sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Teori suspende operação do “juizeco de Renan” e avoca caso(das varrudas do Senado) para o STF

O Ministro Teori Zavascki fez o óbvio.
Suspendeu a  Operação Métis, na qual a Polícia Federal invadiu o Senado na semana passada, e retirou o processo da 10ª Vara Federal do DF, levando-o para o STF.
A invasão de competência do juiz Vallisney de Souza Oliveira é tão evidente que custa a crer tenha sido praticada por alguém que é juiz de direito e professor universitário.
O absurdo pode ser provado em uma simples equação de frases.
Para que as varreduras nos gabinetes e casas de senadores fossem uma obstrução à Justiça seria preciso que fossem feitas com o objetivo de descobrir escutas legalmente autorizadas sobre eles.
Se a escuta é legalmente autorizada, só quem pode autoriza-las é o STF e todos os que as autorizam e realizam estão sujeitos ao mais absoluto sigilo funcional.
Logo, o juiz Vallisney não poderia saber de sua existência.
Não se vai imaginar que havia escutas autorizadas e que ele sabia, porque assim ele estaria sendo cúmplicie de um crime, o de quebra de sigilo judicial.
Simples assim.
Mas a Doutora Carmem Lúcia, tomou, sem ressalvas, as dores do doutor que foi chamado de “juizeco” pelo presidente do Senado.
E as instituições entraram em pé de guerra.
E agora, que Teori mostrou, com um ato, que há razão na reclamação de Renan?
Espera-se que a Doutora Carmem Lúcia não o chame de “ministreco”, não é?
Mas os lobos, nas redes sociais, já o estão fazendo.
E se a atitude de usurpação de competência do magistrado – pois é este o caso, em tese – for parar no CNJ, a Doutora Carmem poderá ser imparcial, se tomou sua defesa de público, com palavras as mais duras?
O Doutor Vallisney é um homem muito importante, não se esqueçam.
Sob sua 'elevada prudência', seu 'descortínio jurídico' e seu 'equilíbrio nas decisões' está seu réu, Lula, numa ação que, para variar, tem um caminhão de convicções e nem um dedal de provas.

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