'Virose' brasileira a contaminar o vocabulário dos 'miudos' em Portugal
A desconcertante evolução tecnológica da Comunicação gerou uma investida 'neovernacular' do Brasil em Portugal, entre infantes e adolescentes, a suscitar implícito desconforto que mobiliza incondicionais defensores da idiomática ortodoxia lusitana. Trata-se, porém, de inexorável derivativo dialético da interação social, no compartilhamento de informações.
Os povos desta nossa margem do Atlântico foram sufocados, em seus falares originais de nativo tropicalismo tupiniquim-tapuia, pela ibérica latinidade portucalense, aqui chegada na sequência dos remotos 1500, 'catequizados' por jesuíticas missões.
Essa interferência europeia (pretensamente)civilizatória deu à luz o 'português-brasileiro", hoje aqui falado por duzentos e vinte milhões, em dimensão continental, reverberado mundo afora, particularmente nos costados lusitanos do Velho Mundo.
Abrasileirado, o vetusto idioma de Camões, Frei Luís e Souza, Camilo Castelo Branco, Almeida Garret, Fernando Pessoa, José Saramago e tantos outros luminares 'd'antanho'/contemporâneos foi repaginado em plagas brasílicas, com tempero multicultural aborígene, africano e asiático.
Embora hoje premido pela diminuta presença, de 5%, em nosso contingente lusófono, Portugal detém, por direito inalienável, o foro embrionário do quinto idioma mais falado na escala planetária, enriquecido com a diversidade cultural onde por séculos aportou, através de mares nunca dantes navegados.
Sobre o tema, sugiro-lhe acessar, por oportuno, os 'links' abaixo...
(amgóes)
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