sábado, 19 de agosto de 2017

DE  ONDE   VEM  A  FORÇA PARA SAIRMOS DA CRISE?

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

Tive de fazer um destaque na foto acima, da chegada de Lula a um dos eventos iniciais de sua caravana, na Bahia, para não virar um “onde está Wally” para que as pessoas possam perceber a massa humana que    ele atrai. |||   Que político é capaz disso, no Brasil de hoje?   Temer, talvez, se for aqui na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, a la Sarney, num linchamento que ninguém deseja.   ||| Isso é o que a nossa elite chama de “populismo”. Curiosamente, quando o político é de direita, não é “populista”.   Alguém já leu que Bolsonaro é populista? Mas nossa esquerda embarca estupidamente nisso e  faz coro à direita.   |||   Não compreende que um líder é um pólo, capaz de imantar a vontade coletiva, que de outra forma não assume direção, nem sentido, nem – por isso – é capaz de apontar uma direção.   É gente incapaz de compreender a força magnética das partículas que somos todos nós.   |||   Não falo com rancor, não.   Isso, para nós que viemos da classe média, tem uma certa transcendência.   Significa uma empatia.   Quer dizer: deixarmos de ser o individualista, o meritocrata, e nos assumirmos parte de uma corrente caótica e poderosa que se chama povo.   Sem a qual nunca se fez um país.   Algo em que somos retardatários na história de humanidade. Algo que nos faz retardatários na historia das nações.   |||   Lula não é o senhor Luís Inácio Lula da Silva.   Que, como todos nós, tem erros e acertos.   É um simbolo e é como símbolo  que importa.   |||   Os elitistas de esquerda sempre se incomodam com os símbolos.   Jamais ficam felizes com o que eles simbolizam.   A esquerda de classe média, direita por vezes à sua própria revelia, não acredita nos poderes do povo.

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