quinta-feira, 27 de dezembro de 2018


Ao SBT, Fabrício gagueja, fala, mas a história da dinheirama em sua conta bancária segue mal-contada

FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO

A entrevista “dócil” de Fabrício Queiroz a Debora Bergamasco, nessa quarta(26),  arranjada pelo SBT, não convenceu ninguém. Não posso, claro, colocar em dúvida que ele tenha problemas de saúde, mas não saber dizer o nome do hospital onde esteve internado é demais.  Assim como não dizer nada sobre os motivos da movimentação financeira.   |||   A história da “compra e venda” de automóveis é descrita como algo de seu passado de “fazedor de dinheiro”, mas não é a isso que ele atribui os movimentos de dinheiro vivo em sua conta, diretamente.  E ainda que fossem, não explicaria o movimento “picado” de dinheiro, não ultrapassando os R$ 5 mil que soam o alarme do COAF.   |||   A não ser muito “caidinho”, carro por menos de R$ 5 mil é negócio de ferro velho.  Aliás, não é crível que quem compra e vende tantos automóveis não fosse conhecido de todos por esta atividade.  Não se movimenta R$ 1,23 milhão de reais em um ano sem saber apontar, ao menos, uma operação de peso – a venda de um apartamento, por exemplo.  Ou se é compelido a “ir viver numa comunidade” com renda de “R$ 23, 24 mil” por mês, mesmo pagando pensão alimentícia.   |||   Fabrício alegou que não dizia o que eram os depósitos “em respeito” ao Ministério Público e sinalizou que seu depoimento será em meados ou final de janeiro, depois dos das filhas e da mulher, no dia 8.  Não se sabe o que faz o Ministério Público que não pede ao menos a abertura de um inquérito e a quebra do sigilo bancário de Fabrício, nem que seja para impedir a montagem de “histórias plausíveis”.  Porque, na entrevista, ele não apresentou uma que fosse digna de credibilidade, embora, repito, não se possa fazer juízo de seu estado de saúde.  Tenho a impressão de que o tiro saiu pela culatra e vai deixar inúmeras pontas soltas para qualquer repórter competente.  Se a imprensa quiser, claro.   |||   Assista abaixo à entrevista de quase 23 minutos, em que nada de concreto é provado, sempre com documentos “que vou lhe dar depois”, mas que não são mostrados em momento algum.

 
          



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