sexta-feira, 24 de julho de 2015


Pizzolato obtém outra

importante vitória na 

Itália
                                      (Miguel do Rosário)
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Correção: Recebo informações da Itália dando conta de que a notícia que se espalhou no Brasil, via ANSA (e depois via Agência Brasil e agências privadas), não é correta.
Na verdade, a audiência sobre a extradição de Pizzolato continua marcada para o dia 22 de setembro, no Conselho de Estado da Itália.
O que foi marcado para 14 de dezembro é referente a um outro processo, sobre a questão do passaporte falso.
O dia 22 de setembro permanece decisivo.
A extradição de Henrique Pizzolato está cada vez mais distante.
O movimento político italiano em defesa de Henrique Pizzolato, liderado pelos senadores Maria Cecilia Guerra e Luigi Manconi(foto), que luta para que ele não seja extraditado ao Brasil, acaba de obter uma importante vitória junto à Justiça daquele país.
Manconi (foto) é senador da ala à esquerda do Partido Democrático, o partido no governo, e um respeitado defensor dos direitos humanos na Itália. Nos últimos meses, Manconi tem conversado com a esposa de Pizzolato, Andrea Haas, que o convenceu de que o processo que condenou seu marido no Brasil não foi justo. Segundo Haas, foi um julgamento político, feito sob pressão espúria da mídia, que fez de tudo para criar um clima de linchamento, e pressionou pesadamente, às vezes mesmo chantageando, ministros do STF, para que votassem em favor da condenação.
O processo de extradição de Pizzolato para o Brasil, que já estava suspenso até pelo menos 22 de setembro, data marcada pelo tribunal para julgar um último recurso do ítalo-brasileiro, foi adiado para meados de dezembro.
Segundo os líderes do movimento, Pizzolato não mais será extraditado tão cedo, porque agora terá tempo, e acesso a todos os recursos, para responder à justiça italiana a um outro processo, o de falsidade ideológica por ter entrado no país com passaporte falso.
É uma vitória política que se translada para dentro do Brasil, porque aqui também há um movimento, embora sem nenhum senador envolvido, que denuncia a condenação de Pizzolato como uma grande farsa judicial.
A condenação de Pizzolato aqui no Brasil usou os mesmos métodos que hoje são usados para ameaçar o mandato da presidenta Dilma e tentar assassinar politicamente o ex-presidente Lula: manipulação de provas, mentiras da mídia, pressão sobre juízes.
O movimento italiano em prol de Pizzolato criou(AQUI) um blog e um abaixo assinado que já conta com 2.300 apoiadores, incluindo nomes importantes da cultura e da política italiana.
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Extradição de Henrique Pizzolato
é adiada para dezembro
23/07/2015  - Da Agência Brasil*
A Justiça italiana adiou, mais uma vez, a extradição para o Brasil do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Agora ela deverá ocorrer em dezembro, informaram os senadores Maria Cecilia Guerra e Luigi Manconi nesta quinta-feira (23). O novo adiamento ocorre porque Pizzolato terá que comparecer a um tribunal italiano no dia 14 de dezembro para responder a um processo de falsidade ideológica. Ao fugir do Brasil, ele usou um passaporte falso, com a identidade do irmão, para ingressar e viver na Itália.
“Agora, Pizzolato está imputado de responder a um processo em um tribunal italiano, o que terá como consequência a suspensão do processo de extradição para que ele tenha o exercício pleno do direito de defesa”, disseram os líderes do movimento político que tenta manter Pizzolato em território italiano.
O processo de extradição já estava suspenso até o dia 22 de setembro, após o Conselho de Estado, última instância da Justiça administrativa da Itália, ter solicitado ao Ministério da Justiça italiano mais informações para analisar o pedido de defesa do brasileiro para que ele cumpra a pena no país europeu.
Segundo os dois senadores, depois dessa suspensão, o ministério solicitou às autoridades brasileiras a lista com as garantias suplementares requeridas pelo conselho. “As autoridades brasileiras deverão fornecer todos os detalhes sobre a penitenciária para a qual ele será transferido, e outros locais que possam recebê-lo precisarão autorizar uma visita diplomática preventiva a essas instituições e deverão mostrar empenho para não transferir Pizzolato para outras estruturas, a não ser por motivos de força maior”, explicaram os políticos.
Segundo os senadores, o governo brasileiro terá também obrigação de fornecer qualquer atualização sobre problemas que surjam durante a detenção no Brasil.
Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele foi sentenciado a 12 anos e sete meses de prisão. Antes de ser condenado, Pizzolato, que tem cidadania italiana, fugiu para a Itália com identidade falsa, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2014, em Maranello.
Em outubro do ano passado, o Tribunal de Bolonha negou a extradição e o colocou em liberdade. Em fevereiro, porém, a Corte de Cassação acolheu o pedido do Brasil e autorizou a extradição. A decisão foi ratificada pelo Ministério da Justiça e pelo Tribunal Administrativo Regional do Lazio, primeira instância da Justiça Administrativa.
O Ministério da Justiça do Brasil e a Procuradoria-Geral da República informaram que não receberam a notificação da Justiça italiana.
*Com informações da Ansa

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