Movimentos sociais, partidos de esquerda e centrais sindicais vão às ruas na quinta-feira (20) em ampla mobilização em defesa da democracia e contra a onda golpista que assola a política brasileira.
A agenda de atos previstos para ocorrer em todo o País foi unificada e divulgada pela União dos Estudantes do Brasil (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Sem –Teto (MTST).
De acordo com o manifesto de convocação do ato, cerca de 15 entidades signatárias das manifestações tomarão as ruas do País em defesa dos direitos sociais, da liberdade e da democracia, contra a ofensiva da direita e por saídas populares para a crise.
Segundo a presidenta da UNE, Carina Vitral, a passeata do dia 20 será um contraponto às manifestações do último domingo (16). “Essa passeata rejeita a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma, por respeitar a democracia, a vontade popular e por entender que não existe indícios de corrupção e nem acusação formal contra a presidenta”, explicou Carina.
De acordo com Carina, os movimentos querem discutir os rumos do governo e do País e colaborar para encontrar saídas para a retomada do crescimento econômico, sob a proposta de uma Agenda Brasil elaborada pelos movimentos sociais.
“Fizeram uma agenda Brasil e nós queremos propor uma agenda de reformas populares”, declara Carina.
De acordo o presidente estadual da CUT de São Paulo, Adir dos Santos Lima, as manifestações terão um peso maior em dez capitais, onde os manifestantes querem chamar toda a sociedade para defender a democracia e deixar claro que não se aceitará nem um tipo de intimidação “como tentaram fazer, jogando uma bomba caseira no Instituto Lula”.
“Estão criando esse ambiente para pedir o impeachment da presidenta Dilma, com a tentativa de golpe por meio de novas eleições, para interromper o processo democrático que está em curso. Nós entendemos que não existe fundamento e nem base jurídica para isso”, justifica Adir.
Para o coordenador Nacional do MTST, Guilherme Boulos, o ato é um contraponto à ofensiva da direita, à intolerância, às pautas mais conservadoras que o Congresso Nacional tem levado adiante. Boulos também defende a saída para a crise por meio de uma agenda proposta pelos trabalhadores, com reformas e taxação de grandes fortunas.
“A coletiva deixou claro qual é o caráter do ato do dia 20. Em São Paulo, o MTST deve colocar mais de 20 mil pessoas nas ruas”, afirma Boulos.
Confira a agenda dos atos programados para a quinta-feira (20):
ARACAJU - Praça General Valadão – Ato unificado 14h
BRASÍLIA - Praça dos Aposentados (CONIC) – 17h
CAMPO GRANDE - Rua Barão do Rio Branco e 14 de julho – Ato unificado 16h
CURITIBA - Praça Santos Andrade  - Ato unificado às 11h
FLORIANOPOLIS  - Praça da Alfândega – às 16h
FORTALEZA - Praça da Bandeira, em frente à Faculdade de Direito da UFC – 14h.
GOIÂNIA - Praça do Trabalhador – Atos às 10h e às 17h
JOÃO PESSOA - Lagoa Parque Solon de Lucena – à partir de 12h. Em seguida, mais de 7 ônibus de vários movimentos populares sairão em caravana rumo a Campina Grande, onde será realizada a manifestação.
MANAUS - Teatro Amazonas – Ato unificado 16h
PORTO ALEGRE - Igreja Pompéia – Ato unificado 14H
RECIFE  - Praça do Derby – 15h
RIO DE JANEIRO - Concentração na Candelária 16h, passeata Av. Rio Branco 17h, e ato/show/atividades culturais Cinelândia 18h.
SALVADOR - Praça Piedade e passeata até a Praça Castro Alves – Ato unificado 14h
SÃO LUIS - Praça Deodoro – Ato unificado 16h
SÃO PAULO - Largo da Batata – Ato unificado 17h