maria Braga, refazendo o ânimo dos derrotados nas urnas.

Sem anteparo social, o projeto petista, conquanto de consagrado sucesso, sucumbiu às próprias idiossincrasias. Permitiu-se ao recalcitrante inimigo consolidar seu esquema intolerante e retaliador à insólita chegada do andar de baixo às cercanias do ansiado 'paraíso'. 

O golpe parlamentar-judicial-midiático, no ano passado, foi a pá de cal à inépcia política dos segmentos à esquerda, dissociados da mobilização popular só recentemente retomada, quando já estávamos todos com água à altura do pescoço.

Nosso discurso, embolorado,nota-se agora,  esbarra em ouvidos moucos à nossa volta, por herméticos e à feição de  'burocratizados' umbigos. O espontaneísmo, dada a sofreguidão imposta pela realidade adversa em curso, leva-nos a acreditar que 'zaps', 'facebooks' e similares, apenas eles, embora relevantes nestes tempos de  voraz comunicação virtual, desfaçam a geleia geral do 'pão e circo' que há anos 'abalou bangu'.

Posso queimar a língua(e até torço por isso), mas a incipiente mobilização em torno de(banalizada) greve geral, a segunda em exíguo espaço de sessenta dias, não levará 'comuns mortais' a cruzar os braços nessa próxima sexta,30,  embora sobrem razões cruciais para fazê-lo.

JANOT ENTUBA  TEMER: NICOLAO DINO, PRIMEIRO DA LISTA PARA A PGR A PARTIR DE SETEMBRO

Procuradores escolhem quem peitou Gilmar no TSE...
Sem Título-7.jpg
Dino é um problema: MT vai peitar a classe toda dos procuradores?
Isso pode sair caro... (Crédito: Estadão)


PAULO HENRIQUE AMORIM, no CONVERSA AFIADA

 
Os procuradores federais escolheram Nicolao Dino como o primeiro da lista dos que podem substituir Janot em setembro.

Foi ele que, no julgamento escandaloso do TSE peitou a indicação do Ministro Admar Gonzaga, esse que é acusado(AQUI) de bater na mulher.
Lula e Dilma sempre escolheram o primeiro da lista.
Temer é capaz de roubar a lista!
Dino é irmão do excelente governador Flavio Dino do Maranhão (PCdoB).

“A CLASSE MÉDIA É FEITA DE IMBECIL PELA ELITE

Os extratos médios, diz o sociólogo JESSÉ SOUZA, defendem de forma acrítica os interesses dos donos do poder e perpetuam uma sociedade cruel forjada na escravidão...
 Impeachment

Em agosto, o sociólogo Jessé Souza lança novo livro, Elite do Atraso – da Escravidão à Lava Jato. De certa forma, a obra compõe uma trilogia, ao lado de A Tolice da Inteligência Brasileira, de 2015, e de A Ralé Brasileira, de 2009, um esforço de repensar a formação do País.                Neste novo estudo, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada aprofunda sua crítica à tese do patrimonialismo como origem de nossas mazelas e localiza na escravidão os genes de uma sociedade “sem culpa e remorso, que humilha e mata os pobres”. A mídia, a Justiça e a intelectualidade, de maneira quase unânime, afirma Souza na entrevista a seguir, estão a serviço dos donos do poder e se irmanam no objetivo de manter o povo em um estado permanente de letargia. A classe média, acrescenta, não percebe como é usada. “É feita de imbecil” pela elite.
A entrevista de JESSÉ SOUZA a SÉRGIO LÍRIO, na CARTA CAPITAL.

