quarta-feira, 19 de agosto de 2015

'Lava Jato' encontra agenda com o nome da Dilma rabiscado. E daí?  


Na home do Estadão, a matéria principal é o 'excepcional' furo de reportagem mostrando que um ex-assessor de José Dirceu rabiscou na sua agenda os nomes de Dilma, Lula e Pallocci. E o que mais? Mais nada. Mas se tornou manchete principal.
Lembra uma história semelhante que ocorreu durante a repressão. O chefe de redação da Veja no Rio chamava-se Nelson Silva. Em toda viagem pela ponte-aérea havia revista de bagagem, especialmente de livros transportados.
Nelson comprou o livro "Trotski, o profeta armado". Foi barrado na entrada da sala de embarque. O policial olhou para o livro, olhou para o Nelson, olhou novamente para o livro e concluiu: "Você é crente!". E o Nelson se safou.
Hoje em dia, a quantidade de asneiras publicadas, a partir da Lava Jato, não tem mais fim. Os repórteres comem nas mãos dos policiais e procuradores. Saem catando migalhas, publicando qualquer coisa. E os editores também abriram mão de qualquer discernimento.
Só falta indiciarem Trotski, Mandela, ou um personagem qualquer que algum suspeito ouse rascunhar no seu diário ou na sua agenda.

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