domingo, 21 de julho de 2019


‘Intercept’: Dallagnol sugeriu que Moro protegeria Flávio Bolsonaro para não desagradar o presidente


No Intercept, via DCM
Em 'chats'  secretos, Deltan Dallagnol, coordenador da operação 'Lava Jato', concordou com a avaliação de procuradores do Ministério Público Federal de que Flávio Bolsonaro mantinha um esquema de corrupção em seu gabinete quando foi deputado estadual no Rio de Janeiro. Segundo os procuradores, o esquema, operado pelo assessor Fabrício Queiroz, seria similar a outros escândalos em que deputados estaduais foram acusados de empregar funcionários 'fantasmas'  e recolher parte do salário como contrapartida.   ➤   Dallagnol disse que o hoje senador pelo PSL Flávio Bolsonaro, filho do presidente da República, “certamente” seria implicado no esquema.  O procurador, no entanto, demonstrou uma preocupação: ele temia que Moro não perseguisse a investigação por pressões políticas do então recém eleito presidente Jair Bolsonaro e pelo desejo do juiz de ser indicado para o Supremo Tribunal Federal, o STF.  ➤    Até hoje, como presumia Dallagnol, não há indícios de que Moro, que na época das conversas já havia deixado a 13ª Vara Federal de Curitiba e aceitado o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça, tenha tomado qualquer medida para investigar o esquema de funcionários fantasmas de  que Flávio é acusado de manter e suas ligações com poderosas milícias do Rio de Janeiro.  (…)

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