Tristes figuras tripudiando sobre o Rio conflagrado: Pezão, Temer, Crivella, Moreira 'angorá' Franco e Meirelle
Ridícula a exploração demagógica feita nesse domingo(30) por Michel Temer com o drama da segurança pública no Rio de Janeiro. ||| 48 horas depois de uma chegada espalhafatosa das tropas do Exército, vir “passar em revista” (aérea, naturalmente, por não poder ir à rua em lugar nenhum) para posar de “general da banda” (podre, a considerar por seu ordenança, Moreira Franco) de uma “vitória sobre o crime” é coisa de demagogo debochado. ||| “O número de roubos, em especial o de cargas, já diminuiu extraordinariamente” disse. Claro, com dois dias de tropas e tanques nas vias mais importantes do Grande Rio, era para ter acontecido o quê? A questão óbvia é que nenhuma cidade pode funcionar com blitz militar em suas artérias todo dia, o dia inteiro. ||| A lógica de usar efetivos militares em ações ostensivas e maciças é exatamente a sua transitoriedade, sua intensidade e limitação no tempo. ||| O objetivo de fazer “demonstração de força” está mais do que claro, só resta dúvidas sobre se virá depois alguma ação efetiva. O Estado está sob uma intervenção federal de fato, mal encoberta por um atrapalhado decreto de “Garantia da Lei e da Ordem” e pelo fato de sua administração financeira encontrar-se, virtualmente, nas mãos do Ministério da Fazenda. ||| Aliás, com consequências dramáticas, como as que estão no jornal Extra: Sem salários, aposentados do Estado do Rio(AQUI) vivem em abrigos públicos e pensionatos. ||| Que planejamento sério pode ser esperado de uma operação que “prevê a atuação das Forças Armadas (no Estado) até o fim de 2017”, mas que, nas palavras de Temer, “pode ser que, em janeiro, este prazo seja estendido até o fim de 2018 e nada impede também que esta ação seja ampliada para outros anos”? ||| Boa parte das ações de surpresa que se justificariam, com a apreensão de paióis de armamento e munição, perdeu-se. ||| Não se pode usar nem o Exército Brasileiro nem a população do Rio de Janeiro, seus medos e sua ânsia por um pouco de segurança para fazer operações demagógicas. ||| É o mínimo de respeito que se pede.
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segunda-feira, 31 de julho de 2017
REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA ELEGE ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE

As Forças Armadas, coesas em torno do ideário da chamada 'Revolução Bolivariana' liderada por Chávez , sob a inspiração do libertador Simon Bolívar, garantiram a segurança do processo eleitoral, apesar do registro de atentados levados a cabo por grupos oposicionistas, que inutilizaram cerca de 100 máquinas de votação, em localidades do interior.
Fica bem claro o motivo da odiosa rejeição das oligarquias socioeconômicas à Assembleia Constituinte, face à inviabilidade de sua manipulação pelos conservadores, como fizeram no último pleito parlamentar, visto tratar-se de um modelo com elevado grau de democracia e capacidade de mobilização popular. ||| Sintomático o não-reconhecimento da eleição constituinte por um grupo de países alinhados aos Estados Unidos, como o Brasil golpista de Temer, Argentina, Paraguai, Colômbia, México e Canadá.
Do AMgóes(com informes da TeleSur) >>> Mesmo enfrentando sórdida investida terrorista da oposição de direita na Venezuela, o governo do presidente Nicolas Maduro logrou pleno êxito na realização do pleito deste domingo(30) que elegeu os 364 integrantes da Assembleia Nacional Constituinte destinada a consolidar os marcos da República Bolivariana idealizada pela frente libertária comandada por Hugo Chávez que completaria 63 anos na última sexta-feira, 28.
Malgrado as ações desestabilizadoras levadas a cabo pelos ainda influentes representantes do poder econômico no país, das tradicionais oligarquias(de descendência europeia) que historicamente decidiam sobre a vida de mais de 83% de cidadãos nativos, de origem indígena, a votação pró-Constituinte recebeu a participação de mais de 8 milhões de eleitores em todo o país.
A parcela mais pobre dos venezuelanos viu, durante o governo Chávez, suas condições de vida melhorarem drasticamente, segundo apontam indicadores. Em 1999,quando Chávez foi eleito e assumiu a presidência do país, até 2009, ano da divulgação dos dados, 20,1% do venezuelanos viviam sob extrema pobreza, número que cairia para 9,5% em 2007. A Venezuela possuía em 1999 50,5% de sua população na pobreza, o que equivalia a mais de 11 milhões de pessoas, número que caiu para 31,5%. Conforme a pesquisa, de 24,6 milhões de pessoas no total, a metade saiu da linha de indigência em que vivia.
