domingo, 9 de julho de 2017

O QUE(OS GOLPISTAS) QUEREM  FAZER  DO

EXÉRCITO BRASILEIRO

   gendar
NILSON LAGE, especial para o TIJOLAÇO
O império global destina ao Exército Brasileiro o papel de uma grande corporação de meganhas – e isto já está acontecendo.   |||  The Economist, porta-voz do poder do dinheiro, noticia a transformação em curso: À falta de vizinhos belicosos, rebeliões armadas ou de muito apetite para projetar seu poder além-fronteiras, o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, reconhece que as forças armadas do país “não têm atributos militares clássicos.”   |||  E prossegue: Com 334 mil soldados a sua disposição, o governo tem que achar o que fazer com eles.(…) Para o grosso das forças, tem adotado(..) o que Alfredo Valadão, da Sciences Po, uma universidade de Paris, chama de ‘uma mentalidade policial-militar (‘confabulary’)’ – cobrindo os vazios deixados pelas corporações de segurança doméstica.”   |||   Preparação para isso já está em curso: Em um centro de treinamento em Campinas, perto de São Paulo, soldados são expostos a gás asfixiante e bombas de efeito moral para que sintam o efeito de tais armas antes de atirá-las em civis.”   |||   É certo que há resistências, que vão do temor de desgaste do prestígio das Forças Armadas à suposição de que sua presença em missões internas esvazie a autoridade civil: O Exército em si aspira a um papel muito diferente. O rascunho da próxima revisão oficial da doutrina é escassa em 'ameaças específicas' – o termo ‘ameaças’ (threats‘) aparece com a frequência de um décimo do que ocorre em análise inglesa similar de 2015 – mas alonga-se em ‘capacitações’ desejáveis. Principalmente, coloca, o Brasil deve proteger suas riquezas naturais.”   |||   A matéria alega que é uma hipótese remota “salvo [se} a mudança climática leve potências estrangeiras desesperadas a serem seduzidas pela exuberante natureza brasileira.”   |||   The Economist não escreve, mas está implícito que, como o Brasil está ofertando atualmente todo o estoque de sua “exuberante natureza” aos que se dispõem livremente explorá-la, não haverá muito sentido em defendê-la.  |||  O antetítulo da matéria é antológico: “Procuram-se inimigos“.
 A íntegra do texto original do periódico britânico, AQUI. 

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