FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Jair Bolsonaro deu uma “pernada” em Sérgio Moro. Ou não. Nessa
última sexta(31/5), numa igreja Assembleia de Deus, em Goiânia, disse que o
Brasil precisa ter um evangélico como ministro do Supremo Tribunal. |||
Sai a hermenêutica jurídica e entra a hermenêutica bíblica, quem sabe
interpretando a Constituição à luz do sensus plenior, aquilo
que é “a vontade de Deus, ainda que não esteja nas Escrituras”. |||
Bem, neste caso a coisa não fica “ruim” para Moro, que pode ir ao
templo da esquina ou arrumar, como Jair, um batismo no Rio Jordão. É que ele está acostumado a ser intérprete
da vontade divina, ainda que não esteja nos autos. Ele professa o que diz Romanos 5,
20: ‘pela obediência de um só todos se tornarão justos.’ |||
Só não pode passar para o versículo seguinte: ‘A Lei foi introduzida
para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado
transbordou a graça’. ||| Que ‘graça’, mané?. Não vem com este papo
de indulto aí, não, porque isso é ‘dar moleza a vagabundo’(do AMgóes: segundo o versículo
‘miliciânico’ vigente).
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