quinta-feira, 27 de dezembro de 2018


BOLSONARO NÃO SABE: NADIA AYAD, NEGRA, BRASILEIRA DO ‘CIÊNCIA  SEM   FRONTEIRAS’,  GANHOU PRÊMIO POR DESSALINIZAÇÃO


Nadia Ayad, formada pelo Instituto Militar de Engenharia(IME/RJ), participou do programa do governo federal, 'Ciência sem Fronteiras', lembrou o ex-ministro da Educação Fernando Haddad

No BRASIL/247
Com grande alarde, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nessa última terça-feira(25) parceria com Israel para dessalinizar a água do mar na região Nordeste do país. Na manhã dessa quarta-feira(26), Fernando Haddad (PT-SP), ex-ministro da Educação no governo Lula,  lembrou de Nadia Ayad, "brasileira, negra, participante do Ciência sem Fronteiras", que ganhou prêmio internacional ao criar sistema de dessalinização de água com grafeno.   |||   Derivado do carbono, o grafeno é tido como uma matéria-prima revolucionária e, por esse motivo, "foi escolhido como tema do Global Graphene Challenge Competition 2016, competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, que busca soluções sustentáveis e inovadoras ao redor do mundo", conta reportagem da Conexão Planeta, que fala sobre a invenção da brasileira formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro. "Nadia criou um sistema de dessalinização e filtragem de água, usando o grafeno. Com o dispositivo, seria possível garantir o acesso à água potável para milhões de pessoas, além de reduzir os gastos com energia e a pressão sobre as fontes hídricas".   |||   O projeto da brasileira, que concorreu com outros nove trabalhos finalistas, foi o grande vencedor do desafio. Como prêmio, Nadia ganhou uma viagem para a Suécia, onde visitaria e sede da Sandvik e outros centros de pesquisa. Mas esta não seria a primeira experiência internacional de Nadia. "A engenheira brasileira já tinha participado do programa do governo federal Ciências Sem Fronteiras, quando estudou durante um ano na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Agora ela pretende fazer um PhD nos Estados Unidos ou Reino Unido, pois acredita que, infelizmente, terá mais oportunidades para realizar pesquisas no exterior do que no Brasil", contou a reportagem no pós-Golpe de janeiro de 2017. 

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