segunda-feira, 27 de julho de 2015


Procuradores transformam gravuras

(de  algumas  centenas  de reais) em

'obras   de   arte   de   grande  valor'

                Luis Nassif Onlineimagem de Fulano


            

                                           ('obras de arte'  à venda no 'Mercado Livre')
Procuradores da Lava Jato passaram a alimentar a imprensa com dados colhidos nos 4 terabytes recolhidos nos computadores da Odebrecht. Há suspeitas de que estejam manipulando dados para influenciar a opinião pública.
Segundo relato do Estadão:
Pelas anotações, pode-se concluir que os ‘brindes’ são, de fato, pinturas de diversos artistas renomados, como Alfredo Volpi, Gildo Meirelles, Romanelli e, até mesmo, Oscar Niemeyer”, destacam os procuradores.
A listagem é formada tão somente por funcionários do alto escalão da Petrobrás. como seu presidente à época, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, os diretores Maria das Graças Foster (na época diretora de Óleo e Gás), Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços), Jorge Luiz Zelada (Internacional) e Nestor Cerveró (Internacional), além do então gerente executivo de Engenharia Pedro Barusco”, assinala a Procuradoria da República.
A força-tarefa da Lava Jato destaca que anotações manuais, também apreendidas, “trazem o alto valor dos quadros encomendados, demonstrando que não se tratavam de meros ’brindes’”.
A reportagem não diz qual o "alto valor" registrado. Segundo a Odebrecht, as tais obras de arte de alto valor são gravuras dos autores citados.
Há uma diferença essencial entre o quadro e as gravuras. Gravuras são imagens reproduzidas a partir de uma matriz.  Seu valor depende da importância da gravura em si e do número de reproduções.
No site Mercado Livre há várias gravuras de Volpi à venda, com preços que variam de R$ 480,,00 a R$ 2 mil. Apenas aquelas com dedicatória tem preço elevado. Mas como Volpi morreu há anos, é improvável que tenha assinado as gravuras post mortem.

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