O GOLPE EM CURSO SÓ PARA
QUANDO DESMONTAR O ESTADO NACIONAL
Só uma reação popular pode evitar um retorno à era
pré-Vargas, do Brasil agroexportador e importador de todo o resto...
As atenções dos
analistas se voltam para a rejeição, pela Câmara dos Deputados (a mesma que
depôs Dilma Rousseff), do pedido de licença do STF para processar o ainda
presidente da República. Exegetas de todos os naipes se esmeram na procura de
significado nos números de votos pró e contra abertura de processo, e há
os que perscrutam os astros à procura de luz para a gritante indiferença
popular. Teria o povo, cansado e decepcionado, desistido do país, ou
simplesmente se deu conta da inutilidade de seu empenho diante de uma
partida já decidida na ausência de escolha, pois tratava-se, aquela votação,
tão-só de trocar, ou não, seis por meia dúzia? ||| Ora,
o relevante para os grupos que se apossaram do poder, cevados desde o Brasil
colônia na sonegação de impostos, na corrupção e na grilagem, não é a
escolha do timoneiro sem autonomia; o que os mobiliza, na verdade escancarada,
é a sustentação e aprofundamento do desmonte da “Era Vargas”, o sonho da
casa-grande desde a intentona de 1932, até hoje cultuada pela oligarquia
paulista. (...) A reação ao
lulismo ou o combate anacrônico ao varguismo, objetivado a partir da deposição
da presidente Dilma, não se encerra com a ruptura de 2016, pois, sua tarefa
atual é cerrar as vias de seu retorno (do lulismo), amanhã, em 2018 ou quando
houver eleições. Enquanto isso, remover as conquistas sociais que remontam seja
ao varguismo, seja ao lulismo.
Leia mais ROBERTO AMARAL no portal da CARTA MAIOR.
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