Uma aula sobre História do jornalismo para o patético Sérgio Moro
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O juiz de péssima memória tenta dar lições de jornalismo a quatro gigantes da história da imprensa |
No espaço de treze dias, entre meados de junho e início de julho, o ministro da Justiça, Sergio Moro, rebateu acusações e degustou elogios durante mais de dezesseis horas em duas sessões sucessivas e tumultuadas perante senadores e deputados do Congresso Nacional. Esperto, adotou uma dupla linha de defesa que visava a dois lados opostos de inquisidores. (...) Agreste, o ministro se embrenhou em um terreno inóspito e desconhecido, tentando contrapor o que acha “mau” jornalismo do 'Intercept' ao 'bom' jornalismo do 'New York Times' e do 'Washington Post' em duas coberturas emblemáticas da imprensa: o caso 'Watergate' e os “papéis do Pentágono”. (...) Por ignorância, mais do que por má-fé, talvez, Moro imagina que Glenn Greenwald é um 'mau jornalista' em comparação a seus conterrâneos Neil Sheehan, Carl Bernstein e Bob Woodward. (...) Em momentos distintos da História americana, esse poderoso quarteto de repórteres – Sheehan, Bernstein, Woodward e Greenwald -, por méritos justificados e relevância jornalística, foi agraciado com o mais importante troféu da imprensa dos Estados Unidos: o 'Prêmio Pulitzer', conferido desde 1917 pela prestigiosa Universidade de Columbia, em Nova York. No Brasil, também sobrevoado pela espionagem da NSA, Greenwald ainda conquistou, com o jornal 'O Globo', em 2014, a versão local do 'Pulitzer', o 'Prêmio Esso de Reportagem'. No mesmo ano, o documentário sobre seus encontros secretos com Snowden em Hong Kong, Citizenfour, dirigido por Laura Poitras, o levou ao palco principal de Hollywood para receber o 'Oscar de Melhor Documentário'. ➤ Leia o instigante e esclarecedor relato do jornalista e escritor LUIZ CLÁUDIO CUNHA, postado no CONVERSA AFIADA.
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