quinta-feira, 24 de maio de 2018

Caminhoneiros fazem ‘greve’ ou 'lockout’?


Greve dos caminhoneiros 2018

A paralisação nacional dos caminhoneiros, deflagrada na última segunda-feira(21), malgrado a comoção provocada pela flagrante repercussão na vida do país, não é 'greve' tal como ocorre quando trabalhadores cruzam os braços.   

Vale lembrar que a alardeada 'greve', viralizada mundo afora via redes sociais e aqui dentro pelas redes de TV, Globo à frente, não é movimento reivindicatório de motoristas e  auxiliares das empresas proprietárias dos veículos  de carga,  submetidos a jornadas draconianas de trabalho, sob os graves riscos cotidianos  nas rodovias brasileiras. 

A política golpista sobre os preços dos combustíveis, implementada a partir de meados de 2016 e chegada a níveis de insanidade, integra o projeto de desmonte da Petrobras iniciado com a entrega periódica de lotes do pré-sal às transnacionais.

As entidades caminhoneiras que lideram a paralisação, a esta altura consolidada em todos os estados, são as mesmíssimas associadas à sórdida campanha fascista do 'impeachment' da presidenta Dilma Rousseff, agora frustradas face a perspectivas de prometidas 'vantagens' não concretizadas com o Golpe parlamentar-judicial-midiático.

A rede de caminhoneiros faz LOCKOUT, iniciativa patronal de paralisação de atividades produtivas e de serviços(proibida por lei), através de pérfido expediente da coação irresistível sobre a vida dos comuns mortais, para garantir ganhos de natureza meramente corporativa desse relevante setor de nossa economia.

Causa estupefação a solidariedade de Centrais sindicais de trabalhadores - CUT, CTB e Força Sindical - ao 'lockout' liderado pela Confederação Nacional dos Transportes de Cargas, associando-se a um conluio de golpistas alucinados com a 'puxada de tapete'  promovida pela quadrilha por ela mesma entronizada no Palácio do Planalto.

Custa crer esse aval intempestivo, de  deletérias consequências,  ainda que sob a  constatação de as Centrais se confrontarem, nesta quadra de perplexidades,  com  o 'inimigo comum', na realidade parceiro figadal da rede de caminhoneiros frustrados diante da insânia golpista que ajudaram a construir.

Sugiro que, antes de você, sob a mais justificada das indignações, dizer 'estou com os aminhon eiros e não abro', diante do súbito desabastecimento do supermercado da esquina, acesse o 'link' da socióloga e pesquisadora Marília Moschkovich, no 'DCM,

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