quarta-feira, 1 de setembro de 2021

 Bolsonaro e a iminência de seu (antecipado) fim


Estertores levam a destemperos e ameaça de implosão orgânica, na iminência do colapso sem volta.  Jair Bolsonaro, pelo que se depreende, afunda a cada movimento na areia movediça da própria mediocridade, a revolver as entranhas do Estado brasileiro.    ///   Tigre de papel, ele se esfarela no calor das lavas sísmicas incineradoras de seu (des)governo, que não subsiste à falência produzida pela inépcia gerencial, em meio a lancinantes gemidos e ranger de dentes.   ///   O autoproclamado 'mito' 'antissistema', gestado  nas trompas de falópio do golpismo militarista e cevado com doses cavalares de 'fake news',  vê esfarinharem-se seus pés de barro,  às vésperas de  se tornarem pó.   ///   O cotidiano, no 'cercadinho'' do Alvorada ou em verde-amareladas 'motociatas', de apoplética subversão da lei e da ordem, a reverberação do desmonte do setor produtivo,  plantado sob Temer a partir de 2016, a perda de nossa credibilidade externa dos marcos Lula-Dilma, a proeminência miliciana consorciada ao narcotráfico em áreas periféricas das megalópoles e médias cidades,  a devastação ambiental, o galopante desemprego, a re-inserção de milhões na miséria absoluta, a incitamento à insurreição dos órgãos estaduais de Segurança, em detrimento de nossas garantias coletivas e individuais, a degradação da Saúde e da Educação públicas, entre outros acintes à cidadania, bem assim as atrocidades negacionistas  quanto aos efeitos macabros da pandemia do novo Coronavírus e, por fim,  o dantesco esquema de negociata de bilhões de reais, urdido por generais, coronéis e empresários pilantras, na postergada compra de vacinas, tudo isso conduz Bolsonaro a um antecipado fim de linha, abraçado a oportunistas escudeiros, militares e civis do 'Centrão'.   |||   O Sete de Setembro que se avizinha terá a quebra de nossos combalidos princípios constitucionais, com a inserção de um cenário anômico à mercê de aloprados   'bolsominions', paisanos e fardados, ou suscitará a instauração de um processo cirúrgico e profilático, liderado pelo Poder Judiciário e seu receituário legal, preservativo da Democracia, ainda que o Parlamento se porte com a tibieza habitual.   |||    Na expectativa do estouro de sua 'boiada', para deflagrar o caos no país, Bolsonaro poderá sucumbir sob o peso massacrante da crise sanitária, política e energética em curso, de imprevisíveis consequências, que acabará por defenestrá-lo antecipadamente do Poder Executivo que desde a posse tanto avacalhou. 

(AMgóes)


2 comentários:

  1. O fim do JMB no poder cada dia mais próximo. Mas ele vai tentar todas as formas para se manter, jus sperniadis. Até o final do mandato sua força política estará fraca.

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