terça-feira, 29 de maio de 2018


Golpe   em  pânico:  Temer  e Parente querem proibir greve dos petroleiros, que começa nessa quarta-feira
                                                                                                                                                                               Foto: Marcos Corrêa/PR 

Após a greve dos caminhoneiros, a preocupação do governo de Michel Temer, agora, é com a dos petroleiros, já marcada para ter início amanhã (30). A categoria anunciou que também entrará em greve nacional por 72 horas e o governo corre para impedir.  |||  Os petroleiros chamaram a mobilização de "greve de advertência" e é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pelos sindicatos da categoria, que pedem, entre outras coisas, a redução dos preços do gás de cozinha e combustíveis e a saída imediata do atual presidente da estatal, envolvido em diversas polêmicas, Pedro Parente.  |||  Para a FUP, Parente "mergulhou o país numa crise sem precedentes". São mais de 100 entidades que reinvidicam, ainda, o fim das importações de derivados do petróleo e a manutenção dos empregos. Além dos sindicatos da categoria ligados à FUP, apoiam a luta a CUT, CTB, Intersindical, a Central de Movimentos Populares (CMP), MST, MTST e a UNE.  |||  "Temos o petróleo, o refino e a distribuição. É tudo com custo nacional. Antes os preços eram pensados e voltados para o país, mas Parente, a mando de Temer, aumentou no último período em 59,32% o preço do diesel, entre outros aumentos promovidos. Não tem porque continuarmos aceitando essa política de preço voltada ao lucro das grandes empresas estrangeiras e não para as necessidades do povo brasileiro", afirmou a Secretária de Administração e Finanças da FUP, Cibele Vieira.  |||  "Nossa luta se une à paralisação dos caminhoneiros e é contra esta política de preço que a Petrobras vem aplicando, que leva à alta dos preços dos derivados como, por exemplo, da gasolina e do gás de cozinha", disse a dirigente, durante um ato na avenida Paulista, nesta segunda-feira (28) à noite, em frente ao prédio da Petrobras.  |||  A categoria também critica o uso das Forças Armadas pelo governo federal para interferir nas manifestações, "intimidando as paralisações", descreveu a Federação. A greve já estava prevista para abril deste ano, faltando ainda uma data que seria definida. A paralisação da categoria terá início à meia noite do dia 20 e se estenderá até as 23h59 do dia 1º de junho, sexta-feira.  |||  E, ao contrário do que fez o governo com a greve dos caminhoneiros, tentando tirar o crédito da mobilização ao questionar quem estaria a frente dos atos, a FUP alertou que "a greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria".  |||  Além disso, os manifestantes se organizam para atrasar as trocas de turno em refinarias do país que estão sendo negociadas para venda: a Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refap (RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.  |||  Tentando se adiantar frente a essa nova paralisação anunciada, o governo ativou a Advocacia-Geral da União (AGU), juntamente com a Petrobras, sob a gestão de Parente, para entrar com uma ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta terça, buscando uma liminar que evite a greve.  |||  Tanto a AGU de Temer quanto a Petrobras de Parente pedem que 100% dos trabalhadores da estatal mantenham as atividades e solicitam, ainda, uma multa de R$ 10 milhões por dia aos sindicatos que descrumprirem a eventual decisão na Justiça.
 
OBS. - O TST decidiu nesta noite de terça-feira/29 pela ilegalidade da greve. Os trabalhadores da Petrobras cruzarão os braços de qualquer sorte, considerando que, para além de decisões judiciais, só há greve 'vencedora' ou 'perdedora', a depender do grau de mobilização dos paredistas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário