quinta-feira, 6 de julho de 2017

EDITORIAL DO GLOBO: TEMER É  O  CHEFE  DA  QUADRILHA

'Colonistas' seguirão essa linha, com disciplina e fidelidade...
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No CONVERSA AFIADA

O GLOBO  produz editoriais históricos.  |||   Como aquele de 3 de abril de 1964: "ressurge a democracia".   |||   Como o "choque de capitalismo", em que o Jorge Serpa, conselheiro do Roberto Marinho, escreveu o programa de Governo do PSDB para Mário Covas e que o Partido segue até hoje.   |||   Tem também aquele em que a Globo Overseas confessa que se locupletou no regime militar e, quarenta anos depois, pede desculpas!   |||   Agora, nesta quinta feira-6, o editorial do GLOBO chama o Temer de chefe de uma quadrilha que assaltou o Palácio e lá dentro instalou um cofre.   |||   O amigo navegante observará que, daqui em diante, os gasparis, mervais e mirians seguirão essa linha editorial com a fidelidade de militante do ISIS.


O advogado do presidente Michel Temer, Antônio Cláudio Mariz, protocolou ontem a defesa que fará do cliente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Avança o relógio da tramitação do pedido da Procuradoria-Geral da República para processar Temer no Supremo Tribunal Federal, assunto a ser votado na CCJ, prevê-se, na penúltima semana do mês. Não importa o resultado, a decisão final será do plenário da Casa.   |||   Enquanto isso, o presidente Michel Temer acumula ineditismos. Além de ostentar o posto de primeiro presidente da República em exercício a ser denunciado por corrupção, Temer tem, e teve, ao redor auxiliares e aliados com diversos tipos de problemas com a Justiça e o Ministério Público. Numa dimensão nunca vista pelo menos em passado recente.   |||   O mais novo caso é do ex-ministro Geddel Vieira, preso na segunda-feira, sob a acusação de tentar obstruir o trabalho da Justiça nas investigações sobre tramas de Eduardo Cunha, já trancafiado, Lúcio Funaro, idem, e Fábio Cleto. Em questão, falcatruas com dinheiro do fundo de investimento do FGTS, o FI-FGTS, na Caixa Econômica, com a cobrança de propinas a empresários.   |||   A Caixa, cedida pelo PT, depois da aproximação com o PMDB, para ser feudo deste partido, abrigou o próprio Geddel Vireira como um dos vice-presidentes. No governo Dilma Rousseff, Cunha, um dos chefes da legenda, nomeou Fábio Cleto como dono da chave de cofres do FI-FGTS, e lá instalou um guichê de recolhimento de propinas, confiadas ao doleiro Funaro. Geddel    foi ministro da   Secretaria de Governo de Temer  com este prontuário.   ||| Outro do círculo próximo a Temer fora de circulação é o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, preso sob a acusação de desvio de verbas na construção da Arena das Dunas, Natal, no Rio Grande do Norte, estado do político.   |||     Dois assessores muito próximos ao presidente, com gabinetes no Planalto, também não escapam desta marca. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e Moreira Franco, ministro que ocupa a secretaria que foi de Geddel. Padilha e Moreira são investigados pela Lava-Jato.    |||   A lista é extensa. Outro dos ex-assessores, preso e solto há pouco, é o deputado suplente pelo PMDB do Paraná Rodrigo Rocha Loures, o qual, na gravação feita por Joesley Batista, Temer indicou para o empresário resolver com ele “tudo”.   |||   Batista gravou uma conversa posterior com Loures sobre o pagamento de uma propina com muitos zeros, para o político ajudar a resolver problemas do grupo JBS no CADE. Para Joesley e o diretor da empresa Ricardo Saud, o destinatário do dinheiro seria Temer.   ||| Falcatruas não são uma exclusividade do PMDB. O mesmo se vê no PT e na cúpula do PSDB. O problema para Temer é que o político da vez a ser julgado no Legislativo é ele. Com assessores com este perfil, o trabalho do advogado Antônio Carlos Mariz fica mais pesado.


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