Veja como será formada a nova Assembleia Nacional Constituinte, de um total de 364 integrantes: 79 representantes dos trabalhadores, 28 dos aposentados, 24 dos Conselhos Comunitários, 24 dos estudantes, 8 dos camponeses, 8 dos indígenas(de acordo com seus costumes, para a Câmara Revisora), 5 cidadãos dos portadores de deficiência física e 5 dos capitalistas/empresários.
sábado, 29 de julho de 2017
DILMA ACUSA O GLOBO DE MENTIR E
DISTORCER, FOMENTANDO ILAÇÕES
PARA SUBSIDIAR O GOLPE
A propósito do noticiário e das opiniões publicadas nesta sexta-feira, 28 de Julho, no jornal O Globo, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:
1. O Globo mente e distorce os fatos, como de costume. O jornal continua fomentando ilações sem fundamento. Não podemos esquecer que deu lastro aos golpistas que, hoje, afrontam o país.
Os abjetos irmãos Marinho |
2. As Organizações Globo fazem um jornalismo contra as forças populares e progressistas. Nada de novo. A empresa tem experiência nisso, como mostra a História, mas, mesmo assim, é forçoso esclarecer.
3. Não é verdade que a presidenta eleita Dilma Rousseff tenha nomeado Aldemir Bendine para a Petrobrás com o propósito de bloquear acordos de leniência de empresas envolvidas na Lava Jato. O Globo não menciona, mas foi no governo de Dilma Rousseff que se modernizou a legislação contra as organizações criminosas e criou-se, por medida provisória, as condições para o acordo de leniência.
4. A presidenta eleita apoiou esses acordos de leniência com o objetivo de preservar as empresas e os empregos, mas punindo os responsáveis por corrupção.
5. Durante todo o seu governo, Dilma Rousseff não criou obstáculos às investigações de corrupção, não obstruiu a Justiça, nem impediu a punição de responsáveis por ilicitudes. Também nunca promoveu intervenções na Polícia Federal ou nomeou ministros de Estado com este propósito. Quem falou em derrubar o governo para “estancar a sangria” foram os políticos que – apoiados pelas Organizações Globo – promoveram o golpe.
6. Nem por isso, a presidenta eleita agiu para condenar sem provas. Sempre defendeu o respeito ao princípio do contraditório e do direito de defesa, como é típico dos regimes em que há um Estado democrático de direito. Tampouco concordou com vazamentos seletivos ou grampos sem autorização da Justiça.
7. O Globo manipula a opinião pública ao insinuar que Aldemir Bendine foi indicado para a Petrobras por ter relação pessoal com Dilma. Ele foi nomeado porque tinha reconhecida capacidade como gestor, demonstrada nos resultados alcançados à frente do Banco do Brasil. E, ademais, tinha perfil técnico para preencher o cargo de presidente da Petrobras, do qual a competente e honesta Graça Foster se retirou depois de longa e implacável perseguição.
8. A insistência das Organizações Globo em desconstruir a imagem da presidenta eleita Dilma Rousseff é expressão do “jornalismo de guerra”. Tais versões manipuladas serão desmascaradas pela História, que não encobrirá o papel vergonhoso que parte da imprensa nacional desempenhou nestes tristes dias para a democracia no Brasil.
A ESQUERDA PRECISA DEFINIR O LULA
QUE QUER
A maior figura do Partido dos Trabalhadores não
pode ser apreendida por meio de uma linearidade, de uma direção firme e
coerente, ou pode?
RAPHAEL SOUZA FAGUNDES, na CARTA MAIOR
É comum o orador, para não parecer incoerente e não dizer algo absurdo quando sustenta simultaneamente uma proposição e sua negação, pouco explicitar suas premissas, deixando de defini-las de modo unívoco e sólido. Por isso Lula em 2016 anuncia meio titubeante, após dizer estar mais à esquerda que outrora: “Eu sou um liberal… Eu sou um cidadão muito pragmático e muito realista entre aquilo que eu sonho e aquilo que é a política real”. |||
O que seria a política real? A política de se manter no poder, como descrevia Maquiavel? Comportar-se dessa maneira, é ser como os outros partidos, nos quais a mazela é a implacável tradição que, para o que o PT se propõe, seria a traição. Precisamos de um Lula trágico e não de uma farsa. |||
Para os fatos não serem uma farsa, é preciso que observemos as alianças que Lula fará. Seu histórico de se unir aos interesses empresariais é extremamente problemático. Aliás, foi o alicerce para o golpe da maneira que se deu em 2016. Esse acordo interesseiro é sem dúvida um dos elementos que podem vir a compor a farsa. ||| As bases de apoio devem ser as organizações operárias, os movimentos sociais, as ruas. O que, sem dúvida, desencadeará em uma série de conflitos, mas se a democracia (hoje muito desacreditada; vista mais como uma noção manipulada que algo efetivamente real) não for a voz do povo, vivemos sob o manto da política da ilusão, tendo como única solução prática e tangível o socialismo, isto é, a real democracia.
