domingo, 2 de novembro de 2025

Vale-tudo  contra  Lula: jornalões já embarcaram na tropa da chacina do  RJ

Moisés Mendes, no 'Diário do Centro do Mundo'


Globo, Folha e Estadão concluíram que apoiar a chacina do Rio de Janeiro é um bom negócio por motivos vários. Esses são os principais:  

1. Sob o ponto de vista do negócio e do ganho imediato, o apoio à matança fideliza a audiência ultraconservadora que sustenta as mídias das organizações desde o golpe contra Dilma. Todas as pesquisas respaldam esse apoio. O povo quer mais matança. As pautas dos três jornais foram unificadas em defesa da chacina como tática inevitável da ‘guerra’ ao tráfico. 

2. Sob o ponto de vista da política, a chacina é a chance de retomada do controle da situação, depois da surra que a direita levou esse ano, para que a aposta num nome antiLula seja ressuscitada. Os jornalões estão dedicados agora a esse projeto. Quem será esse nome que surgirá sobre os cadáveres? Não interessa. Importa apenas que enfrente Lula. 

A criatura pode ser pior do que Bolsonaro? Por mais absurdo que pareça, pode. Porque Bolsonaro não tinha o apoio das corporações de mídia. E a nova invenção da velha direita e do fascismo deverá ter.

O nome preferencial é, claro, Tarcísio de FreitasMas pode surgir uma surpresa. Com a chacina, nada mais é impossível. 

Um exemplo de hoje da naturalização do assassinato como tática de segurança está na capa do Globo, sobre uma pesquisa Quaest: “Atirar ou tentar prender? A população se divide sobre ação da polícia ao encontrar alguém com fuzil, aponta pesquisa”. (50% defendem a abordagem e 45% que a polícia chegue atirando.) 

A próxima pesquisa pode ser mais detalhada e sugerir até que partes do corpo seriam os melhores alvos para a polícia. Os jornalões publicam editoriais fofos, com volteios que sugerem bons modos, mas na essência defendem os métodos e a turma da matança. 

Os jornalões embarcaram nas tropas de Claudio Castro e do fascismo. A grande imprensa já é parte da chacina 


Um comentário:

  1. Velha mídia que só defende os ricos, iludindo o povo. Nilson de Alagoas.

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