O ensaio do golpe bolsonarista, na esteira do 'putsch' de Hitler, na cervejaria de Munique
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
A marcha de Jair Bolsonaro, à frente de ministros e empresários, sobre o Supremo Tribunal Federal, para que a Corte legitime o afrouxamento das medidas de isolamento social, terá, na falta de reação à altura, o ensaio, talvez, da próxima marcha sobre as instituições da República. >>> Em lugar dos capitães de indústria, ávidos por dinheiro, está aberta a possibilidade de uma marcha do um ex-capitão à frente de militares para implantar o poder totalitário sobre o país. A companhia, neste caso, deixa claro em nome de quem e do que viria este poder tirânico. O que seria impensável, pouco tempo atrás, está acontecendo. >>> Vinícius Torres Freire, na Folha de S. Paulo, descreve dramática e perfeitamente. o que se passa: "Não importa que a maioria qualificada da população diga apoiar ou praticar o isolamento (cerca de dois terços, pelo menos). Quase dois meses e meio depois do início oficial da epidemia no Brasil, não há mais esperança de acordo ou coordenação nacionais do enfrentamento da crise. /// Mesmo nesta síndrome aguda de degradação institucional, mortes sem fim à vista, ruína econômica e ameaça autoritária, não há protesto organizado. A elite econômica que não é cúmplice contemporiza. Parte do Congresso barganha 30 moedas de cargos pelo corpo e pela alma do país." >>> É possível, quase provável, que o Supremo Tribunal Federal, tal como Sergio Moro, acabe sendo devorado pelo monstro que ajudou a criar.
Jair Bolsonaro, como o cabo alemão(foto ao lado), também tem generais dispostos a fazer o papel de Erich Ludendorff, seu cúmplice no fracassado “Putsch da Cervejaria”. E possui a vantagem de que não precisa derrubar o governo, apenas a democracia. >>> Aqui, começa-se a se ensaiar o “um cabo e um soldado” que, para o clã fascista, bastam para tomar o poder absoluto.
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