Ao condenar executivo da Camargo Corrêa,
Moro criou jeito, que não consta da lei,
para responsabilizar gestor
Ao condenar João Auler, ex-presidente da Camargo Corrêa, à prisão por corrupção ativa e participação em organização criminosa, o juiz Sergio Moro inventou uma forma de responsabilização criminal dos administradores de empresas. Com esse tipo de medida, o Código Penal vai sendo alterado por jurisprudência, avalia Yuri Sahione, presidente da Comissão de Anticorrupção, Compliance e Controle Social dos Gastos Públicos da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil. ||| Na última quarta-feira (26/7), no evento Efeitos da operação “lava jato” para as sociedades empresariais, ocorrido na sede da OAB-RJ e organizado pela entidade e pelo Instituto dos Advogados Brasileiros, Sahione disse que essa condenação de Moro não possui apoio em nenhuma lei.
Leia mais SÉRGIO RODAS, no CONJUR.
LULA RESISTE A
DECISÃO DE MORO
PARA VIDEOCONFERÊNCIA E IRÁ
DEPOR LÁ MESMO EM CURITIBA
Disposto a não baixar a guarda. Lula havia pedido, com base na lei, que
seu depoimento a Sérgio Moro sobre outro caso “surreal” de corrupção: a compra
de um prédio para o Instituto Lula que nunca foi propriedade – ou sequer
usado – pelo Instituto Lula e a compra de um apartamento em São Bernardo do
Campo, vizinho ao do ex-presidente, que o aluga, seja em Curitiba e conseguiu. ||| Moro havia determinado que o depoimento por
videoconferência, sob o argumento de que isso evitaria “gastos indesejáveis de
recursos públicos com medidas de segurança”, como se fosse responsabilidade de
Lula o aparato desproporcional montado pela Secretaria de Segurança
Pública do Paraná e pela Polícia Federal quando o ex-presidente foi
interrogado como réu na ação penal do caso do apartamento do Guarujá e uma
multidão pacificamente, foi apoiá-lo.
||| Lula demonstra não estar
disposto a poupar Moro do constrangimento de seguir em seu, cada vez mais
transtornado, ódio e passa a impressão de que é exatamente isso o que quer
evidenciar à opinião pública. ||| Lula, o condenado, parece estar com mais
calma e equilíbrio do que Moro, o algoz.
MANIFESTANTES LOTAM AS RUAS DE
CARACAS EM DEFESA DA CONSTITUINTE E MADURO CHAMA OPOSIÇÃO PARA UM DIÁLOGO DE PAZ
O povo revolucionário da Venezuela tomou nessa quinta-feira (27) a avenida Bolívar, em Caracas, como parte do encerramento da campanha para as eleições dos integrantes da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), que se realizarão neste domingo, 30 de julho. O presidente da República, Nicolás Maduro, propôs à oposição a instalação de uma mesa de entendimento e paz, antes da celebração da Assembleia Nacional Constituinte.
O povo com a palavra:
“Teremos
um novo amanhecer”
Mary Flores, uma das milhares de aposentadas graças à “Gran Misión En Amor Mayor” (um dos programas sociais do governo que beneficia os idosos pobres) disse que apoia a marcha pela Constituinte porque “a burguesia nunca vai responder pelos interesses do povo.
Ganharam a assembleia (parlamento nacional venezuelano) na base do engano e usam a imunidade para assassinar inocentes, mas que se preparem, porque na segunda-feira (um dia depois da eleição para a ANC) teremos um novo amanhecer”.
Já Irene Branco, que se mobilizou desde o estado Portuguesa, acrescentou que a Constituinte permitirá blindar os direitos e reivindicações conquistados pelo povo em 18 anos de revolução. “Não vamos permitir que o direito à saúde e à educação voltem a ser privatizados. Não vamos permitir que quem não fez nada por nós venha a tirar nossas conquistas”, enfatizou.
O poder popular organizado representado em comunas e conselhos comunais também esteve presente. Darwin Lewis, da comuna que fica no estado Portuguesa, disse que apoia a Constituinte “porque com ela poderemos constitucionalizar as missões e grandes missões ante as pretensões da oligarquia de acabar com as conquistas da revolução”.
Maduro insiste no apelo à paz

Maduro enfatizou que a ANC permitirá avançar até uma nova dinâmica produtiva, a qual é necessária para superar o rentismo petroleiro. Além disso, se poderá dar respaldo constitucional à lei de emprego juvenil e a outras políticas sociais.
Quanto às ameaças externas, Maduro declarou que “a Venezuela tem moral para se levantar e dizer aos governos vassalos do imperialismo e ao imperialista Donald Trump que respeite a Venezuela. A Venezuela é um país de dignidade, é um país de moral. Temos que respeitar nossa pátria sempre e fazer com que a respeitem”, afirmou.
Quanto aos chamados à greve feitos pela direita, disse Maduro que “aqui não houve paralisação, aqui o que houve foi trabalho”. “O povo e a classe trabalhadora derrotaram os chamados dos seguidores de Hitler”, disse em referência aos que impulsionam a agenda violenta golpista.
“No domingo, em paz e em família, temos que ir ao amanhecer tomar os centros eleitorais em uma avalanche do povo que romperá todos os recordes eleitorais que já aconteceram na Venezuela em 18 anos”, disse o chefe de Estado.
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