PORQUE A ESTRATÉGIA DE KIM JONG-UN É
IMPLACAVELMENTE RACIONAL
Para observadores dos dois recentes testes de mísseis intercontinentais pela Coreia Popular, fica a impressão de que Pyongyang deseja aumentar ainda mais as tensões na região. Porém, uma análise mais cuidadosa mostra que a República Popular Democrática da Coreia está dando curso a uma estratégia que pode vir a ter sucesso para evitar uma desastrosa guerra na península. ||| Nas últimas quatro semanas, a Coreia Popular aparentemente já conseguiu completar a segunda fase de sua estratégia contra a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. Seu programa nuclear parece ter alcançado uma fase importante, com dois testes levados a efeito no início e no final de julho. Ambos os mísseis aparentam ser capazes de atingir o território norte-americano, embora ainda haja dúvidas da capacidade de Pyongyang para miniaturizar uma bomba nuclear a ser montada em seu míssil balístico intercontinental (ICBM). ||| Portanto, a forma tomada pelo programa nuclear do país assegura uma estratégia de contenção importante contra o Japão e a Coreia do Sul e até, em alguns aspectos, contra os Estados Unidos, o qual permanece como a principal razão do desenvolvimento de ICBMs pela Coreia Popular. Há exemplos repetidos na história recente que demonstram a insensatez de confiar no Ocidente (o destino de Kadafi ainda está fresco em nossas memórias), e sugere, ao invés disso, a sabedoria da construção de um arsenal que represente um alto nível dissuasivo contra a belicosidade dos Estados Unidos.
A íntegra de FEDERICO PIERRACCINI, no VERMELHO.
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