No BRASIL/247
Foi com irritação que Jair Bolsonaro reagiu à operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, que atingiu apoiadores de seu governo de extrema-direita. Auxiliares do mandatário disseram que o inquilino do Palácio do Planalto tratou a situação como uma guerra. >>> O chefe do Executivo reuniu sua equipe de ministros nessa quarta-feira(27) para definir uma estratégia de reação à corte. Bolsonaro criticou o STF ,considerando absurda e desnecessária a investigação contra aliados do seu governo. Ao considerar que o STF fez uma retaliação a ele e ministros, deu sinais de que pode se rebelar contra as decisões da corte. >>> Reportagem dos jornalistas Julia Chaib, Gustavo e Uribe e Ricardo Della Coletta na Folha de S.Paulo(AQUI), informa que a primeira medida definida é que a Advocacia-Geral da União ingressará com pedido de 'habeas corpus' para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não preste depoimento ao STF. Ele foi intimado no mesmo inquérito sobre o disparo de 'fake news'. >>> O Palácio do Planalto teme que o ministro seja preso, algo que pode ocorrer se ele simplesmente se recusar a depor na Corte Suprema. >>> Bolsonaro e seus ministros discutiram outras medidas sobre como resistir às decisões do STF, sem uma definição específica. >>> O governo cogita determinar que o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional não acate nenhum pedido de diligências no âmbito de um pedido de impeachment contra o ministro que foi apresentado ao tribunal e é relatado por Celso de Mello. >>> Setores mais extremados da direita propuseram na reunião que Bolsonaro volte à carga com a nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal, impedida por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. >>> Em uma segunda reunião, realizada à noite no Palácio da Alvorada com o núcleo jurídico do governo, foi lido um texto de 2019, atribuído ao advogado Modesto Carvalhosa, que sugeriu a prisão preventiva dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes por causa do inquérito das 'fake news'.
O governo cogita também divulgar uma nota mostrando sua reação.
As ações planejadas pelo governo de reação e desobediência ao STF podem aprofundar ainda mais a crise institucional com o Judiciário.
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