Governo entreguista de Bolsonaro prepara, a toque de caixa, privatização do Banco do Brasil
AUGUSTO VASCONCELOS, no VERMELHO
Em nota, o Banco do Brasil anunciou que o governo vai alienar 20.785.200 ações, diminuindo a participação do poder público na condução dos destinos da empresa. Uma medida totalmente irresponsável. O BB é rentável, acumula ao longo dos anos lucros revertidos ao Tesouro Nacional. ➤ Não faz sentido diminuir a participação societária do Estado brasileiro na empresa. A medida faz parte do pacote de privatizações anunciadas pelo Ministério da Economia, que vai fragilizar o caráter público do BB. ➤ Além do mais, vários membros do governo já anunciaram a ideia de fatiar o Banco, vendendo subsidiárias, a exemplo da área de valores mobiliários. Isso trará consequências negativas nas atividades, na governança e nas estratégias do Banco, servindo apenas para o Governo arrecadar recursos no curto prazo e que rapidamente vão se esgotar. ➤ O BB é uma empresa sólida, relevante para o desenvolvimento do país, atuando em áreas onde outras instituições financeiras privadas não chegam, como o financiamento da pequena agricultura e obras de infraestrutura. Possui níveis de excelência na gestão e distribui lucros atraentes para investidores. A quem interessa desorganizar o Banco? ➤ Vale ressaltar que esse governo já demonstrou que não tem compromisso com a defesa de programas que atendam aos interesses da maioria da sociedade e só favorece o capital financeiro, que vai ganhar muito dinheiro com a compra das ações. O Comando Nacional dos Bancários enviou questionamento formal à direção da empresa. ➤ Estamos construindo um movimento nacional em defesa do BB. Inclusive, realizamos audiência na Câmara Dos Deputados, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores para tratar do tema. Trabalhadores, empresários, agricultores, devem estar unidos para impedir o desmonte dessa instituição tão relevante para o país.
(*) Augusto Vasconcelos é advogado, professor universitário, Mestre em Políticas Sociais e Cidadania (UCSAL), Especialista em Direito do Estado (UFBA), Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, integrante do Comitê Central do PCdoB. Advogado, professor universitário, Mestre em Políticas Sociais e Cidadania (UCSAL), Especialista em Direito do Estado (UFBA), Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, integrante do Comitê Central do PCdoB.
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