Chance de julgamento definir futuro
de Lula é ‘zero’, diz diretor de
consultoria nos EUA
Há uma ansiedade “simplista, equivocada e binária” em torno do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Porto Alegre. Erram os que acreditam que uma decisão definitiva sobre um futuro na prisão, como 'ficha-suja' ou à frente do Palácio do Planalto, acontece nesta quarta-feira. ||| A avaliação é do cientista político Christopher Garman, diretor para América Latina da consultoria Eurasia Group, em Washington. ||| Em relatório enviado a investidores internacionais, a equipe chefiada por Garman prevê que Lula tenha entre 30% e 40% de chances de concorrer à Presidência da República, independentemente do resultado do julgamento, que é conduzido por três desembargadores do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), desde 8h30 desta quarta-feira(24). ||| “Se a decisão dos juízes for unânime contra o presidente, (a chance de concorrer) está mais para 30%. Se houver discordância e ficar em 2 a 1, talvez mais para 40%”, explicou o diretor, que não vê a possibilidade neste momento de uma votação favorável a Lula. ||| As chances de Lula, mesmo em caso de derrota, seriam fruto de uma série de possíveis recursos a que seus advogados têm direito, segundo a lei brasileira (veja mais abaixo). ||| Já a probabilidade de o ex-presidente vencer a disputa eleitoral após o julgamento, ainda que seja condenado, estaria em 30%, segundo a Eurasia Group. ||| “Mesmo que Lula possa concorrer à Presidência, sua base fiel de eleitores provavelmente será insuficiente em um possível segundo turno, dada sua alta taxa de rejeição”, aponta o relatório. ||| A última pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro, aponta que a rejeição de Lula chega a 39%, a maior entre todos os candidatos mais bem colocados.
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