quarta-feira, 25 de março de 2020

Coronavírus: os  27 governadores reunem-se  esta  tarde  e  pode surgir um  poder paralelo ao caos de Bolsonaro
João Doria, Rui Costa, Wilson Witzel, Flávio Dino, Paulo Câmara e Jair Bolsonaro

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

Os 27 governadores do país reunem-se nesta quarta-feira(25), às 16 horas, por videoconferência. Eles irão discutir as ações que adotarão para fazer frente à pandemia do coronavírus depois que Bolsonaro abriu guerra contra eles e lançou o país no caos. Pode surgir um poder paralelo à Presidência e iniciar-se o caminho do 'impeachment', pois os governadores controlam a maior parte das bancadas parlamentares federais.  >>>  A reunião acontece sob clima de enorme tensão. Bolsonaro atacou os governadores e as medidas que estão adotando para combater a pandemia do coronavírus no pronunciamento da noite dessa terça-feira(24), quando conclamou o comércio a retomar sua atividade normal. Ele voltou à carga na manhã desta quarta(AQUI), nos portões do Palácio do Alvorada, quando qualificou as ações dos governadores de “crime” e concitou as pessoas a saírem de suas casas.  >>>   Em reunião por videoconferência no meio da manhã, agrediu(AQUI) o governador de São Paulo, João Doria, de maneira sem precedentes para as relações entre um presidente e um governador de Estado na história da República.  >>>  A partir do pronunciamento, os governadores começaram um levante contra Bolsonaro, a ponto de o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, aliado de primeira hora e líder do bolsonarismo, ter rompido(AQUI) com o presidente na manhã desta quarta.   >>>   Os governadores estão reagindo fortemente a Bolsonaro nas últimas horas. Já começam a falar em impeachment. O governador Flávio Dino, do Maranhão, afirmou que “há poucas esperanças de que Bolsonaro possa exercer com responsabilidade e eficiência a Presidência da República”. O de Santa Catarina,  Carlos Moisés, do partido que foi de Bolsonaro (PSL), se disse “estarrecido”.    >>>   A reunião, que deve encerrar-se no fim da tarde, promete estabelecer outro polo de poder enquanto não se soluciona a mais grave crise política do país em muitos anos. 

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