domingo, 11 de agosto de 2019


O último domingo de Dallagnol, prevaricador do serviço público
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Depois de amanhã, terça-feira(13),  reúne-se o Conselho Nacional do Ministério Público, tendo na pauta reclamações disciplinares contra Deltan Dallagnol. Se já não bastasse tudo o que já havia sido revelado, nessa última sexta(9), o portal do El Pais mostra mais imundícies do “zero-dois” da 'Lava Jato'. dessa vez combinando ataques e pressões espúrias (plantando “offs” na mídia 'amiga') sobre a chefe da Procuradoria Raquel Dodge.   ➤   Tudo para forçar a PGR a enviar logo para Edson Fachin, do STF, “delações, entre elas, a de Léo Pinheiro, da construtora OAS, uma testemunha-chave de casos que incriminam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”  Em outras delações, o temor é que acabassem sendo feitas pela Polícia Federal, transferindo para ela a disposição de se acertarem de “peixes gordos”.   ➤   O clima de sublevação contra a Procuradora Geral atingiria o seu ápice quando Raquel Dodge se posicionou contra o acordo que daria à República de Curitiba a gestão de um fundo de 2,5 bilhões de reais acertado com a Justiça dos EUA, a serem pagos pela Petrobras por um acordo judicial no exterior.   Aí acusam a Procuradora de estar “possessa” e fazendo “um barraco” ao propor a anulação do pacto, cuja remuneração já havia sido até depositada aos cuidados de Dallagnol, afinal invalidado pelo Supremo.   ➤   O tom agressivo e debochado não é apenas de Deltan, mas de toda a sua equipe. Dodge, diz um deles, “teria que ser incinerada publicamente, internamente e internacionalmente”.   ➤   E sobra justamente para o corregedor do MP e relator dos processos contra Deltan no Conselho do Ministério Público, Oswaldo Rochadel Moreira: por ter aberto um Procedimento de Gestão Administrativa (PGEA) para ter acesso aos termos do acordo firmado com os norte americanos, é chamado de “capacho” de Raquel Dodge.   ➤   É claro que o Conselho não tem mais condições de omitir-se diante da rebelião curitibana.  Sobretudo porque, neste último domingo de Deltan Dallagnol como “zero-dois” da 'Lava Jato', já se ouve o estrépito do 'tiro de misericórdia'.   

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