domingo, 8 de janeiro de 2023

SEM ANISTIA para genocidas, golpistas e nazifascistas que destruiram o país

O regime autoritário instaurado em 1964 já estava podre e nauseabundo 20 anos depois, quando emergiu das cinzas o grito de amplos segmentos sociais por 'diretas já', até mesmo os originariamente beneficiários do golpe militar.  Frustramo-nos, porque  a emenda das 'diretas' não vingou no Congresso com maioria ainda acumpliciada aos generais.   ///   A ruptura do Estado de Direito, sob incondicional apoio de nossa embolorada classe dominante,  fora consumada sob a falaciosa justificativa de nos 'salvar'  da implantação de uma 'república comuno-sindicalista', na realidade (traumática) interrupção de incipiente projeto pró-inserção do  Brasil no rol do mundo desenvolvido, através das 'Reformas de Base'  preconizadas pelo governo nacionalista de João  Goulart.   ///   A quadra planetária bipolar da segunda metade do século passado,  conhecida por 'guerra fria' entre Estados Unidos e União Soviética,  deflagrou uma disputa entre visões globais diametralmente opostas, de fluidos maniqueistas determinantes dos 'bons'(por óbvio, o poder transnacional  liderado pelos norte-americanos, com seu 'puxadinho' europeu, a OTAN) e os 'maus', identificados nos processos revolucionários, disseminados no leste europeu, Ásia e (extremo acinte, imagine!) a então recente insurreição cubana, para socializar as economias nacionais.  ///  O golpe brasileiro de 1964, subsidiado por Washington, abortou nossa utópica expectativa de superação das crônicas desigualdades, aqui instauradas nos marcos remotos das capitanias hereditárias, de viés predatório e excludente em relação ao  seviciado andar de baixo,  nas relações de produção capitalista.  ///   O hiato experimental de 13 anos, nos governos de Lula e Dilma, conquanto tenha suscitado inédito crescimento de nosso mercado interno, com elevada ressonância no exterior, além de agregar  expressiva massa de excluídos ao bolo da riqueza nacional, fez disparar a facciosa reação dos endinheirados, figadais inimigos do equânime acesso de toda a população a uma decente qualidade de vida, daí a iniquidade do 'impeachment' da presidenta Dilma Rousseff, dissociado de base constitucional, e da condenação e prisão de Lula por demandas judiciais fundadas no criminoso objetivo de afastar da cena política o consagrado líder popular e  mundialmente reverenciado estadista brasileiro, construído nos embates sindicais do chão da fábrica.  ///  Eleito Bolsonaro presidente em 2018, um ex-milico fascistoide e sociopata, através de colossal estrutura de escabrosas mentiras nas redes sociais, nossas elites, contumazes manipuladoras de visceral ortodoxia segregacionista,  assistiram à diluição das potencialidades brasileiras, motivo de nosso rebaixamento à vergonhosa condição de párias internacionais.  ///   Mesmo a par da tragédia pandêmica, consequência dos desatinos de uma organização genocida  no Executivo federal, bem assim de nosso esfacelamento econômico, com leniência das Forças Armadas, os ricos brasileiros ainda se dividiram na opção eleitoral de 2022 e parte deles, sem a reeleição de seu famigerado presidente, ainda insiste em financiar  inocentes inúteis envolvidos com patéticos arreganhos por 'intervenção militar'.   ///   Empossado Lula-3, com a insólita tarefa de complicada reconstrução nacional,  compete-nos, aqui da base, vigorosa resistência ao deletério 'jeitinho brasileiro', que livrou a cara dos facínoras do último e longevo período ditatorial: SEM ANISTIA para Bolsonaro e sequazes,  paisanos e fardados!   ///   À memória dos 700 mil abatidos pela Covid19,  se constasse de nossas regras penais, seria justo que fossem  levados ao 'paredón', com o valor dos projéteis do justiçamento a débito das respectivas parentelas (aliás, meu voto seria pelo 'garrote vil', à moda do espanhol Francisco Franco, um dos 'gurus' de todos eles).   ///   E não me venham com brasílicos purismos porque já deletei qualquer resquício de beatitude e temperança. Afinal, cadeia será um prêmio de loteria para esses bandidos lesa-pátria...

(AMgóes)

 

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