terça-feira, 27 de junho de 2017

JOGADA ESPERTA DOS IRMÃOS MARINHO CACIFA GLOBO PARA INFLUIR EM 2018

  
LUIS CARLOS AZENHA, no VIOMUNDO
A blogosfera se especializou em fazer pouco caso dos herdeiros de Roberto Marinho, mas pode tomar um troco monumental na temporada de 2018.   *** Os irmãos cacifaram Moro, a Força Tarefa da Lava Jato, o MPF, a PGR e a Polícia Federal em busca, talvez, de anistia para seus próprios crimes.   ***   O nome da neta favorita de Roberto Marinho, Paula, filha de João Roberto Marinho, figura em documentos apreendidos pela Lava Jato no escritório da Mossack & Fonseca no Conjunto Nacional, em São Paulo.   ***   A empresa panamenha foi descrita — ironicamente, aos olhos de hoje — pelo jornal O Globo como “a serviço de ditadores e delatores”. Também servia à família Marinho.          O nome de Paula aparece associado ao pagamento de taxas de manutenção anuais de três offshore — Vaincre LLC, a Plus Holdings e a Juste, respectivamente baseadas em Nevada(EUA), Panamá e nas ilhas Seychelles.   ***   Na verdade são empresas fantasmas destinadas a sonegar impostos, ocultar patrimônio e transferir valores fora do radar das autoridades do  fisco. ***   Os Marinho tentaram empurrar o negócio para o colo do ex-marido de Paula, Alexandre Chiappetta de Azevedo, mas o Viomundo testa uma hipótese: os negócios de Alexandre no Rio são suficientemente grandes para justificar três offshores com o nível de blindagem das acima citadas? [Além de esconder o dono, escondem o nome do administrador através de uma empresa laranja].   ***   Como diria nosso colega Amaury Ribeiro Jr., usando o jargão das contas-ônibus dos doleiros — contas destinadas a carregar grandes quantidades de dinheiro entre sua origem e os refúgios fiscais, ida-de-volta — será que não é ônibus demais para os poucos passageiros de Alexandre?   *** A quem verdadeiramente serve a frota?   ***   Aparentemente, os Marinho já conseguiram enterrar a pergunta, da mesma forma que escaparam até agora de punição criminal por comprovada sonegação de impostos — com furto do processo e tudo — e de todos os outros questionamentos relativos aos escândalos da CBF e da FIFA.   ***   Será possível a existência de um quid-pro-quo entre os irmãos Marinho e os meritocratas da Lava Jato e adjacências? Uma compra de silêncio nos moldes da máfia?   ***   Com a retaguarda devidamente protegida, os três irmãos e seus capatazes podem se dedicar ao que realmente interessa: reposicionar a Globo para 2018 e além.   ***   O essencial é manter, em relação aos governantes de todas as esferas, a capacidade de extrair favores: levar Lula à bancada do Jornal Nacional, Dilma a fazer omeletes na Ana Maria Braga e, num famoso episódio de bastidores, contar até mesmo com o “revolucionário” José Dirceu.   ***   Conta o senador Roberto Requião, nunca desmentido, que Dirceu desdenhou a TV pública do Paraná, que Requião, então governador do Estado, transformou numa trincheira da esquerda. Instado a repetir a experiência em âmbito nacional, Dirceu teria respondido: já temos a nossa TV, é a Globo.   ***   O Brasil vive, agora, uma conjuntura política extremamente fluida, especialmente pela capacidade de produzir denúncias do polo Globo e satélites.   ***   Foi coincidência: Moro condenou o ex-ministro Antonio Palocci — um homem-chave dos governos Lula e Dilma — a 12 anos de prisão, a PGR denunciou Michel Temer e Moro, nas próximas horas, condenará Lula a uma extensa pena apesar da precariedade das provas.   ***   É quando os Marinho crescem: na terra arrasada da antipolítica.   ***   Em todas as pesquisas disponíveis, os brancos e nulos derrotam Lula.   ***   É por isso que a Globo trabalha por uma candidatura “tecnocrática”, pós-povo, que paire sobre os partidos existentes. ***   Quanto mais fracos os partidos, mais forte a Globo. A própria sobrevivência do monopólio depende de um governo suficientemente débil para ‘acomodar’ os interesses dos Marinho.   ***   É a incerteza quanto ao futuro que deixa a esquerda tão fraturada: os petistas jogam todas as cartas em Lula porque sabem que a sobrevivência dele está intimamente ligada à do partido.   ***   Assim, o PT sai no lucro mesmo que perca a eleição de 2018 com uma votação significativa, garantindo bancadas na Câmara, no Senado e quem sabe um governador ou outro.   ***   Tarso Genro, Chico Alencar e Guilherme Boulos vislumbram o espaço para um novo partido de esquerda, o PT versão 2020, mais descolado da base industrial do ABC, que se desmilinguiu, e mais ligado nos movimentos sociais da terra, moradia e salários.   ***   Ciro Gomes tenta compor um frentão que vá do centro à esquerda, juntando no mesmo barco industriais frustrados com a degringolada do mercado interno e brizolistas.   ***   Nos movimentos sociais, o casamento das políticas identitárias, profundamente enraizadas na academia — onde fornecem feudos, empregos e prestígio — com as redes sociais promove a política do menu: você escolhe o ambientalismo da Marina, o discurso LGBT da Marta e as propostas trabalhistas do Paulo Paim — desde que não contestem o capitalismo ultraliberal, megaturbinado pelas finanças.   ***   É a única explicação, por exemplo, para o fato do financista George Soros apoiar a luta LGBT da filha de Raul Castro em Cuba.   ***   Esperneie à vontade dentro dos parâmetros do “possível”. Empreste seu corpo ao teatro da contestação. Brilhe no Instagram, cause no Facebook: a sua causa é nossa mercadoria. O parâmetro do aceitável é nosso, brinque livremente até as bordas mas, o trespassing será punido como o de mil black blocks. Não existem classes sociais, existem mercados consumidores de política insatisfeitos quanto ao menu. Conceda aqui, mexa na barra e na largura, desde que não se conteste o modelo.   ***   O Brasil é um país doente da importação de fórmulas prontas, à esquerda e à direita. Ao coxinha antenado em Miami corresponde o contestador de boutique, raso de História e informação, e pleno de performance despida de sentido. Uns, tanto quanto outros, digerindo o que lhes é servido a partir das metrópoles.   ***   Diante de tanta mediocridade, não é surpresa que a dos Marinho, turbinada por alguns bilhões de reais e a disciplina imposta pelo cardeal Ratzinger, ainda seja definidora.

