quinta-feira, 26 de março de 2020


Quem mais pressiona o governo pelo fim do isolamento social é o ‘deus’ mercado e beneficiários,  na defesa de seus lucros

Até o Ministro da Saúde, tido como o único lúcido no governo, tergiversou ontem, para garantir o emprego, ao dizer que igrejas podem reabrir, avalizando os picaretas da 'Fé', tipo Edir Macedo, 'Malafaia', RR Soares 'et caterva', e sua retórica criminosa de que 'o Senhor Jesus livrará os fiéis do Coronavírus'...

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

O general Hamilton Mourão disse que Jair Bolsonaro “se expressou mal” na rede nacional de televisão e que a posição do governo é a de quarentena severa e geral.  É, foi “erro de redação” dizer que as escolas e o comércio tinham de funcionar, não é, general?   >>>   Já logo aparecem os “epidemiologistas” da equipe de Paulo Guedes, seguindo a “teoria Trump”, e dizem que no dia 7 de abril tudo poderá começar a voltar ao normal.   Base científica? “Eu acho que as empresas querem”.   >>>   O ministro da Saúde, que tanto apoio recebeu, vai se revelando um poltrão, e até a abertura das igrejas – que sacerdotes e pastores lúcidos condenaram – defende, como se Deus estivesse com uma estas raquetes elétricas, destruindo todos os vírus que circulam em aglomerações.   >>>   O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi ao ponto, ao dizer que “Bolsonaro mudou de postura por pressão de investidores da bolsa”.   “Acho que a gente tem que sair desse enfrentamento sobre abrir ou não abrir, sair do isolamento ou não sair, porque isso nada mais é do que a pressão de milhares de pessoas que aplicaram seus recursos na Bolsa, acreditaram no sonho, na prosperidade da Bolsa a 150 mil pontos. Ela está a 70 mil por vários problemas. E a gente não pode deixar de cuidar das pessoas pelo fato de um grupo estar perdendo dinheiro na Bolsa de Valores”, disse.   >>>   É assim que estão querendo discutir as medidas preventivas, com base nos interesses econômicos.   O país está entregue a uma camada de gente má, disposta a trocar vida por lucros.

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