domingo, 17 de julho de 2016


Governo Temer contrata pesquisa

Ibope e só divulga dados positivos

Dois meses ocupando a Presidência da República em função do impeachment de Dilma Rousseff, o interino Michel Temer (PMDB) decidiu driblar o silêncio da mídia e dos institutos de pesquisas que não divulgaram um estudo completo sobre o desempenho do peemedebista e contratou, via Palácio do Planalto, o Ibope para fazer uma sondagem. Mas o resultado foi guardado a "sete chaves" por Eliseu Padilha, da Casa Civil.
Segundo informações da IstoÉ, o governo Temer ficou muito animado com a mudança medida na última semana, e divulgou à imprensa apenas os dados que revelam a "discreta, mas importante aumento na popularidade" (nas palavras da revista) junto com uma lista de ações que justificam o "crescimento" aferido em relação à pesquisa divulgada pela CNI no começo do mês.
"Os dados, guardados a sete chaves pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, revelam uma melhora em pelo menos parte dos índices. (...) Segundo o levantamento, a parcela da população que avalia o governo de Michel Temer como bom e ótimo subiu de 13 para 15%. Já entre os que consideram a gestão regular, o apoio passou de 35 para 39% dos brasileiros", diz a revista.
Apesar de chamar esse "salto" na popularidade de "conquista", com a margem de erro de dois pontos percentuais para cima e para baixo, a pesquisa aponta apenas que a popularidade de Temer oscilou dentro da margem.
Além disso, não há menção à quantidade de brasileiros que acham a gestão ruim ou péssima, como também não foi divulgado pela revista o número de pessoas que participaram do levantamento. Tampouco se a elas foi perguntado se são a favor de Temer no poder ou apoiam novas eleições.
     Arte: revista IstoÉ 

Temer divulgou os números apenas para sustentar que os projetos que têm engatilhado para o País estão repercutindo bem entre a população, embora haja controvérsias.
Em nota à imprensa, ele divulgou um balanço, destacando o plano de austeridade fiscal, a aprovação da Lei das Estatais, a redução de nove ministérios com o congelamento de 4,3 mil cargos comissionados, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos, o reajuste do Bolsa Família, o anúncio de investimentos para revitalização do rio São Francisco, entre outros.

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