quarta-feira, 19 de abril de 2017

Odebrecht é outro nome do 'Estado mínimo'  

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Marcelo Odebrecht é um capitalista para ninguém botar defeito.  Herdeiro da empresa fundada pelo avô e expandida pelo pai, uma das maiores construtoras do país e do mundo, logo entendeu que era inexorável servir à lógica da acumulação intrínseca ao sistema do qual é senhor, ‘mas também escravo’, como já disse um alemão especializado no assunto no século XIX. >> O roteiro dessa dinâmica persegue objetivos sabidos. Otimizar os fatores pela ampliação da escala. Explorar oportunidades convergentes.  Devorar o concorrente para não ser devorado por ele –canibalismo hoje expandido à escala global.  >>  Elevar as taxas de retorno ao paradigma rentista que se libertou da etapa produtiva da acumulação.  E, claro, exercer a ganância na exploração da fonte fundamental da riqueza. Aquela para a qual o capitalismo nunca cessa de aperfeiçoar as formas de extrair o suor e aquilo que o acompanha: o lastro real de valor das coisas.  >>  O impulso inexorável à expansão conduziu e foi conduzido pelo herdeiro da Odebrecht num período favorável de alta do ciclo econômico no Brasil, com gigantesca carteira de obras públicas.  >>  A holding Odebrecht, sob sua batuta desde 2006 e, oficialmente, a partir de 2009, estendeu o alcance do núcleo original da engenharia de construção para 15 eixos de negócios, com ramificações nos EUA, Europa, Oriente, América Latina e África.  >>  Não é uma singularidade pantagruélica dos ‘odebrechts’. Ou uma artimanha urdida nos bastidores do ‘lulopetismo’, como gostaria a frivolidade pedestre das mirians leitões.  É a lógica compulsiva do processo  sistêmico de acumulação capitalista.
Leia mais SAUL LEBLON, na CARTA MAIOR, AQUI


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