terça-feira, 5 de julho de 2016

Com o POVO SEM MEDO, CUT, UNE e MST apoiam plebiscito e vão às ruas contra o golpe

Após semanas de negociação, os movimentos sociais que formam a frente Povo Sem Medo decidiram apoiar a proposta de plebiscito sobre a convocação de novas eleições como alternativa à continuidade do mandato do presidente interino Michel Temer (PMDB) em prejuízo da presidente eleita e afastada pelo processo de impeachment, Dilma Rousseff (PT).
Em nota pública, a frente POVO SEM MEDO, integrada por 27 entidades, entre elas CUT, UNE e MST, reconhece que "a grande tarefa das forças populares é derrotar este governo e, com ele, o golpe" e, para isso, "o povo deve ser chamado a decidir". "Neste sentido, a proposta de um plebiscito sobre a antecipação ou não das eleições, defendido mais de uma vez pela própria presidenta Dilma, pode ser uma bandeira aglutinadora para somar mais forças na luta contra o golpismo."
Em entrevista publicada pelo jornalista Kennedy Alencar, na semana passada, Dilma diz que concordaria com a proposta de novas eleições caso movimentos sociais e senadores contrários ao impeachment encampem a bandeira, pois ela sozinha não pode levar a proposta adiante. Dilma ressaltou, contudo, que qualquer ideia deve passar, antes, por sua volta ao poder.
Segundo a frente POVO SEM MEDO, a proposta de novas eleições "evidentemente tem seus limites". Mas "não há saída mágica numa conjuntura tão complexa como esta. É preciso associar essa bandeira a outras duas fundamentais, a reforma política e a manutenção de direitos sociais conquistados nos últimos anos e revogados, em parte, pelo presidente interino."
"Estamos diante da ameaça de uma regressão social grave, com desmonte dos direitos trabalhistas e dos programas sociais conquistados pelo povo brasileiro, além da entrega do património público. O golpe é duplo: um presidente que não foi eleito, aplicando um programa que também não o foi e jamais seria."
Ainda de acordo com a nota, o POVO SEM MEDO "estará nas ruas no mês de julho, em grandes mobilizações de norte a sul, para resistir ao golpe e defender as saídas populares. Buscaremos dialogar com outras articulações, como a FRENTE BRASIL POPULAR, para ter o máximo de unidade neste enfrentamento. Não tem arrego!"
Leia o comunicado na íntegra clicando aqui.

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