TRF ABSOLVE VACCARI: DELAÇÃO
NÃO BASTA PARA PROVAR.
E COM LULA, MORO?
absolv  

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
O Tribunal Regional Federal absolveu o ex-tesoureiro do PT em uma ação em que ele havia sido condenado por Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses.   *** Dois dos três desembargadores – Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus – contra o voto do relator João Pedro Gebran Neto ( o amigo de Moro) consideraram que as provas do caso não eram suficientes e se baseavam apenas em delações premiadas.  ***  Se é assim que entendem,como fica o julgamento de Lula pelo caso do triplex onde há rigorosamente prova alguma, senão a declaração tardia do empreiteiro Léo Pinheiro de que o apartamento estaria “reservado” para Lula.   ***   Pinheiro, é notório, está negociando uma delação e, na absurda jurisprudência firmada ontem por Moro na sentença que condenou Antonio Palocci, na qual interesse em delação dá “desconto na pena”, contituindo-se, portanto, em um “pré-acordo” de delação ao qual o juiz se obriga.   ***   Portanto, neste critério, não valem como única fonte de prova. Vale lembrar que Pinheiro é corréu e, portanto, não pode ser conhecido no processo como testemunha, pois isso é vedado por decisão do STF.   ***   Como ninguém duvida que Moro não irá acatar o entendimento da corte que lhe é superior, é quase certo que condenará Lula, fazendo o máximo para não parecer calcado nas palavras de Léo Pinheiro.   ***   A única dúvida e em quê, então, se apoiará. Nas convicções, decerto.


