O pior entre os piores dias da pandemia do Coronavírus
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Ontem foi o pior dia de expansão de pandemia do coronavírus, por várias razões. A primeira é a de que o número de novos casos diários continua se expandindo. >>> No final de fevereiro era de 1.350. Ontem, pouco mais de 16 mil. Hoje, 20 mil. E com detalhes sinistros: os EUA, que eram o sexto colocado em casos novos, são agora o quarto e, amanhã, devem ultrapassar a Alemanha (3°) e, talvez, a Espanha (2°), ficando apenas atrás da devastada Itália. >>> 24 horas depois de ter anunciado um plano e emergência que não contemplava o emprego e o trabalhador da informalidade. o governo fez mudanças. Insuficientes e sem foco. >>> Dar 200 reais por mês ao trabalhador informal, num país que tem 40% de informais é medida cara para pagar e complexa para receber. >>> Não resolve, embora alivie, como não resolve, ainda que alivie, a projetada suspensão do contrato de trabalho e o pagamento de um seguro-desemprego antecipado. Daqui a três meses, será demitido e não terá o seguro desemprego. >>> Falta a compreensão que o 'pós-pandemia' ainda será crise e que seus efeitos e perda de produção, emprego e renda seguirão por meses ou mais. >>> É preciso colocar dinheiro em projetos que, embora possam levar dois ou três meses para tornarem-se geradores de emprego, ponham suas providências. Especialmente na construção civil e na áreas que estão com desemprego crônico, como a indústria naval. >>> A crise é na produção e nos serviços e é neles que a retração terá e ser combatida. Redução de jornada e de salário é uma tolice, que vai atingir, na prática, ninguém. A visão de Paulo Guedes é meramente contábil. Está muito longe de ser de um economista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário