FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Leandro Prazeres, do UOL, divulga cálculos da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional dando conta que as empresas transportadoras, principais estimuladoras da greve dos caminhoneiros, devem R$ 52 bilhões à União, dos quais R$ 46 bilhões são alvo de ações judiciais de execução fiscal e o restante, em torno de R$ 6 bilhões,são parcelamento de débitos e cobranças provisoriamente suspensas pela Justiça. ||| É dinheiro dos trabalhadores e grana que daria para bancar, por dois anos, um subsídio de 50 centavos por litro de óleo diesel. ||| Não se trata, claro, de impostos sobre o óleo diesel que move os caminhões, mas, na maioria, de não recolhimentos da Previdência Social e do FGTS dos caminhoneiros. ||| E isso sendo beneficiárias de uma política de desoneração tributária que reduz estas contribuições e que foi extinta, agora, para outros setores, mas não para as transportadoras. ||| Que, em muitos casos, além de apropriar-se do dinheiro que deveria se constituir em pecúlio para os empregados, também funcionam como atravessadores que ganham leoninamente por intermediar fretes para os motoristas autônomos. ||| Estes, sim, penam com uma margem de ganhos tão reduzida, por conta de fretes subvalorizados e combustível e pedágio nas alturas. ||| A política de reajustes cavalares feita por Pedro Parente na Petrobras é criminosa. Mas ela não é a única que merece este nome.
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