sábado, 8 de dezembro de 2018


Escândalo  com  esposa  de
Bolsonaro poderá antecipar
tutela  militar  no  Planalto

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A partir da direita, Eduardo, Flávio, Jair e Michelle Bolsonaro

LUÍS NASSIF, no JORNAL/GGN

A reportagem “Coaf relata(AQUI) conta de ex-assessor de Flávio Bolsonaro”, de Fábio Serapião, no jornal ‘O Estado de São Paulo’, informa sobre relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que identificou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleitor Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.   |||   O documento consta da investigação que resultou na Operação Furna da Onça, do mês passado, que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).  A parte politicamente mais grave do relatório foi a identificação de um depósito de R$ 24 mil na conta de Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama.  Nenhuma medida foi tomada contra o motorista Fabrício José de Queiroz nem contra Flávio Bolsonaro.   |||   Na primeira semana após as eleições, Flávio e o governador eleitor do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciaram a intenção de ir a Israel adquirir ‘drones’ para trabalhos de segurança. Esta semana, Witzel ampliou as intenções de compra para US$ 300 milhões, antes mesmo de um diagnóstico sobre o setor.   O relatório da COAF amenizará a sede que levam os dois ao fundo do pote. Mas o estrago que irá causar certamente abreviará a ‘era Bolsonaro’ e antecipará a ‘era militar’.   |||   A futura primeira-dama da República Michelle Bolsonaro recebeu um cheque de R$ 24 mil de Fabrício José Carlos de Queiroz, que trabalhou por cerca de 10 anos como motorista e segurança do deputado Flávio Bolsonaro. Exonerado do cargo somente em outubro passado, Fabrício foi DELATADO por seu banco às autoridades por ter movimentado R$ 1,2 milhão em "transações suspeitas" ao longo de 2016. A instituição financeira entendeu que ele não tinha renda nem patrimônio compatíveis com a movimentação. O caso foi revelado pelo Estadão nessa quinta-feira, dia 6.   |||   O nome de Fabrício aparece no relatório que o Coaf produziu a pedido do Ministério Público Federal sobre assessores da Assembleia Legislativa do Rio que tenham sido delatados por instituições financeiras por causa de movimentações suspeitas que somam mais de R$ 200 milhões. A lista de assessores tem 22 nomes. Fabrício é o 20º. O documento pautou a ‘Operação Furna da Onça’, que levou à prisão 10 deputados estaduais por esquema de ‘mensalinho’. Mas Flávio e Fabrício não foram atingidos.  |||   De acordo com o Estadão, uma das transações na conta de Fabrício "é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. A compensação do cheque em favor da mulher do presidente eleito Jair Bolsonaro aparece na lista sobre valores pagos pelo PM."  O relatório diz que "constam como favorecidos a ex-secretária parlamentar e atual esposa de pessoa com foro por prerrogativa de função – Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil."   |||   Entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, o Coaf também encontrou cerca de R$ 320 mil em saque na conta mantida pelo motorista do filho de Bolsonaro. Desse total, R$ 159 mil foram retirados numa agência bancária no prédio da Assembleia do Rio.  "Também chamou a atenção dos investigadores as transações realizadas entre Queiroz e outros funcionários da Assembleia. O documento lista todas as movimentações e seus destinatários ou remetentes", acrescentou o diário.   |||   O Coaf também foi notificado pelo banco sobre transações que ocorreram após o período relacionado aos R$ 1,2 milhão. Entre janeiro e abril de 2017, Fabrício teria sacado, em 10 transações fracionadas, cerca de R$ 49 mil que poderiam "configurar uma possível tentativa de burla aos controles”.    |||   Procurada pelo Estado, a assessoria de Bolsonaro não respondeu nem explicou o cheque repassado à futura primeira-dama. Michelle também foi procurada mas ainda não se manifestou.   Flávio Bolsonaro mandou a assessoria de imprensa dizer ao jornal que conhece Fabrício há 10 anos, com quem nutre uma relação de amizade e confiança, e que, ao longo da parceria, não tomou conhecimento de fatos que "desabonem" o profissional.  Ainda de acordo com o deputado, Fabrício pediu a exoneração em outubro passado.   |||   Como assessor parlamentar, Fabrício recebia R$ 8,5 mil do gabinete de Flávio Bolsonaro. Além disso, ganhava mais R$ 12 mil de remuneração da Polícia Militar. A soma dos dois rendimentos, ao longo de 1 ano, dá bem menos de um quarto dos 1 milhão e 200 mil reais classificados como suspeitos.  Procurado, ele disse que não sabe de nada sobre o assunto(?). Embora sejam incontestáveis e bem nítidas as digitais do referido cidadão,  um policial-militar aposentado, motorista e segurança de Flávio Bolsonaro, deputado estadual do Rio eleito senador, nesse ‘imbroglio’ que envolve até a madrasta, mulher do presidente eleito.

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