sábado, 20 de novembro de 2021

 Dependência visceral do 'deus mercado'

A lógica do 'deus mercado' é diametralmente oposta às premissas da inclusão social com oportunidade para todos. Trata-se do mundo para os poucos que se fartam com 90% das riquezas do planeta. Contra essa segregação, eleição só não resolve. Tem que ser à base do 'olho por olho'.

Milênios afora, jamais houve sentimento solidário nos marcos do andar de cima. Os tais 'direitos privados', da forma como historicamente sempre existiram, de caráter seletivo e excludente, têm que ser cirurgicamente repensados. Ou então combinemos que tudo fica como está.

À falta de tributação das fortunas protegidas por mecanismos de Estado, instituídos pelo corporativismo de legislações burguesas, como ocorre no Brasil, só resta a ruptura institucional. Daí a instauração de nova ordem sociopolítica e econômica, de cujo arcabouço advirá prioritária e proporcional cobrança de impostos sobre o patrimônio dos ricos.

O ordenamento multissecular, de falaciosa 'conciliação de classes', aprofundou o fosso das desigualdades no planeta. Aqui entram Marx e Engels, com a mais-valia' a sedimentar equitativa distribuição das riquezas, com garantia de vida decente para todos.

Um mundo livre de minoritários e seletivos privilégios, gerados pela 'racionalidade' capitalista, tornará perene uma salutar coexistência humana, de variadas origens socioculturais. Imprescindível, todavia, acurado nível de cumplicidade na promoção de revolucionária 'virada de mesa' para eliminar, desde suas raízes, o Estado construído na exclusão de expressivos contingentes populacionais. Simples assim.

Mas a leniência segregacionista da classe média tem obstado esse avanço libertário rumo à paz geral, ainda que tardia...
(amgóes)

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