sexta-feira, 24 de julho de 2015


Luis Nassif Online

Sobre as viagens de Lula e os   relatórios  americanos  

                                                                                                    (Por Junior50)

                                                            
Transcrições "cruas" da NSA, ou de qualquer orgão de segurança americano, tipo CIA, NRA, DHS, DEA, pouco importam - são dados - o cerne para a compreensão destas escutas se concentra na análise delas, sempre correlacionadas com outros eventos, com as quais escutas e interpretações possuam um "índice de relevância operaciona " em uma macro análise de situação política/econômica - Snowden, um funcionário terceirizado, somente deu os dados crus para a mídia - na área de inteligência: apenas definiu a amplitude de captura de dados, nada além disto, o importante é o que foi feito com estes dados. Aprendam a ler relatórios de inteligência, pois:
A relação Lula x Chávez, neste informe cru, é interpretada como um "bom negócio" , é superior, aliás considerada politicamente irrelevante, colocando a nivel de suposição, uma atitude de Estado - diplomática, relega o apoio "de boca e discurso", a uma negociação comercial simples, nada além disto. Já na "visita produtiva de Lula" em relação ao Clã Santos (Angola), até mesmo a NSA reporta o auxílio de Lula a este negócio, sem juízo de valor, o que dependeria de análises geopolíticas superiores a quem fez o "informe" - e volto a escrever: Para a NSA, CIA, Depto Estado, a inserção brasileira na África, além de interessante para nós, também é para eles. O Brasil, para os Estados Unidos, significa "hemisfério ocidental", uma conotação diplomática e geopolítica, determinada a contrapor-se ao protagonismo chinês na região, associados aos europeus (pode até parecer para os ideologizados, anos 60/70, múmias que, em outros países, atuem em áreas de seus interesses, através de outros, mas bloquear seu "inimigo", utilizando-se outro país como "frente", é usual desde o ano I a.C.).
Lula, by Gary (In ): Está dificil, aliás impossível - tipo jabuticaba -, tentar explicar para americanos e europeus esta ofensiva judicial sobre o ex-presidente Lula. Para eles, fora de parâmetros compreensíveis, pois é comum, além de usual e obrigatório, que ex-Chefes de Estado, promovam no exterior as empresas dos respectivos, alavancando negócios com sua presença. Exemplo: no Irã, país com o qual tive contato comercial, uma missão de negócios empresariais, em presença de Lula(e com Celso Amorim) seria recebida pelo Conselho do Majlis(sem 'arranjos' de CORRUPÇÃO, que é respeito pela História de lá). Lula é respeitado e tem uma influência altamente relevante - não por falar linguas (*), mas por ser quem ele é. No "mercado", Lula é "precificado"(hoje em baixa, graças aos nossos idiotas concursados em procuradores (advogadinhos), tipo assim, na realidade: Netaniahu e seu gabinete, nos recebem em  Israel se Lula estiver junto(abre a porta, o acesso). Já agora, com estas investigações, isto pode não acontecer. E perdemos dinheiro.
By Gary: Caso Lula fosse nascido nos Estados Unidos, nos Arkansas da vida, tivesse mudado por necessidade de família (sem Pai, só mãe, vários irmãos - uma infância e adolescência difícil, depois esposa falecida - "the scum" ), se estabelece-se em Gary (cidade dormitório horrivel - projeto tipo Cidade Tiradentes/São Paulo), e fosse trabalhar em Dearborn/Detroit, e depois de mais de 20 anos se tornasse um líder, e na condição original de "blue collar", chegasse à Presidência de seu País, ele confirmaria o "american dream", tornando-se um ícone da progressão social, que é possivel em uma democracia. Hollywood faria filme, séries da vida do operário que se tornara Presidente encheriam as TVs a cabo de todo o Mundo: um obscuro operário (blue collar) que chegou à Presidência de um dos maiores países do Mundo, e ainda continuou atuando em benefício desse país como 'ex' - uma excepcional história de sonho americano, que o idolatraria - em filme, blockbuster etc. Uma produção com vaga na lista de premiados do 'Oscar'.
(*) Aos "poliglotas": Por mais que vocês tenham os Toefl, Cambridge, Oxford, conseguem acompanhar as peças na Brodway, fazer compras em Miami, até escrever e defender teses em universidades americanas/inglesas, em negociações internacionais importantes, o intérprete (não o do fone) presente, cochichando em sua orelha, é fundamental ( e contratado por que conhece o ramo ), pois vocês entenderiam o que foi falado na simultânea, mas o "tempo" da tradução de seu intérprete lhes daria mais espaços para raciocinar sobre o que foi dito pela outra parte. Afinal, negociações não são para vocês se acharem poliglotas ou virtuoses em Shakespeare. O intérprete, se for bom e do ramo, também analisará as frases. É indispensável(lembrem-se sempre) a transcrição da conferência, processada pelo "cara" do fone, o 'TS'. Assim, nunca assinem qualquer papel antes de verificarem o teor da tradução para,  através do "diplomatês", dirimir suas dúvidas...

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