segunda-feira, 31 de julho de 2017

TEMER,   NÃO    BRINQUE COM O RIO DE JANEIRO E COM O EXÉRCITO

demag
Tristes figuras tripudiando sobre o Rio conflagrado: Pezão, Temer, Crivella,
 Moreira 'angorá' Franco e Meirelle


Ridícula a exploração demagógica feita nesse domingo(30) por Michel Temer com      o drama da segurança pública no Rio de Janeiro.   |||   48 horas depois de uma chegada espalhafatosa das tropas do Exército, vir “passar em revista” (aérea, naturalmente, por não poder ir à rua em lugar nenhum) para posar de “general da banda” (podre, a considerar por seu ordenança, Moreira Franco) de uma “vitória sobre o crime” é coisa de demagogo     debochado. ||| “O número de roubos, em especial o de cargas, já diminuiu extraordinariamente” disse. Claro, com dois dias de tropas e tanques nas vias mais importantes do Grande Rio, era para ter acontecido o quê? A questão óbvia é que nenhuma cidade pode funcionar com blitz militar em suas artérias todo dia, o dia inteiro.   |||   A lógica de usar efetivos militares em ações ostensivas e maciças é exatamente a sua transitoriedade, sua intensidade e limitação no tempo.   |||   O objetivo de fazer “demonstração de força” está mais do que claro, só resta dúvidas sobre se virá depois alguma ação efetiva. O Estado está sob uma intervenção federal de fato, mal encoberta por um atrapalhado decreto de “Garantia da Lei e da Ordem” e pelo fato de sua administração financeira encontrar-se, virtualmente, nas mãos do Ministério da Fazenda.   |||   Aliás, com consequências dramáticas, como as que estão no jornal Extra: Sem salários, aposentados do Estado do Rio(AQUI) vivem em abrigos públicos e pensionatos.   |||   Que planejamento sério pode ser esperado de uma operação que “prevê a atuação das Forças Armadas (no Estado) até o fim de 2017”, mas que, nas palavras de Temer, “pode ser que, em janeiro, este prazo seja estendido até o fim de 2018 e nada impede também que esta ação seja ampliada para outros anos”?   |||   Boa parte das ações de surpresa que se justificariam, com a apreensão de paióis de armamento e munição, perdeu-se.   |||   Não se pode usar nem o Exército Brasileiro nem a população do Rio de Janeiro, seus medos e sua ânsia por um pouco de segurança para fazer operações demagógicas.   |||   É o mínimo de respeito que se pede.

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