Jorge Paulo Lemann(da Ambev) e a Vale: o ocaso dos 'CEOs' genéricos
"Nos anos 80, a Sharp, uma das líderes do mercado de
televisores do país, contratou um CEO para equilibrar suas contas. Em três
meses, o CEO colocou as contas no azul. Desmontou departamentos de
desenvolvimento de novos produtos, encolheu o marketing, reduziu a força de
vendas. Um ano depois, a empresa estava inviabilizada, com a entrada de
competidores com novos produtos e muitas inovações. (...) No início dos anos 90, a racionalização de despesas
era essencial para um país que, em virtude do período inflacionário, jogara
para segundo plano ganhos de produtividade. (...)
Foi nessa ilusão do CEO universal que os acionistas da Vale
selecionaram seu novo CEO através de headhunters. A presidência foi entregue a
um executivo premiado e fora do setor de mineração. E aí houve a dupla
armadilha. Numa ponta, a falta de noção sobre os riscos ambientais da
mineração, especialmente das barragens de rejeitos. Na outra, falta de acesso
dos setores técnicos a um chefe que não falava sua língua nem compartillhava
das mesmas preocupações." ||| A íntegra de Luís NASSIF no JORNAL/GGN...
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