DE ONDE VEM A FORÇA PARA SAIRMOS DA CRISE?
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Tive de fazer um destaque na foto acima, da chegada de Lula a um dos eventos iniciais de sua caravana, na Bahia, para não virar um “onde está Wally” para que as pessoas possam perceber a massa humana que ele atrai. ||| Que político é capaz disso, no Brasil de hoje? Temer, talvez, se for aqui na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, a la Sarney, num linchamento que ninguém deseja. ||| Isso é o que a nossa elite chama de “populismo”. Curiosamente, quando o político é de direita, não é “populista”. Alguém já leu que Bolsonaro é populista? Mas nossa esquerda embarca estupidamente nisso e faz coro à direita. ||| Não compreende que um líder é um pólo, capaz de imantar a vontade coletiva, que de outra forma não assume direção, nem sentido, nem – por isso – é capaz de apontar uma direção. É gente incapaz de compreender a força magnética das partículas que somos todos nós. ||| Não falo com rancor, não. Isso, para nós que viemos da classe média, tem uma certa transcendência. Significa uma empatia. Quer dizer: deixarmos de ser o individualista, o meritocrata, e nos assumirmos parte de uma corrente caótica e poderosa que se chama povo. Sem a qual nunca se fez um país. Algo em que somos retardatários na história de humanidade. Algo que nos faz retardatários na historia das nações. ||| Lula não é o senhor Luís Inácio Lula da Silva. Que, como todos nós, tem erros e acertos. É um simbolo e é como símbolo que importa. ||| Os elitistas de esquerda sempre se incomodam com os símbolos. Jamais ficam felizes com o que eles simbolizam. A esquerda de classe média, direita por vezes à sua própria revelia, não acredita nos poderes do povo.
Tive de fazer um destaque na foto acima, da chegada de Lula a um dos eventos iniciais de sua caravana, na Bahia, para não virar um “onde está Wally” para que as pessoas possam perceber a massa humana que ele atrai. ||| Que político é capaz disso, no Brasil de hoje? Temer, talvez, se for aqui na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, a la Sarney, num linchamento que ninguém deseja. ||| Isso é o que a nossa elite chama de “populismo”. Curiosamente, quando o político é de direita, não é “populista”. Alguém já leu que Bolsonaro é populista? Mas nossa esquerda embarca estupidamente nisso e faz coro à direita. ||| Não compreende que um líder é um pólo, capaz de imantar a vontade coletiva, que de outra forma não assume direção, nem sentido, nem – por isso – é capaz de apontar uma direção. É gente incapaz de compreender a força magnética das partículas que somos todos nós. ||| Não falo com rancor, não. Isso, para nós que viemos da classe média, tem uma certa transcendência. Significa uma empatia. Quer dizer: deixarmos de ser o individualista, o meritocrata, e nos assumirmos parte de uma corrente caótica e poderosa que se chama povo. Sem a qual nunca se fez um país. Algo em que somos retardatários na história de humanidade. Algo que nos faz retardatários na historia das nações. ||| Lula não é o senhor Luís Inácio Lula da Silva. Que, como todos nós, tem erros e acertos. É um simbolo e é como símbolo que importa. ||| Os elitistas de esquerda sempre se incomodam com os símbolos. Jamais ficam felizes com o que eles simbolizam. A esquerda de classe média, direita por vezes à sua própria revelia, não acredita nos poderes do povo.
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