quinta-feira, 27 de junho de 2019


Reação de Bolsonaro a Merkel  mostra presidente (ainda mais) desequilibrado
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
No final do 'post', os dois vídeos, para que você mesmo julgue o que digo.   O Jair Bolsonaro irritado e grosseiro que falou à imprensa ao desembarcar no Japão para a reunião do G-20 tem um tom ainda mais estranho do que aquele que o atual presidente costuma ostentar.   ➤  Não é possível ele imaginar que não haverá cobranças duras no exterior sobre a questão ambiental no Brasil, depois de ter produzido 'N + 1' motivos para isso: dizer que vai acabar com a fiscalização, privatizar áreas de proteção ambiental, apoiar o projeto do próprio filho para extinguir as reservas legais, liberar agrotóxicos a rodo e anunciar que não demarca mais nem um palmo de terra indígena.   ➤   Na Europa, não importa o quanto já se tenha devastado lá no passado, políticos – mesmo de direita, como Ângela Merkel, não só têm preocupação  com isso como se verão numa posição difícil se não manifestarem essa preocupação.   ➤   Mas Bolsonaro e sua equipe não conseguiram perceber que, na mesma entrevista, Merkel havia negado que, em razão disso, fosse se opor ou  retardar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, no qual está(ou deveria estar) centrado o foco dos interesses brasileiros na reunião dos países mais desenvolvidos.  ➤   As falas e os gestos abruptos de Bolsonaro, porém, denotam mais que isso ou o cansaço da longa viagem. Mostram um Bolsonaro ainda mais agressivo e impaciente e esta é a feição que exibirá à imprensa mundial, agravando a percepção de que há um semiditador instalado na Presidência brasileira.   ➤  O isolamento externo e interno de Bolsonaro parece estar produzindo efeitos psicológicos que deram fim à época dos risinhos e gracinhas primárias que distribuía.



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