quinta-feira, 28 de julho de 2016

Meirelles cobra a Temer a conta   do  ‘mercado’    por patrocínio do  golpe              

    meirellestemer
O que foi afirmado AQUI, nessa terça-feira(26), virou conversa corrente no mercado financeiro.
A luta política entre Michel Temer, que usa Eliseu Padilha como porta-voz, e a equipe “econômica dos sonhos” vai se tornando indisfarçada.
Semana passada, antes da reunião do Copom, quem moveu as pedras foi Padilha, dizendo uma aparente tautologia com endereço certo, ao afirmar que o Governo veria  “com bons olhos” uma queda na taxa de juros.  Tradução: podia até não acontecer, mas gostariam de uma decisão do Copom que apontasse para ela.
Depois da reunião, no comunicado do BC e mais fortemente ainda na ata liberada anteontem, o recado foi o inverso: “cortem aí que a gente pode pensar em abaixar a taxa, mais adiante”.
Ou seja, com “enrolation” não vão.
A rusga seguinte foi a mudança na lei de repatriação de recursos mantidos no exterior.
O Palácio plantou que o encontro entre Henrique Meirelles e Rodrigo Maia seria para possibilitar uma “flexibilização” da lei, aliviando sanções e aumentando prazo. Meirelles trancou o pé e, nessa quarta(27), foi Rodrigo Maia que teve de aceitar que a lei está em vigor e não faz sentido alterá-la.
Também não é difícil supor de onde vieram as afirmações(AQUI) de Miriam Leitão, de que a arrecadação continuava em queda e de que havia ameaças de, mesmo com a previsão ampliada para déficit de R$ 170,5 bilhões, houvesse dificuldades em manter o “rombo” dentro deste limite.
Meirelles não tem partido, exceto o do rentismo, dos juros sempre altos,  mas não não é homem de ceder facilmente.
Foi preciso Lula reclamar em público dos juros, na crise de 2008/2009, para ele começar a ceder, então no Banco Central.
Só que Lula era Lula, gentil, maneiroso, mas um líder nacional.
E Temer, o que é?
A cada dia se avoluma a conta que Meirelles vai cobrar dele.

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