Bolsonaro e sua “vitória de pirro”, em que todos
saem perdendo, ele à frente
FERNANDO BRITO, no TIJOLAÇO
Ainda sem anúncio oficial, a notícia é que, agora, Gustavo Bebianno deixa o governo Bolsonaro. Durante todo o dia ministros e parlamentares espalharam a notícia de que ele ficaria e que o “Pitfilho” seria amordaçado. ||| Saíram desmoralizados, incapazes de verem concretizados os acordos de que se vangloriavam de ter feito o presidente aceitar. Como ficou claro também que há muito mais na história que a história dos laranjas pernambucanos de Luciano Bivar, o negócio eleitoral que Bebbiano operou. ||| Igualmente está patente que as várias facções do governo Bolsonaro estão unidas contra o grupo “de berço” do presidente, o seu clã familiar. Militares, parlamentares e mídia lutaram até o fim para uma solução menos selvagem e uma amputação do poder dos filhos. “Não rolou”. Aliás, pouca gente sabe o que rolou, de fato. ||| Ontem, por volta de dez da noite, O Globo e a Folha de S. Paulo batiam o martelo com a queda de Bebianno, enquanto a Globonews e o Estadão diziam que a situação era incerta. ||| O fato é que se foi, como está claro que iria, senão por uma capitulação (mais) desmoralizante do ex-capitão. Como(também) é fato: todo mundo percebe que o grau de confiança em acordos com o chefe de governo caiu vertiginosamente. Sem que, depois de tantas idas, vindas e vacilações, se tenha elevado seu grau de autoridade. ||| Bolsonaro conseguiu criar uma situação em que, vencendo, fez todos perderem, inclusive(e principalmente) ele mesmo...
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