COMO SERGIO MORO EMPAREDOU TEORI  ZAVASCKI E O STF PARA CONSOLIDAR SEU PODER
O 'justiceiro  federal ' do Paraná e o ministro Teori Zavascki, morto este ano em acidente(?) de avião
Em reportagem exclusiva para o DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO,   o repórter JOAQUIM DE CARVALHO destrincha a origem da Operação ‘Lava Jato’,   que remonta a 2006, ainda à época dos primeiros tempos do ‘Mensalão’.   ***   O juiz Sérgio Moro  já estava  lá,  depois de  arquivar,  por alegada  ‘falta    de provas’(malgrado  a profusão de ‘batom na cueca),    a investigação da  em  torno do escândalo do Banestado(Banco do Estado do Paraná’)  e  as  contas CC5, na lavagem  de centenas de milhões de reais oriundas da privataria  do governo FHC.   ***     Moro, à época, não utilizou sua esdrúxula   ‘teoria da convicção’  empregada   com inusitada voracidade   contra   o   PT e   o ex-presidente Lula.  ***     Na demanda    da PF sobre o 'Mensalão' , um figurão paranaense, poderoso homem de negócios de Londrina, o então deputado federal José Janene, do PP(morto em 2010),    ligado    ao    doleiro Alberto Youssef(velho 'refém' do juiz desde o 'caso Banestado'),   que   ele,    Moro, escondeu, atropelando a lei,     para evitar   a remessa  do processo ao STF, face ao   foro privilegiado   do   parlamentar.    Afinal, seu      projeto     de ‘justiceiro’(‘ma non tropo’)   estava em curso e   poderia ser   subitamente desmontado.  ***    Já na era ‘Lava Jato’,    o juiz federal de 1ª instância do Paraná,  sempre com   seu monitorado Youssef a tiracolo,      pressionou    o Supremo e,   em particular o ministro Teori Zavascki.     Saiba   como   Moro procedeu para se preservar na ribalta, com apoio da revista Veja e da  Rede Globo,     lendo o texto imperdível de Joaquim  de Carvalho, do DCM,  AQUI.

O QUARTO 'D' DE TEMER 

No TIJOLAÇO
Resumo sem retoques de Bernardo Mello Franco, na Folha de S. Paulo:
Delatado, desmentido, denunciado. Michel Temer levou 40 dias para completar a cadeia dos três 'D'. O ciclo se fechou nesta segunda com um fato histórico. Ele se tornou o primeiro presidente brasileiro a ser formalmente acusado de corrupção durante o exercício do cargo.
A delação de Joesley Batista veio à tona em 17 de maio. Além de acusar Temer de pedir propina, o empresário entregou uma fita em que os dois tratavam de assuntos espúrios no porão da residência oficial. Pouco depois da conversa, a polícia flagrou um assessor do presidente recebendo R$ 500 mil em espécie. Ele devolveu o dinheiro e foi preso.
Num país mais sério, o chefe do governo não teria se mantido mais um dia no cargo. Como estamos no Brasil, Temer bateu pé e já resistiu outros 39. Ele chamou o patrocinador que frequentava sua casa de “bandido notório”, desafiou o procurador-geral da República e disse ter sido vítima de uma “armação”.
Ao se agarrar à cadeira, o presidente passou ao segundo D. Passou a sofrer desmentidos em série, a cada nota oficial atropelada pelos fatos. Num dos episódios, Temer negou ter viajado com a família no jatinho de Joesley. A Aeronáutica se recusou a endossar a falsa versão, e ele foi forçado a admitir a carona.
Na sexta, foi a Polícia Federal quem desmontou o discurso do presidente. Ele repetia que a gravação da JBS era “fraudulenta”, e a perícia atestou que o áudio não foi editado.
Com a denúncia da Procuradoria, Temer avança outra casa e passa à fase da guerra total pelo mandato. Agora ele fará de tudo para tentar escapar do quarto 'D', de derrubado.