Autor da Lei
da Ficha Limpa, Flávio Dino diz que lei
pode ajudar Lula
No portal VERMELHO
Um dos autores da Lei da Ficha Limpa
e ex-juiz federal, Flávio Dino, governador do Maranhão pelo PCdoB, avisou que a
lei pode ajudar o ex-presidente Lula, que depois de ter sido condenado pelo
TRF4, na última quarta-feira (24), pode ser considerado inelegível. Segundo Flávio
Dino, há uma "brecha" na Lei que pode ajudar o ex-presidente, disse
Flávio, em entrevista do jornal O Globo nesta sexta-feira (26). ||| Segundo Flávio, que foi autor da Lei quando era
deputado federal, em 2010, ele e o então deputado José Eduardo Cardozo, relator
da proposta, incluíram um trecho que funciona como uma brecha e agora poderá
ser usado por Lula. A lei prevê que o condenado possa apresentar recurso junto
ao STF ou STJ, pedindo a suspensão da inelegibilidade “sempre que existir
plausibilidade da pretensão recursal”. ||| “Não tem contradição. Acho que a Lei da Ficha Lima protege o presidente Lula.
Colocamos uma cláusula de escape em caso de perseguição. Não há um paradoxo,
porque a lei bem aplicada garante o direito do presidente Lula, o direito de
concorrer”, destacou Flávio Dino. ||| Para o governador, o TRF4 condenou Lula em um “julgamento claramente
politizado”. "As penas aplicadas foram casuísticas, apenas para evitar a prescrição.
Foi uma aberração como se deu a fixação da pena. Foi um julgamento extremamente,
claramente politizado, no pior sentido da palavra, de que não ocorreu com o
melhor da técnica jurídica", afirmou o governador, que tem formação em
Direito. "Qualquer especialista sabe que tem um sem-número de
impropriedades." ||| O governador do Maranhão criticou a chamada "dosimetria da pena",
afirmando que sem o aumento haveria a prescrição dos crimes imputados a Lula,
devido à idade. O governador acredita que o recurso é plausível por haver
"aberrações" na decisão. "As penas aplicadas foram casuísticas, apenas para evitar a prescrição.
Foi uma aberração como se deu a fixação da pena", afirmou. ||| O governador comunista disse ainda
que o julgamento foi uma forma de corroborar as decisões do juiz Sergio Moro,
que condenou Lula em primeira instância. "O propósito do TRF foi de apoiar
o Moro, foi muito mais um julgamento do Moro, para dizer que a Justiça Federal
é isenta", ressaltou Dino.
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